Apesar dessa alta de despesa, o rombo das contas externas caiu 22% em outubro, de acordo com o Banco Central. No mês passado, as chamadas transações correntes (resultado de todas as trocas de serviços e do comércio do Brasil com o restante do mundo) tiveram um deficit de US$3,3 bilhões. No mesmo mês do ano passado, o rombo era de R$ 4,3 bilhões. O ajuste foi acompanhado de uma alta dos investimentos.
Segundo o BC, o país recebeu US$ 8,4 bilhões no mês passado: 25% a mais que no mesmo período do ano passado. Em 12 meses, os ingressos líquidos dos investimentos diretos no país totalizaram US$75,1 bilhões. Isso representa 4,20% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país em um ano). É mais do que suficiente para repor o déficit das contas externas.
Nos últimos 12 meses, o deficit das contas externas é de US$ 22,3 bilhões, o equivalente a 1,25% do PIB. A projeção é que o esse número melhore até o fim do ano. O BC estima que o resultado fique negativo em US$ 18 bilhões.
Mais investimentos não significam mais lucros. A remessa líquida foi de US$ 1,6 bilhão: queda de 31% em relação a outubro de 2015. Já os gastos com juros atingiram US$ 1,5 bilhão, um aumento de 13,4% no mesmo período.