Carlos Augusto de Moraes Afonso, vulgo Luciano Ayan, foi em cana nesta sexta passada.
Luciano Ayan, como era conhecido o indivíduo nas redes sociais, é um personagem controverso, antigo apoiador de Bolsonaro que acabou, como muitos, surfando em outras ondas.
Além de ser um técnico em TI na chamada ‘vida real’.
Foi esse, aliás, o argumento que o Carlão usou para justificar a criação de um pseudonimo: o de proteger sua vida profissional.
En passant, se todos os que precisassem proteger sua vida profissional inventassem nomes falsos na internet, o mundo virtual seria um alegre e maravilhoso conto de fadas recheado de...fakes.
A especialidade de Luciano era a de verificar e desmascarar fake news.
Ao menos em teoria isso funcionava, e muita gente acabou acreditando nas boas intenções do ‘paladino da verdade’.
Até que Luciano escorregou, e ele mesmo acabou inventando uma das maiores fakes da história das fakes do país assolado pelo diz que não disse: o tal gabinete do ódio da família Bolsonaro, e o suposto disparo em massa de mensagens ilegais para favorecer o então candidato à presidência Jair Bolsonaro.
Não fosse a avidez alucinada do quadrilhão de inimigos do Brasil ansiosos por ‘fatos’ que pudessem, de uma forma ou de outra, prejudicar o presidente eleito, a tal história do Luciano teria passado por piada e sido esquecida.
Acontece que, junto com outro preso na sexta, Alessander Mônaco Ferreira, o ‘caçador de fakes’ era também um dos fundadores do MBL - movimento esquerdóide de Kim, Renan, Mamãe e Holiday - e íntimo dos rapazes faceiros.
Acusados e presos num inquérito que investiga ocultação de patrimônio e fraude na receita federal, algo em torno de R$ 400 milhões, sua prisão transcende em muito um caso de simples contravenção.
Imersos desde o início do ano numa investigação falseta, a CPI das Fake News de Frota, Joice e Luciano, apesar da grave situação do país que enfrenta uma pandemia chinesa que provocou uma roubalheira estupenda de governadores e prefeitos país afora, a politicalha se vê agora diante do fato inevitável e sabido por todos: assim como a tal pandemia, as supostas ‘fake news’ dos apoiadores de Bolsonaro foram apenas uma narrativa mentirosa de um sujeito - ele mesmo um produtor de fakes - que acabou movimentando toda a desgastada classe política tupiniquim.
Impressionante tal façanha.
Impressionante a ‘credulidade’ dos inocentes homens públicos, enredados por um picareta amigo de outros picaretas e saído do nada.
Ou - e aí está, senhores - será que eles tinham conhecimento do circo armado como cortina de fumaça para a roubalheira geral promovida durante o covidão?
Anestesiados por décadas de sacanagem praticada pela politicalha e por poderosos, parece que nada mais é capaz de assombrar os pobres brasileiros, atolados em dívidas, trancafiados em casa e esperando…
Esperando pelo que, pergunta-se?
Enquanto personagens como esses existirem na medíocre vida pública brasileira, não há o que esperar.
Há, apenas, o que lamentar.
Veja o vídeo:
Jornal da Cidade