domingo, 31 de agosto de 2014

PM do Rio expulsa 4 soldados de UPP acusados de estupro no Jacarezinho, área ´pacificada` por Dilma e Cabral

Veja

Os policiais teriam abusado de três mulheres, sendo uma delas menor de idade, na comunidade do Jacarezinho, Zona Norte da cidade

Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio de Janeiro: quatro soldados são acusados de estupro
Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio de Janeiro: quatro soldados são acusados de estupro (Paulo Nicolella/Agência O Globo-03/02/2014/VEJA)
O Comando da Polícia Militar do Rio de Janeiro informou neste domingo que expulsou quatro policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Méier. Eles são acusados de terem estuprado duas mulheres e uma adolescente na comunidade do Jacarezinho, Zona Norte da cidade, no início do mês. Os quatro ainda respondem ao processo perante a Justiça.
Segundo a PM, teriam praticado o crime de violência sexual os soldados Gabriel Machado Mantuano, Renato Ferreira Leite, Anderson Farias da Silva e Wellington de Cássio Costa Fonseca. "A conduta grave desses policiais militares, em desacordo com os ensinamentos recebidos durante a formação, atentou contra o sentimento de dever e decoro da classe. A ocorrência deste crime, por agentes garantidores da lei, é inadmissível", disse o comando da PM.
O caso — O crime ocorreu na madrugada do dia 5 de agosto. As três mulheres, de 16, 18 e 35 anos, disseram à polícia que foram até o Jacarezinho para "resgatar" a irmã da mais velha, que seria usuária de crack. Não conseguiram e foram visitar uma amiga. Na casa, foram surpreendidas por seis PMs, que teriam perguntado por drogas e as agredido. As mulheres foram levadas então para um barraco e violentadas.
Segundo a Polícia Civil, as vítimas procuraram a delegacia logo após o crime. Prestaram depoimento e fizeram exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). A casa indicada pelas vítimas foi periciada e, lá, foi colhido material para exame de DNA (um dos PMs não teria usado preservativo). Os quatro soldados envolvidos no crime foram reconhecidos tanto por vítimas quanto por testemunhas.


(Com Estadão Conteúdo)