sexta-feira, 4 de setembro de 2015

PMDB acerta o cronograma do impeachment

Com Blog do Felipe Moura Brasil - Veja


Vai só esperar o país piorar mais um pouquinho...


Lula esteve em Brasília para convencer Dilma Rousseff que é “insustentável” manter Aloizio Mercadante e que ela precisa “repactuar” a relação com o PMDB o mais rápido possível.
O partido aliado e setores do próprio PT atribuem ao titular da Casa Civil as “intrigas” para desestabilizar o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, depois de Mercadante ter atuado para esvaziar o poder de Michel Temer.
Mas a notícia mais importante da Folha está lá no meio da coluna Painel:
“Apesar da sustentação a Levy no curto prazo, peemedebistas têm um cronograma detalhado para o rompimento com Dilma.
Senadores e deputados ligados à cúpula do PMDB calculam que até o congresso do partido, em 15 de novembro, a crise econômica terá se agravado, levando às ruas as classes C e D.
Neste cenário, o encontro se tornaria o momento de ruptura e do apoio da sigla à saída de Dilma, via impeachment ou renúncia.”
Em outras palavras: o PMDB só está esperando o país piorar mais um pouquinho para tomar a devida providência.
“Os caciques da sigla tentam convencer a ala aecista do PSDB de que um governo de transição comandado por Temer seria a melhor saída da crise política e econômica.”
É o velho impasse dos “patriotas”: o PSDB apoia o impeachment se o PMDB vem junto, mas não garante o apoio ao governo Temer, porque teme contribuir para a sua popularidade e acabar derrotado pelo peemedebista nas eleições de 2018. A ala de Aécio ainda prefere a cassação da chapa Dilma-Temer pelo TSE, para que o tucano assuma por meio de novas eleições.
De qualquer modo, deputados de PSDB, DEM, PPS, Solidariedade, PSC e até PMDB decidiram lançar na próxima semana um movimento na Câmara pelo impeachment de Dilma.
Três pontos “precipitaram” a mobilização, segundo a Folha: “o ensaio desastrado da volta da CPMF, que indispôs Dilma com o empresariado, o Orçamento deficitário e o pedido de Hélio Bicudo, fundador do PT, pela saída da presidente”.
Vamos em frente, senhores. É “insustentável” manter Dilma Rousseff.