Justiça apura suposto repasse de vantagens indevidas ao parlamentar nas obras do Estaleiro Tietê, em Araçatuba, no interior de São Paulo
A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou ontem que há “fortes indícios” de recebimento de propinas pagas ao senador Renan Calheiros (MDB-AL). Os depósitos teriam sido feitos sob o disfarce de doações eleitorais.
O documento já foi enviado ao Supremo Tribunal Federal, no inquérito que apura suposto repasse de vantagens indevidas ao parlamentar nas obras do Estaleiro Tietê, em Araçatuba, no interior de São Paulo, em 2010.
Conforme a PGR, e-mails apontam Bruno Mendes, ex-assessor do parlamentar, como “captador das doações”. Em mensagens, ele teria admitido a possibilidade de “prejuízo” ao senador em caso de problemas na prestação de contas.
Em síntese, o montante foi pago por duas empresas que integravam o consórcio que venceu a licitação do estaleiro. Os valores foram destinados ao Diretório Estadual do MDB de Alagoas, representado por Renan.
O pagamento foi feito em duas parcelas: uma de R$ 250 mil e outra de R$ 150 mil. “Tem-se por certo que a propina era desviada sob a roupagem de doação oficial”, argumenta a PGR.
Cristyan Costa, Revista Oeste