"Efeito bumerangue"
O resultado do julgamento do recurso da defesa do ex-presidente Lula ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região mostrou a razão pela qual os advogados tentaram adiar a decisão no processo sobre o sítio de Atibaia.
Os desembargadores não só confirmaram a condenação por unanimidade, como aumentaram de 12 para 17 anos a pena de reclusão.
O pedido de absolvição ou da volta da ação para a primeira instância com base na decisão do STF sobre a ordem de alegações finais de acusados e delatores, acabou voltando-se contra o ex-presidente.
A exposição dos magistrados rememorou toda a trajetória percorrida por Sergio Moro para chegar à condenação, detalhando a ocorrência dos ilícitos, como corroborou a sentença e aumentou a pena.
No momento em que Lula sai da prisão tentando emplacar a versão de que é um perseguido político e, mais, investindo na tentativa de obter a suspeição de Moro junto ao Supremo, esse resultado do TRF-4 teve o efeito de um bumerangue: reforçou a evidência de que Lula solto não significa Lula livre.