segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Angelina Jolie visita crianças refugiadas no Líbano

O país abriga quase um milhão de refugiados dos conflitos na vizinha Síria

  • Para a atriz e embaixadora da ONU, os jovens ‘assumem o peso da situação como se fossem adultos’ 
O GLOBO
COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
 

Angelina Jolie conversa com crianças em campo de refugiados próximo à vila de Zahle, no Líbano
Foto: Andrew McConnell / AFP
Angelina Jolie conversa com crianças em campo de refugiados próximo à vila de Zahle, no Líbano Andrew McConnell / AFP
BEIRUTE - A atriz americana Angelina Jolie, embaixadora da Boa Vontade do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), visitou nesta segunda-feira crianças sírias refugiadas no Líbano. Este país do mediterrâneo, vizinho à Síria, abriga quase um milhão de refugiados da guerra iniciada há quase três anos e que já causou mais de 140 mil mortes.
Angelina considerou o encontro com os órfãos sírios na região de Beka, leste do Líbano, como “uma experiência que parte o coração”, segundo o comunicado da Acnur.

— Eles perderam suas famílias. São tão jovens, mas assumem o peso da situação como se fossem adultos — completou a atriz americana, na sua terceira viagem ao Líbano. Ela já visitou campos de refugiados na Jordânia e Turquia.

As 3.500 crianças refugiadas nesse campo são órfãs ou foram separadas das famílias quando fugiram para o Líbano, de acordo com autoridades. Elas formam quase um terço de todos os sírios deslocados de suas casas desde o início dos conflitos contra o presidente Bashar al-Assad, em março de 2011. Pelos cálculos da ONU, os refugiados sírios somam-se 2,5 milhões; outros 4,5 milhões estão deslocados dentro da Síria. Os números representam quase um terço da população síria antes da guerra.

Angelina Jolie destacou a resolução não vinculante aprovada sábado pelo Conselho de Segurança. O documento pede aos beligerantes o fim do cerco às zonas habitadas, o fim dos ataques contra civis e a autorização de um acesso humanitário sem restrições.

— São medidas que demoraram muito a ser adotadas e vão na direção correta para centenas de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes bloqueados em zonas de difícil acesso em toda Síria — analisa a embaixadora.

O papel do embaixador da Boa Vontade é usar parte do seu tempo e influência para ajudar vítimas de perseguições ou conflitos. Desempenham a função artistas, intelectuais, atletas e cantores que emprestam sua imagem a causas humanitárias internacionais em parceria com órgãos da ONU, como o Acnur.