Após a prisão de 11 pessoas suspeitas de terrorismo no Brasil e dos últimos atentados no mundo, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, afirmou na tarde deste sábado, ao ser perguntado sobre o risco de um atentado no Rio, que "nenhum lugar do mundo está imune".
No entanto, Serra elogiou a ação da polícia no episódio da prisão dos suspeitos de atentado no Brasil e ressaltou que, embora o grupo não pareça ser organizado, é preciso combatê-los já que na sua visão a violência não exige profissionalismo e o risco aumenta quando trata-se de um grupo de pessoas que exibe fanatismo.
— Nenhum lugar do mundo está imune. Há lugares que estão mais, outros menos. Nós temos que atuar nesse sentido. A segurança brasileira atuou bem no caso desse grupo que foi detectado. São amadores? É provável, mas eles tem que ser presos porque boa parte desse pessoal é amador. A violência não exige profissionalismo, exige fanatismo, é uma doença mental — disse Serra.
O ministro ainda confirmou que o grau de alerta aumenta diante dos últimos atentados realizados em Munique, na Alemanha, e no Afeganistão.
— Alerta o mundo inteiro fica. Se temos uma Olimpíada, ficamos duplamente alertas. O alerta para mais segurança é uma coisa mundial. Estão sendo atingidos países da Europa que não estão organizando eventos. Esse fenômeno do Estado Islâmico é triste, surpreendente e que precisa ser enfrentado.
O ministro disse ainda que a polícia brasileira atuou com rapidez ao prender esse acusados e acredita que a segurança dos Jogos tem uma perspectiva de tranquilidade, tendo em vista as experiências de organizações de megaeventos que o Rio já sediou, como a Copa do Mundo, a Copa das Confederações, o Pan-Americano e a Rio+20.