Nos sete primeiros meses do ano, o déficit em conta corrente é de US$ 12,5 bilhões; projeção do BC para 2016 é de um rombo de US$ 15 bilhões
Após o déficit de US$ 2,479 bilhões em junho, o resultado das transações correntes ficou negativo em US$ 4,050 bilhões em julho. A projeção do Banco Central para a conta corrente do mês passado era de um saldo negativo de US$ 4,3 bilhões, em razão da expectativa de que o ajuste nas contas externas, no segundo semestre, venha em ritmo mais lento, em meio a um real mais valorizado e aos sinais de estabilização da atividade. O déficit de julho representa o melhor resultado para o mês desde 2009, quando ficou negativo em US$ 2,555 bilhões.
O resultado de julho ficou abaixo da mediana negativa de US$ 3,725 bilhões apontada pelo levantamento realizado pelo Projeções Broadcast,sistema de informações do Grupo Estado, com 24 instituições. O intervalo das previsões de déficit ia de -US$ 4,7 bilhões a -US$ 1,7 bilhão. A estimativa do BC é de que o rombo externo de 2016 seja de US$ 15,0 bilhões.
A balança comercial registrou um saldo positivo de US$ 4,327 bilhões em julho, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 2,326 bilhões. A conta de renda primária também ficou deficitária em US$ 6,278 bilhões. No caso da conta financeira, o resultado ficou no vermelho em US$ 3,551 bilhões.
No acumulado do ano até julho, o rombo nas contas externas soma US$ 12,541 bilhões. Já nos últimos 12 meses até julho deste ano, o saldo das transações correntes está negativo em US$ 27,852 bilhões, o que representa 1,57% do Produto Interno Bruto (PIB). Esta relação é igual à de dezembro de 2009 e a menor desde novembro do mesmo ano, quando ficou em 1,42%.