Na disputa para o governo de Minas Gerais, segundo pesquisa CNT/MDA, o senador Antonio Anastasia (PSDB), que já comandou o estado, segue isolado na liderança, com 21,5%, seguido pelo atual governador, Fernando Pimentel (PT), e o ex-prefeito Márcio Lacerda (PSB), que estão empatados tecnicamente com 13,3% e 9,7%, respectivamente – a margem de erro é de 2,2 pontos para mais ou para menos.
A seguir, aparecem o empresário Romeu Zema (Novo), com 3,4%, o deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM), com 2,4%, e o sociólogo João Batista Mares Guia (Rede), com 2,0%.
A seguir, aparecem o empresário Romeu Zema (Novo), com 3,4%, o deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM), com 2,4%, e o sociólogo João Batista Mares Guia (Rede), com 2,0%.
Segundo turno
O levantamento mostra Anastasia com vantagem na disputa pelo segundo turno – ele venceria Pimentel por 33,6% a 21,6% e Lacerda por 33% a 19,6%. Em um confronto direto, Lacerda está numericamente à frente do petista – 25,9% a 23,1% -, mas dentro da margem de erro.
A pesquisa do instituto MDA foi feita a pedido da CNT (Confederação Nacional do Transporte), registrado no TSE sob número MG-04357/2018. Para a realização da pesquisa foi utilizada uma amostra de 2.002 eleitores, entre os dias 26 e 29 de julho de 2018.
Para o Senado, o quadro lembra as eleições presidenciais de 2014, mas trata-se da disputa eleitoral de 2018 em Minas Gerais. Nova pesquisa do instituto MDA sobre o pleito de outubro deste ano no estado traz a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) na liderança na corrida pelas duas vagas que os mineiros ocuparão no Senado.
A petista – que não perdeu seus direitos políticos ao sofrer impeachment em 2016, mas que tem sua candidatura questionada – aparece em primeiro lugar, com 21,5% das intenções de voto. O tucano, que não anunciou se será ou não candidato, vem em segundo, com 15%. A decisão de Aécio virá até o próximo domingo, 5, enquanto o veredicto final da Justiça Eleitoral sobre Dilma é esperado apenas para setembro – até lá, ela segue candidata normalmente.
Dilma tem expectativas de vencer na Justiça, até porque a decisão de manter seus direitos políticos ocorreu em sessão do Congresso conduzida pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que avalizou a saída costurada com os senadores durante a votação do impeachment.
Logo atrás de Dilma e Aécio, aparecem o apresentador Mauro Tramonte (PRB), com 10,6%, e o empresário Josué Alencar (PR), com 10,4%, o jornalista Carlos Viana (PHS), com 7,7%, e a deputada Jô Moraes (PCdoB), com 7,5%. Fecham a lista, pela ordem, Rodrigo Paiva (Novo), Dinis Pinheiro (SD), Bruno Siqueira (MDB) e Jaime Martins (Pros) – veja abaixo os percentuais de cada um na pesquisa.
Apple: "Estamos felizes em relatar o melhor trimestre da Apple e nosso quarto trimestre consecutivo de crescimento de receita de dois dígitos", disse Tim Cook, CEO da empresa. (Heinz-Peter Bader/Reuters)
A Apple divulgou receita recorde de 53,3 bilhões de dólares em seu terceiro trimestre fiscal, findo em 30 de junho. O número é 17% maior do que o reportado no mesmo período do ano anterior. Na mesma base de comparação, o lucro líquido da companhia cresceu 32%, para 11,5 bilhões de dólares de abril a junho.
“Estamos felizes em relatar o melhor trimestre da Apple e nosso quarto trimestre consecutivo de crescimento de receita de dois dígitos”, disse Tim Cook, CEO da gigante de tecnologia. Segundo o executivo, a receita foi resultado das fortes vendas do iPhone, serviços e Wearables (como Apple Watches)”.
Hélio Bicudo morreu na casa em que vivia, em São Paulo - Marcos Alves / Agência O Globo (18/04/2016)
O jurista Hélio Bicudo morreu na manhã desta terça-feira em sua casa, nos Jardins, em São Paulo, aos 96 anos. O local do velório e do enterro ainda não foram divulgados pela família. Fundador do PT, Bicudo assinou o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2015.
Jurista, jornalista, promotor, deputado e vice-prefeito de São Paulo, Hélio Bicudo fez da sua bandeira de vida a defesa dos direitos humanos. A atuação na área ganhou destaque entre 1969 e 1970, quando combateu como procurador de Justiça a atuação do esquadrão da morte, que executava jovens.
Nascido em 5 de julho de 1922 na cidade Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, se formou em direto pela Universidade de São Paulo em 1946. No ano seguinte, começou a trabalhar como promotor. Em 1959, assumiu a secretaria da Casa Civil do governo de Carvalho Pinto em São Paulo. Na presidência de João Goulart, foi chefe de gabinete do Ministério da Fazenda, que tinha Carvalho Pinto como titular, em 1963. Chegou a ser ministro interino na época.
Fora dos cargos públicos no período da ditadura militar, acabou escolhido para presidir o Centro Santo Dias de Defesa dos Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo.
Ingressou no PT e foi vice na chapa encabeçada por Lula que disputou o governo de São Paulo em 1982. Na gestão de Luiza Erundina na prefeitura de São Paulo, ocupou o cargo de secretário dos Negócios Jurídicos entre 1989 e 1990. Na mesma época, teve conflitos com José Dirceu pela disputa do comando do diretório petista da capital paulista.
Foi eleito deputado federal por duas vezes, em 1990 e 1994. Em 1997, integrou a comissão de sindicância interna do PT que investigou os contratos entre empresas do advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, e prefeituras petistas. No livro “Minhas Memórias”, lançado em 2007, Bicudo lamenta não ter se aprofundado na apuração, que poderia chegar a Lula.
Além dos cargos políticos, presidiu da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) entre 1998 e 2001.
Devido à sua ligação com a Igreja Católica, foi escolhido vice de Marta Suplicy na disputa vitoriosa pela prefeitura paulistana em 2000. O objetivo era diminuir a resistência de alguns setores da sociedade à candidata.
Para Hélio Bicudo, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, o PT “perdeu suas bandeiras”Foto: Marcos Alves, Agência Globo
Em 2005, deixou o PT, junto com outros militantes como Plínio de Arruda Sampaio, contrariado com a postura do partido no escândalo do mensalão. Disse na época que a legenda havia “desviado de sua rota” e se afastado dos “ideais éticos e morais”. Mas ao contrário de Plínio, que ingressou no PSOL, optou por não se filiar a nenhuma legenda.
Longe da vida partidária, Bicudo seguiu militando em favor dos diretos humanos e denuncia abusos cometidos no país. Atualmente presidia a Fundação Interamericana de Defesa dos Diretos Humanos, da qual foi um dos fundadores.
Em outubro de 2015, Bicudo assinou o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, ao lado dos também juristas Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal. Na época, em entrevista ao GLOBO, Hoje, disse que estava "decepcionado" com o partido e que Dilma havia cometido crimes "contra a boa administração".
O vídeo em que Neymarpede desculpas e admite seus erros durante a Copa do Mundopode não ter sido bem aceito pelos torcedores e até por alguns publicitários, mas ajudou o craque da seleção brasileira a se enriquecer um pouco mais. O contrato dele com a Gillette, responsável pela veiculação do comercial, dá ao astro algo em torno de US$ 7 milhões (R$ 26,2 milhões).
O acordo do jogador com a empresa foi selado em 2015 e renovado recentemente. O jogador não recebe por propagandas, mas sim por horas trabalhadas durante as gravações de comerciais ou seção de fotos.
Neymar participou de comercial em que desabafou sobre participação na CopaFoto: Gille e Neymar Jr./Divulgação
E ainda todo o material publicitário feito pela empresa de barbeador passa pela aprovação da Neymar Sports Marketing, empresa que tem o pai do jogador, Neymar da Silva Santos, e a mãe do atleta, Nadine Gonçalves, como proprietários. O vídeo foi exibido pela primeira vez no domingo à noite, no intervalo do Fantástico, da TV Globo. Nele, Neymar admite exageros no torneio da Rússia, desabafa sobre as críticas e promete superação. Entretanto, o que era para ser algo positivo, se tornou algo ainda mais negativo para o atleta.
O Ministério da Saúde anunciou na manhã desta terça-feira, 31, que o número de casos confirmados de sarampo no País em 2018 chegou a 822. Balanço do último dia 18 indicava 667 ocorrências. Foram registrados cinco óbitos e o Estado do Amazonas lidera o número de casos (519).
O balanço foi apresentado pelo ministro Gilberto Occhi durante o lançamento da a Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo e a poliomielite. O mutirão tem como foco crianças com mais de 1 ano e menores de 5 anos e vai ocorrer entre os dias 6 e 31 de agosto. A meta é vacinar mais de 11,2 milhões de crianças em todo o País.
Coordenadora nacional sugere até mudanças no atendimento, como horários mais flexíveis, que se encaixem na rotina de trabalho dos pais Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO
"Os casos de sarampo e de pólio foram banidos das doenças existentes no País há alguns anos e (houve) a queda da cobertura vacinal. As possíveis causas da queda são o sucesso da vacina, que faz com que as doenças desapareçam, o desconhecimento individual sobre o benefício da vacina e o horário de funcionamento das unidades de vacinação, que é incompatível com as atividades das famílias. O quarto item são as notícias falsas. No Brasil, temos 822 casos de contaminação por sarampo e não podemos deixar que ocorra uma contaminação maior por essa doença. Já foram confirmados cinco óbitos", diz o ministro. Não foram registrados casos nos anos de 2016 e 2017 no Brasil.
No País, há ainda 3.831 casos de sarampo em investigação. Não são registrados casos de poliomielite no Brasil desde 1989. "Na pólio, no mundo inteiro, estamos identificando três países que ainda têm a doença: Afeganistão, Nigéria e Paquistão. Não temos a identificação da circulação da pólio no Brasil, mas temos baixa cobertura vacinal,. Vacinar é importante", afirma Occhi. A meta é imunizar 95% do público-alvo da campanha.
Durante a apresentação, Occhi mostrou que, em 2011, a cobertura da vacina contra a poliomielite era de 101,3% e caiu para 78,4% em 2017. No caso da primeira dose da vacina contra o sarampo, passou de 102,3% (2011) para 85,2% (2017). A segunda dose passou de 92,8% (2014) para 69,9% (2017).
Mesmo crianças que já tomaram as doses das vacinas contra sarampo e poliomielite vão precisar participar da ação. "É o momento de chamar todas as crianças, criar uma barreira sanitária e corrigir possíveis falhas vacinais, porque as crianças podem não responder ao esquema e dar um reforço adicional corrige essas falhas. Não tem um risco de a criança ficar sobrecarregada", explica Carla Domingues, coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Segundo Carla, não existe um intervalo mínimo entre as doses da vacina contra a poliomielite. No caso do sarampo, não deve tomar a vacina quem recebeu o imunizante nos últimos 30 dias. A segunda dose da vacina contra o sarampo deve ser tomada seguindo a rotina de imunização, com um intervalo de três meses entre as doses.
O investimento para a campanha foi de R$ 160,7 milhões para a aquisição de 28,3 milhões de doses das vacinas.
O esquema vacinal para poliomielite é composto por três doses administradas aos 2, 4 e 6 meses, sendo necessários dois reforços aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Já a imunização contra o sarampo é feita por meio da vacina tríplice viral, que protege também contra rubéola e caxumba. O esquema vacinal é de uma dose aos 12 meses, com um reforço aos 15 meses.
No Estado de São Paulo, a Secretaria Estadual da Saúde vai antecipar o início da campanha de vacinação para o próximo sábado, 4. A pasta afirmou, em nota, que o objetivo é “facilitar que os pais e os responsáveis levem as crianças aos postos de saúde”. No dia, cerca de 4 mil postos de imunização fixos e outros 300 volantes estarão abertos.
Alerta
Em junho, o Ministério da Saúde fez um alerta sobre o risco de retorno da poliomielite em ao menos 312 cidades brasileiras, das quais 44 estão no Estado de São Paulo, com base na baixa cobertura vacinal registrada nesses locais - que não chegou a 50%, quando a meta é 95%. Em 2017, pelo menos 800 mil crianças estavam sem o esquema completo de vacinação, composto por três doses do imunizante.
O sarampo uma doença viral e contagiosa. Segundo Filipe Piastrelli, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o paciente adquire a doença por partículas respiratórias e nem sempre quem transmite está com sintomas. "O vírus pode entrar pela conjuntiva do olho ou pelas mucosas, começa a se multiplicar e chega à circulação sanguínea, quando atinge o maior potencial de transmissão."
Quais são os sintomas?
O primeiro é a febre, que quase todos os pacientes têm. Depois de um ou dois dias, tem início um quadro com tosse, coriza e conjuntivite. Só depois aparecem as lesões na pele. "A incubação dura de sete a 21 dias, mas a pessoa começa a transmitir cinco dias antes de aparecerem os sintomas e continua transmitindo por cinco dias", explica o infectologista do Sabará Hospital Infantil Francisco Ivanildo de Oliveira Júnior.
Como é feito o diagnóstico?
Por exames clínicos e laboratoriais.
Se for confirmado que o paciente está com sarampo, ele deve ficar isolado?
Sim. Como é uma doença contagiosa, ele deve evitar o contato com outras pessoas e, caso receba visitas, elas devem usar máscaras.
A vacina é eficaz para evitar a doença? Em quanto tempo ela começa a fazer efeito?
"É uma vacina boa, com mais de 90% de eficácia. A proteção plena vai ocorrer de dez a 14 dias", diz Oliveira Júnior.
Qualquer pessoa pode tomar a vacina?
Não. Assim como a vacina da febre amarela, ela é feita com vírus vivo atenuado. Ela não é recomendada para gestantes, bebês com menos de 1 ano e pacientes imunodeprimidos. "A primeira escolha é fazer a vacina, se a pessoa tem alguma contraindicação, faz a imunoglobulina, que tem anticorpos formados e reduz formas graves da doença", explica Piastrelli.
Quantas doses devem ser tomadas?
Tanto o Ministério da Saúde quanto a Organização Mundial da Saúde recomendam duas doses durante a vida. No Brasil, as doses são aplicadas com 12 e 15 meses de vida. Caso a pessoa só tenha tomado uma dose, deve tomar a segunda até os 29 anos. Se nunca tomou até essa idade, só será necessário tomar uma dose entre os 30 e os 49 anos.
A pessoa deve tomar a vacina se perdeu a caderneta e não sabe se foi imunizada?
Sim. As doses recomendadas devem ser tomadas pelo paciente.
Pessoas que tiveram contato com pacientes infectados também são beneficiadas pela vacina?
Se tomada até 72 horas após o contato, a vacina é capaz de reduzir formas mais graves da doença. Mas as ações de bloqueio sempre devem ser realizadas.
Fontes: Filipe Piastrelli, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz; Francisco Ivanildo de Oliveira Júnior, gerente de qualidade e do serviço de controle de infecção hospitalar do Sabará Hospital Infantil; Ministério da Saúde; Organização Mundial da Saúde
José Dirceu foi condenado na Operação Lava Jato pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. A suspensão da execução provisória da pena foi determinada pela maioria dos ministros da Segunda Turma.
No documento, Raquel Dodge sustenta que o julgamento possui vícios relativos tanto às regras processuais quanto à fundamentação adotada na concessão do habeas corpus. A origem do pedido analisado pelos ministros não foi um HC e sim uma petição apresentada ao relator após julgamento que indeferiu uma reclamação, o que deixa claro que o curso regimental foi totalmente atípico.
Segundo a procuradora-geral da República, ‘José Dirceu inovou completamente o objeto da reclamação, alegando plausibilidade de revisão do acordão condenatório do TRF4’.
“Como se sabe, os meios processualmente adequados para se deduzir pedidos de atribuição de efeito suspensivo aos recursos especial/extraordinário são os seguintes: de modo incidental, no bojo do próprio recurso, ou de modo principal, em medidas cautelares autônomas (ajuizadas perante a presidência do Tribunal recorrido, ora perante o próprio Tribunal Superior)”, afirma Raquel Dodge.
A PGR também sustenta que houve omissão quanto ao contraditório e ao respeito ao devido processo legal, uma vez que o Ministério Público não foi intimado para se manifestar sobre a pretensão.
“Na prática, o MPF foi surpreendido pela decisão, sem que tivesse tido qualquer oportunidade de defender sua posição, com violação do devido processo legal”, destaca Raquel Dodge.
Outro fator de obscuridade alegado pelo MPF é que a peça que sustentou a decisão – o acordão condenatório do TRF4 – sequer foi apresentado pela defesa para embasar o pedido.
A PGR também apontou omissão quanto às regras de competência do STF para suspensão cautelar. De acordo com o Código de Processo Civil e as Súmulas 634 e 635, do STF, pedido com pretensão cautelar para a concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário é cabível quando a admissibilidade já tenha sido analisada pelo tribunal de origem, o que não ocorreu no caso de José Dirceu. Além disso, a procuradora registra que também foi desrespeitada a Constituição Federal, que estabelece os casos em que o STF é competente para processar e julgar originariamente habeas corpus.
No documento, Raquel Dodge também contesta as alegações contidas na reclamação apresentada por José Dirceu. A avaliação é de que a peça, de apenas oito páginas, possui elementos frágeis, como a argumentação de que o crime de corrupção passiva estaria prescrito.
A procuradora-geral explica que o ex-ministro foi condenado pela prática de corrupção em cinco contratos. Nesse caso, conforme detalha Raquel Dodge, a consumação do delito se deu entre 2009 e 2013, quando ocorreu o recebimento das vantagens indevidas, e não no momento da assinatura dos contratos, como sustentou a defesa. Também afirma que não houve erro na dosimetria da pena quanto aos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva porque os delitos antecedentes à lavagem foram: formação de cartel e fraude à licitação.
Em outro trecho do recurso – embargos de declaração com efeitos infringentes – destaca a gravidade de consequências provocadas por decisões em que se verifica desrespeito a ritos, regras e normas, com o propósito de devolver a liberdade a réu condenado em dupla instância.
“Ao se permitir que decretos prisionais de 1º e 2º graus sejam revistos diretamente por decisão da última instância do Poder Judiciário, como ocorreu neste caso, em especial no bojo das atuais ações penais de combate à macrocriminalidade, cria-se o senso de descrença no devido processo legal, além de se gerar a sensação de que, a qualquer momento, a sociedade pode ser surpreendida com decisões tomadas completamente fora do compasso procedimental previsto na ordem jurídica”, completa Raquel Dodge.
COM A PALAVRA, O ADVOGADO ROBERTO PODVAL, QUE DEFENDE JOSÉ DIRCEU
“Acho que o recurso é prematuro. O julgamento ainda está em andamento e a soltura em nada prejudica o processo, apenas o torna mais garantista.”