sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Candidatos derrotados nas eleições de 2018 acumulam cargos no governo

Onze políticos que não conquistaram votos suficientes para se eleger nas eleições de 2018 conseguiram empregos no governo do presidente Jair Bolsonaro até esta semana. São três ex-deputados vinculados ao PSL e três quadros do PSDB . Há também candidatos derrotados ligados ao PR, Podemos e MDB, além de duas ex-deputadas, uma do PTB e outra do PRB.

A pasta da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, abriga desde quarta-feira a ex-deputada Tia Eron (PRB) , conhecida por dar o voto decisivo para a cassação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que foi nomeada para comandar a Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres. Além dela, a ex-deputada Rosinha da Adefal (PTB) foi nomeada secretária-adjunta da repartição.

Outros dois políticos que não conseguiram mandatos nas urnas, mas estão trabalhando na gestão Bolsonaro, são os tucanos Guilherme Teophilo e Dra. Mayra. Eles concorreram ao governo e ao Senado, pelo Ceará, em 2018. O militar é o atual secretário nacional de Segurança Pública no Ministério da Justiça, de Sergio Moro. Já a médica é secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde no Ministério da Saúde.
Os ex-deputados Lelo Coimbra (MDB) e Osmar Junior (PSL) também conseguiram cargos. O emedebista capixaba é secretário Especial do Desenvolvimento Social no Ministério da Cidadania e o correligionário de Bolsonaro no PSL é assessor da Secretaria-Executiva do Ministério da Educação.
Os cinco políticos restantes foram para a assessoria na Casa Civil. Quatro deles para auxiliar na articulação política do Planalto com a Câmara e o Senado. Os admitidos foram os ex-deputados Victório Galli (PSL), Marcelo Delaroli (PR), Laudívio Alvarenga (Pode), Carlos Mannato (PSL) e o ex-senador Paulo Bauer (PSDB).

Victor Farias, O Globo