Raimundo Paccó/FramePhoto/Folhapress | |
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Parque eólico Taiba no município brasileiro de São Gonçalo do Amarante |
MARCOS STRECKER - Folha de São Paulo
Liderado pelos países emergentes, o setor de energia limpa recebeu mais do que o dobro de investimentos do que a geração tradicional no ano passado, de acordo com as Nações Unidas.
Relatório de março da agência ambiental da ONU, a Unep (Programa das Nações Unidas para o Ambiente, na sigla em inglês), mostra ainda que esse segmento acrescentou mais capacidade de geração no mundo no ano passado do que a tradicional (carvão, gás natural etc.).
Além dos estímulos públicos e de compromissos ambientais internacionais, o fator que está gerando esse grande crescimento é a redução no custo de implantação, via ganho de escala e inovações tecnológicas.
Segundo a Agência Internacional de Energia Renovável, desde 2009 já houve forte queda no custo dos painéis solares (cerca de 80%) e das turbinas eólicas (até 40%).
Estudo divulgado pela entidade mostra que os preços da eletricidade nessas modalidades pode ter até 2025 uma redução de até 59%.
O Brasil vem seguindo essa trajetória de crescimento e também se beneficia das condições naturais favoráveis. "Além de a tecnologia estar contribuindo, o Brasil possui o melhor vento do mundo para geração de energia eólica", diz Elbia Gannoum, da Abeeolica (associação do setor).
Mas a dirigente defende que hoje o Brasil deve esperar "mudanças incrementais". "Reduzir os custos em torno de 50% já aconteceu. A energia eólica no Brasil é a segunda fonte de energia mais barata, só perde para as grandes hidrelétricas.