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sexta-feira, 2 de outubro de 2015
Reforma ministerial de Dilma 'trambique' aumenta em 5 vezes orçamentos sob comando do PMDB
Rodrigo Capelo e Giovana Tarakdjian - Epoca
Número de ministérios do partido sobe de 6 para 7. Os peemedebistas assumem a Saúde, o terceiro maior em gastos da Esplanada
Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB): presidente e vice anunciam reforma ministerial (Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil)
O novo rateio de
ministérios
entre partidos, anunciado por
Dilma Rousseff
nesta sexta-feira (2), favorece o
PMDB
não só quantitativamente, no número de pastas, que passou de seis para sete. Mas, em termos de orçamento, os peemedebistas passaram a ter R$ 143,6 milhões para administrar em 2016, segundo o Orçamento enviado ao Congresso em 31 de agosto, – quase 500% mais dinheiro do que os R$ 24,1 milhões que teriam até a reforma.
>> Dilma anuncia redução de ministérios, de 39 para 31
ÉPOCA cruzou as mudanças da
reforma ministerial
com os orçamentos previstos para o ano que vem para cada pasta. Cabe a ressalva de que, com os cortes de R$ 200 milhões que
Dilma
anunciou nesta sexta, algumas cifras devem variar para baixo. Mas elas dão o tom do poder eleitoral que cada partido terá em 2016, uma vez que um ministério com mais orçamento, em tese, pode realizar e propagandear mais.
O que faz diferença para o
PMDB
é o
Ministério da Saúde
, então nas mãos do
PT
por meio de
Arthur Chioro
. A pasta tem previstos para o ano que vem R$ 109,4 milhões. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, antes de PC do B e Aldo Rebelo, põe mais R$ 9,8 milhões no cálculo. A pasta perdida pelos peemedebistas, de Pesca e Aquicultura, incorporada à Agricultura, tem um orçamento de R$ 202,6 mil. O valor adicionado foi imenso, e o subtraído, pequenino.
O
PT
manteve a hegemonia em termos de orçamento, sobretudo porque a Previdência Social, com R$ 506,2 milhões, foi incorporada a Trabalho e Emprego, e este passou das mãos de
Manoel Dias
(PDT) para
Miguel Rossetto
(PT). Mas o partido do governo perdeu. Caiu de R$ 805,4 milhões para R$ 767,6 milhões. A Educação, tirada do apartidário
Renato Janine Ribeiro
, também faz diferença, com R$ 96,5 milhões projetados para despesas no ano que vem.
O
PDT
murchou. Muito. O
Ministério do Trabalho e do Emprego
, com R$ 64,7 milhões, foi para o PT. Os pedetistas não ficaram sem pasta alguma, pois passaram a ter
André Figueiredo
nas
Comunicações
, mas o dinheiro disponível é de apenas um décimo: R$ 6,6 milhões.
Na tabela dos orçamentos por ministério, abaixo, seis deles estão sem valor. O motivo: o valor do Banco Central está incluso na unidade orçamentária do Ministério da Fazenda, e outros cinco – Casa Civil, Gabinete de Segurança Institucional, Secretaria da Comunicação Social, Secretaria-Geral da Presidência e Secretaria de Relações Institucionais – estavam embutidos na unidade da Presidência. Como não podem ser detalhados, não foram incluídos.
RCN
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