Presidente dos EUA afirma que ingerência russa na Ucrânia contribuirá para o isolamento de Moscou
Reuters

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou nesta terça-feira que as razões apresentadas por seu colega russo, Vladimir Putin, para justificar sua incursão militar na Crimeia não enganam ninguém e que a ingerência russa na Ucrânia contribuirá para o isolamento de Moscou.
Obama, no entanto, também fez referência a informações de que Putin, que havia dado uma coletiva de imprensa pouco antes, fez uma pausa para refletir sobre as alternativas à crise ucraniana.
O presidente americano afirmou que a União Europeia e aliados como Canadá e Japão acreditam que a Rússia violou o direito internacional.
- O presidente Putin parece ter outra equipe de advogados, talvez outro conjunto de interpretações. Mas eu não acredito que esteja enganando ninguém - declarou Obama em uma escola de Washington DC.
Acusado pela oposição republicana de não exercer uma liderança firme na crise, Obama contesta a ideia de que o envio por Putin de milhares de soldados russos à Crimeia, parte da Ucrânia, constitua um sinal de força de Moscou.
Afirmou, pelo contrário, que a iniciativa era um “reflexo de que os países vizinhos da Rússia têm grandes preocupações e suspeitas em relação a este tipo de ingerência”.
“Se eles conseguirão algo” com este tipo de iniciativa, será “isolar ainda mais a Rússia”, completou.
.