Membro STF disse na semana passada que o Exército brasileiro havia se associado a “um genocídio”
Gilmar Mendes foi posto em seu lugar, diz chefe do GSI | Foto: ROSINEI COUTINHO/STF
Ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Augusto Heleno evitou comentar a crítica feita por Gilmar Mendes sobre o papel de militares no trabalho contra o novo coronavírus no país. Em entrevista à Jovem Pan, o integrante do governo federal colocou o tema como encerrado.
“[Gilmar Mendes] já foi rebatido e colocado no seu devido lugar”
E, de acordo com Heleno, tal assunto foi encerrado porque o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) já recebeu a resposta que lhe cabia. “[Gilmar Mendes] já foi rebatido e colocado no seu devido lugar”, disse o chefe do GSI ao participar do programa Os Pingos nos Is. Na atração, ele conversou com um trio de colunistas da Revista Oeste: Guilherme Fiuza, Ana Paula Henkel e Augusto Nunes.
Nesse sentido, Heleno ainda pontuou, de forma sucinta, que a declaração feita pelo integrante do STF foi “mal recebida” nas Forças Armadas. Assim, o pensamento do chefe do GSI demonstra sintonia com o posicionamento do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, que rebateu Mendes.
A saber: o integrante do Supremo participou de live ao lado de Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, e criticou os trabalhos realizados no plano federal no combate à covid-19. Chegou a falar que o Exército estava se associando a “um genocídio”.
Apoio a Pazzuello
Com as críticas de Gilmar Mendes direcionadas ao trabalho do Exército diante da pandemia, Augusto Heleno aproveitou a entrevista à Jovem Pan para demonstrar publicamente apoio Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde. De acordo com Heleno, Pazuello, que é general, é eficiente e tem realizado um bom trabalho à frente do ministério. “Tem recebido elogios até de gente que não se coloca como bolsonarista”, afirmou.
Anderson Scardoelli, Revista Oeste
