sábado, 23 de julho de 2016

Ivanka, a arma secreta do pai para atrair as eleitoras


Pelo pai. Ivanka discursa na convenção republicana - BRENDAN SMIALOWSKI / AFP/21-7-2016


O Globo


Somente 34% das mulheres apoiam Trump; filha predileta tem missão de conquistar estes votos


Bonita e inteligente, Ivanka é a filha favorita de Donald Trump — e uma das armas mais eficazes na campanha dele, a ponto de até os adversários mais ferozes do candidato republicano terem pouco a dizer contra ela. Se há alguém que pode ajudar Trump a ganhar votos no eleitorado feminino, majoritariamente hostil ao magnata, é Ivanka.

Brilhante, elegante e de fala pausada, esta nova-iorquina está presente de forma quase permanente na campanha do pai, ainda que há pouco fosse amiga de Chelsea Clinton, filha de Hillary, virtual adversária de Trump. Diversas fontes indicam que ela teve um papel ativo na eleição do candidato a vice-presidente — o senador Bob Corker chegou a dizer que a própria Ivanka seria uma aspirante formidável ao cargo. Mas, antes disso, Ivanka tem um papel fundamental em atrair o eleitorado feminino, já que, de acordo com recente pesquisa, somente 34% das mulheres apoiam Trump.

Mãe de três filhos, casada com o promotor imobiliário Jared Kushner, por quem se converteu ao judaísmo, Ivanka é vice-presidente de Desenvolvimento e Aquisições das empresas do pai, as Organizações Trump. Formada em economia e empresária ativa, é criadora de uma linha de roupas e acessórios femininos, e administra um site onde oferece conselhos para mulheres que trabalham. Filha de Trump com a ex-esposa Ivana, foi Ivanka quem, aos 34 anos, apresentou, anteontem, o candidato republicano à Presidência dos EUA, antes do discurso de aceitação de responsabilidade na convenção do partido em Cleveland, Ohio. Praticamente todos a veem desempenhando uma função importante em um eventual governo de Trump.

— Como muitos de meus colegas de geração, não me considero democrata ou republicana — afirmou durante a convenção, em meio a elogios ao pai, a quem chamou de um “guerreiro”, para concluir: — Os Trump jogam para ganhar.