O Estado de S. Paulo
Presidente da CPI da Petrobras diz que vai avaliar vídeo; assessor citado em gravação nega ter elaborado perguntas
Integrantes da oposição vão cobrar explicações da presidente Dilma Rousseff sobre a participação de um assessor especial do governo na suposta trama de antecipação das perguntas aos depoentes da CPI da Petrobrás no Senado. Pessoas citadas no texto negam as acusações e o líder do PT¨ no Senado, Humberto Costa, disse que só se pronunciará depois de falar com os citados no caso.
O estratégia do PSDB será pedir, no início da semana, a substituição do ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, a quem o assessor especial Paulo Argenta é subordinado. De acordo com a revista Veja, ele seria um dos responsáveis pela elaboração de parte das perguntas encaminhadas aos representantes da Petrobrás inquiridos na CPI. “A grandeza dessa operação é de supor que a presidente Dilma tivesse conhecimento. Se ela disser que não sabia, como é a prática desse governo, vai mostrar a sua falta de autoridade para comandar o País”, afirmou o líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA). Os tucanos também vão pedir a substituição imediata do relator da CPI, senador José Pimentel (CE).
Por sua vez, parlamentares do PPS defendem a anulação dos depoimentos feitos até aqui por representantes da estatal.
O presidente da CPI da Petrobrás no Senado, Vital do Rêgo (PMDB-PB), diz desconhecer a criação de um suposto esquema de antecipação das perguntas aos depoentes da comissão. E o assessor especial da SRI, Paulo Argenta, afirmou que não participou da elaboração das perguntas. "Não participei de nada. De elaboração nenhuma de perguntas. Nem vi acontece". O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse que só iria se pronunciar após conversar com os integrantes do partido e da base aliada.