Em entrevista coletiva após o debate da TV Globo, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, afirmou que, se eleito, vai remover de forma "imediata" a diretoria da Petrobras.
- Remoção da diretoria da Petrobras é imediata. Nós vamos prestigiar funcionários de carreira e vamos profissionalizá-la. Isso serve para os bancos públicos e para as outras grandes empresas nacionais. Os brasileiros e o mundo vão encontrar no meu governo o resgate da meritocracia, da qualidade da gestão pública. Na administração direta, vamos governar como fiz em Minas Gerais, com metas que buscam a qualificação do setor público e dos serviços públicos em especial.
Aécio criticou também a condução da política econômica do atual governo e afirmou que vai tratar o controle da inflação com "obsessão".
- A questão da inflação será uma obsessão em nosso governo. Acredito que é possível até o final de um primeiro mandato, se vencer as eleições, levá-la, em um primeiro momento, ao centro da meta e, depois, reduzindo as bandas, chegar a algo em torno de 3%. Hoje, um dos fatores que mais alimentam a inflação é a ausência de oferta, ausência de investimento no país. Nosso governo terá as condições que, faltarão a esse governo, pela perda da sua credibilidade, de atrair novos investimentos e de permitir que haja aumento da oferta.
O tucano afirmou ainda ser possível elevar a taxa de investimento na proporção do PIB (Produto Interno Bruto), que hoje está na faixa de 17%, metade do que alguns países asiáticos hoje têm.
- Nós precisamos também, com regras claras, previsibilidade, política fiscal transparente, resgatar capacidade de atração desses investimentos. Isso é absolutamente essencial para que o Brasil volte a crescer controlando a inflação. Minha equipe econômica será altamente qualificada, experiente e com responsabilidades claras. Com controle inflacionário e, obviamente, vamos tomar todas as providências necessárias para que, o mais rapidamente possível, nós retornemos ao centro da meta. Infelizmente, teremos um 2015 já precificado pelo descontrole do atual governo em relação ás contas públicas - afirmou.