Ministro afirmou que a emissora compartilhou ‘desinformação’ nas eleições
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse que a Jovem Pan é um exemplo de mídia tradicional que se deixou ser utilizada como “verdadeiro braço de partido político”. O magistrado proferiu a declaração nesta quinta-feira, 18, durante uma sessão da Corte Eleitoral.
“É um exemplo de como a mídia tradicional, e a Jovem Pan é uma mídia tradicional, pode ser instrumentalizada e permitir ser instrumentalizada, num procedimento e modus operandi participativo das mídias digitais, para compartilhar desinformação”, afirmou Moraes. “A Jovem Pan se deixou e quis ser utilizada como verdadeiro braço de partido político.”
Na sessão, o plenário do TSE multou em R$ 10 mil a senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A Corte os condenou por vincularem, durante o período eleitoral, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva ao assassinato de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André (SP).
A que Moraes se refere?
No ano passado, em entrevista à Jovem Pan, Mara disse que Lula fez “pagamento elevado” para que não o vinculassem ao caso. O trecho do vídeo viralizou nas redes sociais.
Moraes afirmou que a conversa de Mara com a Jovem Pan “não tem nada de entrevista”, mas, sim, “uma propaganda política negativa”. O ministro disse que “chamaram uma candidata a vice-presidente para produzir conteúdo falso”.
O ministro Carlos Horbach, relator do caso, reconheceu a inexistência de provas que ligassem Lula ao assassinato de Celso Daniel. No entanto, ressaltou que as declarações de Mara “apenas repercutiram o acontecimento advindo da entrevista concedida à Jovem Pan, sem nenhuma desinformação, exatamente porque, de fato, a senadora fez as acusações”.
Edilson Salgueiro, Revista Oeste
Moraes afirmou que a conversa de Mara com a Jovem Pan “não tem nada de entrevista”, mas, sim, “uma propaganda política negativa”. O ministro disse que “chamaram uma candidata a vice-presidente para produzir conteúdo falso”.
O ministro Carlos Horbach, relator do caso, reconheceu a inexistência de provas que ligassem Lula ao assassinato de Celso Daniel. No entanto, ressaltou que as declarações de Mara “apenas repercutiram o acontecimento advindo da entrevista concedida à Jovem Pan, sem nenhuma desinformação, exatamente porque, de fato, a senadora fez as acusações”.