O índice de ações de referência de Wall Street teve a maior pontuação durante o pregão de todos os tempos, depois de se recuperar mais de 50% do mercado baixista durante os dias mais sombrios da crise do coronavírus.
O índice S&P 500 subiu 0,3% no início do pregão de terça-feira (11), atingindo um pico de 3.395 pontos e eclipsando o recorde anterior alcançado em fevereiro, antes da pandemia atingir Wall Street e os mercados financeiros globais.
Johannes EISELE - 19.mar.2020/AFP | ||
A Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) |
O barômetro disparou 54% desde a baixa ocorrida em 23 de março, com os ganhos sendo liderados pelas maiores empresas de tecnologia americanas, incluindo Apple, Amazon, Microsoft e Alphabet, que controla o Google.
O aumento gerou preocupação entre alguns investidores de que essas ações sejam vulneráveis a um crash semelhante ao estouro das pontocom no início dos anos 2000.
"Felizmente, [as avaliações] não estão em níveis parecidos de hemorragia nasal, o que evita o cenário de colapso do mercado de 2000-02", disse Tobias Levkovich, estrategista-chefe de ações dos EUA no Citi. "Mas ainda nos preocupamos que os investidores se acumularam em uma área que pode estar pronta para algumas armadilhas."
As ações europeias permaneceram inalteradas na terça, conforme o continente se reconcilia com uma nova rodada de restrições a viagens impostas pelos governos. O Stoxx 600 regional da Europa ficou estável, enquanto o FTSE MIB de Milão subiu 0,5% e o FTSE 100 de Londres não se mexeu.
Na Ásia-Pacífico, o S&P/ASX 200 da Austrália cresceu 0,8%. O índice CSI 300 da China de ações listadas em Xangai e Shenzhen caiu 0,1% e o Hang Seng de Hong Kong subiu 0,1%.
As ações de empresas regionais que fabricam chips para computadores foram duramente atingidas depois que o Departamento de Comércio dos EUA anunciou na segunda-feira que os grupos teriam de obter licenças para vender à Huawei qualquer chip que tenha sido feito usando equipamento ou software americano. A MediaTek de Taiwan caiu 9,9%.
Financial Times