| Sérgio Lima - 6.dez.2012/Folhapress | |
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| O ex-senador Ney Maranhão, aliado de Fernando Collor durante o impeachment, em 1992 |
KLEBER NUNES - Folha de São Paulo
O senador Ney Maranhão (1988-1995) morreu na manhã desta segunda-feira (11), aos 88 anos, no Recife. Internado desde a última quinta (7), o político foi vítima de falência múltipla dos órgãos, consequência de câncer nos pulmões e no fígado.
O corpo de Maranhão, que era filiado ao PMDB, será velado na Assembleia Legislativa de Pernambuco, a partir das 17h. De acordo com Eduardo Maranhão, neto do político, a cerimônia de cremação será nesta terça (12) no cemitério Morada da Paz, em Paulista, região metropolitana do Recife. O horário ainda não foi definido.
O parlamentar descobriu que tinha câncer há dois meses, mas segundo o neto ele não chegou a iniciar o tratamento. "Foi tudo muito rápido", disse.
Durante a carreira política, Maranhão ficou conhecido por ter sido defensor, na época do impeachment, do ex-presidente Fernando Collor (hoje no PTC), de quem era assessor especial. O terno de linho branco e as sandálias de couro também foram suas marcas registradas, dando-lhe o apelido de "Senador Boiadeiro".
Maranhão também foi prefeito da cidade Moreno, no grande Recife, deputado federal por quatro legislaturas pelo PTB, chegando a ser cassado pela ditadura militar (1964-85).
O político deixa a mulher, Lúcia Maranhão, 75, três filhos, quatro netos e três bisnetos.
REPERCUSSÃO
Em nota, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), lamentou a morte de Maranhão. O peemedebista ressaltou características do senador ao dizer que ele tinha "ideias firmes", era "um grande contador de histórias" e "defensor das relações entre Brasil e China". Renan lembrou ainda que Maranhão foi perseguido e cassado pela ditadura militar em 1964.
Por meio do seu perfil em uma rede social, o senador Fernando Collor (PTC-AL) lamentou a morte do aliado, a quem chamou de "homem leal".
"Hoje nos deixou um amigo. Homem valente, destemido e leal que nunca abriu mão de suas convicções, nem se afastou dos amigos. Minha gratidão e admiração pela sua bravura e solidariedade serão eternas", disse em nota.
