Parceiros do PMDB no maior bloco partidário em funcionamento da Câmara, PP, PTB, PSC, PHS e PEN articulam a formação de um novo agrupamento para se livrar da liderança do peemedebista Leonardo Picciani.
Junto, o megabloco controla 149 votos. Com a separação, o novo bloco ocupará 84 assentos no plenário da Câmara. E Picciani será líder formal apenas do PMDB, cuja bancada soma 65 deputados, dos quais 22 declaram-se independentes.
Sintomaticamente, a liderança de Piccicani passou a ser questionada depois que ele se aproximou de Dilma Rousseff. Desmoronou no instante em que seu nome passou a ser cogitado como alternativa do Planalto para a presidência da Câmara.
De aliado de Eduardo Cunha, Picciani passou a ser visto como rival pelo atual madachuva da Câmara. As digitais de Cunha estão impressas na articulação que deve levar à formação do novo bloco.
Cogita-se acomodar na posição de líder do grupo o deputado André Moura (SE), comandante da bancada do PSC. Ele reúne duas características: é aliado incondicional de Cunha e defende o impeachment de Dilma.
Amigo de Picciani, o líder do PP, Eduardo da Fonte (PE), se opõe à dissolução do bloco majoritário. Mas a maioria de sua bancada defende a separação. Avalia-se que o líder do PMDB negligencia os interesses dos demais partidos.
