quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Economia dos EUA cresce 2,9% em 2018. Se dependesse da mídia e dos democratas, teria crescimento ZERO

Wall Street: economia americana desacelerou menos no quarto trimestre do ano passado. Foto: DON EMMERT / AFP
Wall Street: economia americana desacelerou menos no quarto trimestre do ano passado. Foto: DON EMMERT / AFP

WASHINGTON - A economia dos Estados Unidos desacelerou menos do que o esperado no quarto trimestre do ano passado em meio ao consumo e a gastos empresariais sólidos, deixando o crescimento de 2018 em 2,9%, pouco abaixo da meta anual do governo de 3%. Há sinais de que a economia desacelerou mais no início do primeiro trimestre, com a maior parte dos indicadores de manufatura tendo enfraquecido em janeiro e fevereiro.
O relatório do Produto Interno Bruto (PIB) do Departamento de Comércio ofereceu a mais recente avaliação do impacto das políticas econômicas do presidente norte-americano, Donald Trump, incluindo desregulação, cortes de impostos, maiores gastos do governo e tarifas, com o objetivo de assegurar acordos comerciais mais favoráveis.
Trump elenca a economia como uma das maiores realizações de sua presidência e declarou em julho do ano passado que seu governo havia "alcançado uma reviravolta econômica de proporções históricas".
O Produto Interno Bruto cresceu a uma taxa anualizada de 2,6% no quarto trimestre, depois de expandir 3,4% no período entre julho e setembro. O crescimento da economia de 2,9% em 2018 representou o melhor desempenho desde 2015 e ficou acima dos 2,2% vistos em 2017.
Economistas consultados pela Reuters projetavam alta do PIB a uma taxa de 2,3% no quarto trimestre. A divulgação do relatório foi adiada por uma paralisação parcial do governo americano que durou 35 dias e terminou em 25 de janeiro, tendo afetado a coleta e processamento de dados econômicos.
De acordo com Luis Otávio Leal, economista-chefe do Banco ABC Brasil,  na comparação com os Estados  Unidos, e usando a mesma metodologia americana, a economia brasileira cresceu 0,4% no quarto trimestre.
O Departamento de Comércio disse que, embora não possa quantificar os efeitos totais da paralisação, estima que ela tenha subtraído cerca de 0,1 ponto percentual do crescimento do PIB do quarto trimestre devido a uma "redução nos serviços fornecidos por servidores federais e à redução nas compras intermediárias de bens e serviços por agências, excluindo as da área de defesa".
Assim, o departamento reconheceu que a estimativa de crescimento do PIB no quarto trimestre foi "baseada em dados incompletos ou sujeitos a nova revisão".

Cenário esfriando

A economia está esfriando à medida que o impulso fornecido pelo corte tributário de US$ 1,5 trilhão pela Casa Branca e pelo maior gasto do governo se dissipa. O crescimento também está sendo limitado pela guerra comercial entre EUA e China, que, segundo  economista, está deixando empresas e famílias mais cautelosas quanto a gastos.
Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram a uma taxa ainda forte de 2,8% no quarto trimestre, contra 3,5% no terceiro.
Os gastos empresariais em equipamentos aceleraram no período ante o terceiro trimestre, crescendo 6,7%. Esses gastos vinham desacelerando desde o primeiro trimestre de 2018.
O Globo, com Reuters