terça-feira, 31 de maio de 2022

Governo dispensa diretores da PRF depois de caso em Sergipe

 As exonerações de Jean Coelho e Allan da Mota foram publicadas no Diário Oficial

Momento em que os policiais colocam Genivaldo dentro do porta-malas da viatura | Foto: Reprodução/Redes sociais
Momento em que os policiais colocam Genivaldo dentro do porta-malas da viatura | Foto: Reprodução/Redes sociais

O diretor-executivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Jean Coelho, e o diretor de Inteligência, Allan da Mota Rebello, foram dispensados das suas funções nesta terça-feira, 31. A informação foi publicada no Diário Oficial da União, assinada pelo Ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

A dispensa ocorre uma semana depois de a morte de Genivaldo de Jesus Santos, 38 anos, vir à tona. O caso ocorreu em Umbaúba, no sul de Sergipe. A relação entre a dispensa dos diretores e esse caso não foi esclarecida pelo governo.

O caso

Genivaldo morreu na quarta-feira 25, depois de ser preso no porta-malas de uma viatura durante uma abordagem da PRF. Um vídeo que circula na internet mostra uma dupla de agentes tentando fechar a porta traseira da viatura sobre Genivaldo.

Nas imagens, é possível ver uma espessa fumaça branca exalando do porta-malas. Os agentes admitiram ter feito o uso de gás lacrimogênio e spray de pimenta.

De acordo com a família de Genivaldo, o homem tinha esquizofrenia e tomava remédios controlados havia 20 anos. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe constatou que as causas da morte de Genivaldo foram asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.

Na quinta-feira 26, a PRF informou que afastou os policiais envolvidos na abordagem de Genivaldo.

Revista Oeste