Os bancos Santander, Pan, Inter e Votorantim vão leiloar mais
de 260 imóveis por preços até 70% abaixo do valor de
mercado até o início de outubro.
Com encerramento marcado para 30 de setembro, os dois
leilões do Santander oferecem 155 unidades com lances
entre R$ 36 mil e R$ 3,6 milhões.
Em São Paulo, um apartamento desocupado em Bauru, com
155 m² de área útil e três suítes, tem lance mínimo de R$ 436.800,
um valor 64% abaixo da avaliação.
Na Zona Sul do Rio de Janeiro, em Ipanema, um apartamento
com 60 m² de área útil tem lance inicial de R$ 634.800.
Se a procura for pela região Sul, em Brusque (SC), uma casa
desocupada em um terreno com 2.374 m² permite lances a
partir de R$ 459 mil. Em Rio Grande (RS), um apartamento com
dois quartos tem 52% de desconto, com lance inicial de
R$ 79.200.
O Santander oferece 10% de desconto para pagamento à
vista, além de financiamento em até 420 meses e taxa de
7,99% ao ano. Os imóveis do banco em leilão estão
No site da Sold Leilões, é possível encontrar imóveis de outros
bancos, como o leilão do Pan, com encerramento em 27 de
setembro.
Entre as unidades, há um apartamento em Vila de Ponta Negra,
em Natal (RN), com duas vagas de garagem, dois quartos e
uma suíte, pelo valor inicial de R$ 178 mil.
No Paraná, em São José dos Pinhais, está disponível um
apartamento com 63 m² por R$ 103 mil, no leilão do Banco
Votorantim que vai até 3 de outubro.
Estão disponíveis também propriedades do Banco Inter, como
um apartamento no Centro de Sorocaba (SP), com dois quartos
e lances a partir de R$ 142 mil.
Para participar da negociação e oferecer lances pelos imóveis,
os interessados devem se cadastrar no site da Sold Leilões,
criando um login e senha, e se habilitar para ofertar lances no
leilão de interesse.
A partir daí, basta acompanhar os lances no dia marcado para
o encerramento. Quem der o maior lance, leva a oferta.
Riscos de leilões de imóveis
A advogada especialista em direito imobiliário Paula Farias afirma
que o leilão pode ser uma ótima oportunidade para o investidor.
Mas não é tão indicado para
famílias que querem realizar
o sonho da casa própria.
Essa não é uma boa forma de compra para quem tem pressa.
Há vários casos em que os leilões abrem brechas jurídicas que
podem levar à anulação. Até que haja uma definição na Justiça,
o dinheiro pago pela propriedade fica em poder do banco.
A correção, diz Paula, é irrisória, menor que o rendimento de
poupança.
Já para um investidor, um desconto de 40% do valor de mercado
pode aumentar a rentabilidade de um possível aluguel deste imóvel.
Também pode ser interessante para quem deseja revender.
O investidor compra pela metade do preço, resolve as
pendências e coloca de volta à venda pelo valor cheio.
Também com os imóveis de leilão, tudo tem que ir para a ponta
do lápis. Pode acontecer de o desconto não compensar.
Quando somadas dívidas que ficam por conta do vencedor
do leilão, percentual de comissão do leiloeiro e custos jurídicos
de ações de despejo, o valor pode chegar ou até ultrapassar
o valor de mercado.
Faça as contas e fique de olho!
Com Isabel Filgueiras, O Globo
E Weruska Goeking, Valor Investe