Ator de ‘30 Rock’ explicou em texto que tomou decisão após se envolver em uma série de polêmica nos últimos tempos
O GLOBO

Alec Baldwin anunciou que vai aposentar a sua "vida pública". Em um longo texto publicado no site da "Vulture", o ator de "30 Rock" explica que tomou a decisão de sair dos holofotes após uma série de incidentes e polêmicas envolvendo seu nome. E aproveita para atacar alguns colegas de profissão, como Phil Griffin, presidente da rede MSNBC, a apresentadora Rachel Maddow e o ator Shia LaBeouf.
No texto, Baldwin nega ser homofóbico, e lembra que já defendeu o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Sobre o caso do fotógrafo, explica que foi "emboscado" quando tentava colocar a família no carro, o que o deixou irritado e o levou a fazer xingamentos ou "algo assim" ("Quando tenho alguma interação volátil com pessoas assim, eu não puxo uma caneta para anotar o que eu disse"). Apesar disso, ele admite ter exagerado em algumas de suas reações.
Ele afirma que não queria fazer parte da MSNBC antes mesmo de trabalhar lá. Uma vez lá dentro, passou a vivenciar a "mesma droga o dia inteiro". Após as acusações de homofobia, Griffin o suspendeu, prometendo que essa seria uma medida temporária. "E aí, do nada, a MSNBC disse que eu estava demitido". O ator diz que seu contrato não foi pago porque a emissora apresentou cláusulas que a livrava de remunerá-lo.
Baldwin chama ainda a apresentadora Rachel Maddow, da mesma rede, de "uma farsa que não tem, atrás das câmeras, a mesma paixão que aparenta ter no ar". Através de uma mensagem postada por uma repórter do "Buzzfeed", Maddow afirmou apenas que "nunca conheci o sr. Baldwin, nem na frente nem por trás das câmeras, e desejo tudo de bom para ele".
Entre os incidentes que Baldwin protagonizou nos últimos tempos, está o caso em que ele chamou um jornalista do "Daily Mail" de "rainha tóxica" depois de ele escrever que a mulher do astro estava tuitando durante o funeral de James Gandolfini. Baldwin se desculpa pelas palavras usadas, mas nega, mais uma vez, que tenha sido homofóbico. De qualquer forma, ele afirma que a história toda é mentirosa.
Quem também teve o nome estampado em manchetes recentemente por conta de comportamentos controversos é Shia LaBeouf. Baldwin diz que existiu um "desgaste" em sua relação com o jovem ator, com quem trabalhou na peça "Orphans", na Broadway. LaBeouf foi demitido menos de um mês depois da estreia do espetáculo.
"LaBeouf parece levar consigo uma prisão mental onde quer que ele vá. Dá para perceber imediatamente que ele ama discutir", escreve Baldwin. "Um dia, ele me atacou na frente de todo mundo. Ele disse: 'Você está me atrasando, e você não sabe as suas falas. E se você não disser suas falas, vou simplesmente seguir dizendo as minhas'".
Baldwin disse ao diretor da peça, Dan Sullivan, que pularia fora do projeto no lugar de LaBeouf, mas, no fim, os produtores decidiram demitir o astro de "Transformers".
"Acho que ele ficou chocado. Ele tinha o tal cartão que você ganha quando faz filmes milionários, que o permite carregar um certo tipo de benefício", ironiza Baldwin. "Acho que ele ficou surpreso por isso não funcionar no teatro."
Desde o ano passado, LaBeouf é acusado de plágio em seus projetos artísticos. No Festival de Berlim, ele usou uma sacola na cabeça em que se lia a frase "Eu não sou mais famoso". Também chegou a anunciar que aposentaria a sua "vida pública", mas, neste mês, abriu uma exposição em Los Angeles em que ele mesmo aparecia ostentando o "utensílio" que ficou famoso na mostra alemã.
"Uma parte de mim até sentiu pena dele, por mais estranho que isso seja", escreveu Baldwin.