segunda-feira, 29 de março de 2021

Presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco sai em defesa da colega Kátia Abreu, que foi fazer lobby sobre tecnologia 5G junto a Ernesto Araújo

Pacheco apressou-se em defender a colega Kátia Abreu, ligada à quadrilha do Lula - Foto Agência Brasil

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, é do tipo que considera intolerável um ministro sob fogo cerrado de senadores ter a ousadia de reagir a isso. Foi o que aconteceu neste domingo (28), após a publicação de um post do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, revelando estranho interesse da senadora Kátia Abreu, ex-integrante do velho PFL e hoje presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, sobre o leilão da tecnologia 5G.

Atraído para uma reunião da Comissão de Relações Exteriores, Araújo foi submetido a uma espécie de “malhação de judas” liderada por Kátia Breu (TO), íntima de Dilma Rousseff, laranja de Lula.

Neste domingo (28), Rodrigo Pacheco “subiu nas tamancas” para reiterar críticas ao titular do Ministério das Relações Exteriores inconformado com as revelações dele sobre a conversa com Kátia Abreu durante almoço que ele ofereceu à senadora, em 4 de março.

Em sua conta no twitter, Ernesto Araújo contou que, ao receber Kátia Abreu em almoço no ministério, mantiveram uma conversa que definiu como “cortês” e nela “pouco ou nada falou de vacinas”. Há testemunhas da conversa entre anfitrião e visitante.

Em vez de mandar apurar os fatos, que sugerem interesse particular da senadora no leilão do 5G, Pacheco partiu para o ataque: “A tentativa do ministro Ernesto Araújo de tentar desqualificar a competente senadora Kátia Abreu”, advertiu Pacheco, “atinge todo o Senado Federal”.

O ministro revelou um detalhe que deveria merecer do presidente do Senado abertura de procedimento investigativo. Ele conta que, no final do almoço, à mesa, Kátia Abreu afirmou: “Ministro, se o senhor fizer um gesto em relação ao 5G, será o rei do Senado.”

Ernesto Araújo esclarece que não fez “gesto algum”, explicando em seguida, em seu post no Twitter, que esse tema não lhe compete e sim ao colega das Comunicações e ao presidente da República.

Mas o presidente do Senado achou que o chanceler tentou “desqualificar” a senadora e, com isso “atingiu todo o Senado Federal”, destacando que o fato acontece “justamente em um momento que estamos buscando unir, somar, pacificar as relações entre os poderes”. 

E foi mais além: “Essa constante desagregação é um grande desserviço ao País”.


Com informações de Cláudio Humberto, Diário do Poder