O Globo
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, reafirmou nesta terça-feira que a União não trabalha com um cenário de aumento de impostos em 2017. A declaração foi dada logo após Padilha participar no Rio de um encontro com o prefeito Eduardo Paes para fazer um balanço da Olimpíada.
— Não vamos aumentar impostos em 2017. Essa é uma decisão já tomada pelo governo — disse Padilha.
O ministro ressaltou que para a carga tributária não ser ampliada, o governo vai trabalhar com uma projeção de um aumento de 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB) na proposta orçamentária para o ano que vem, contra uma projeção inicial de 1,2% do PIB que poderia exigir reajustes de impostos para fechar as contas.
O ministro também acrescentou que somente após a votação do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, é que o governo pretende voltar a negociar em plenário a aprovação de reajustes para várias categorias de servidores.
— Como não houve um consenso na base do governo sobre os reajustes decidimos suspender a discussão até a votação do impeachment — acrescentou Padilha.
O ministro também ressaltou que a discussão do projeto que cria limites para o crescimento do gasto público é inegociável. Ele argumentou que a dívida pública já atingiu níveis preocupantes.
— Esse percentual já está em cerca de 70%. Se nada for feito projeções indicam que vão chegar a 80% , 90% o que tornaria o Brasil ingovernável — acrescentou Padilha.
O ministro também voltou a defender que ocorram reformas na Previdência para tentar conter a expansão do déficit.