9,3 milhões de trabalhadores da iniciativa privada tiveram salários suspensos ou reduzidos em até 75%. Já deputados e senadores, comandados pelos notórios Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, não têm do que reclamar. A divulgação da folha de pagamento de junho mostra que cada um deles recebeu R$ 50 mil bruto.
Afora os penduricalhos, que levam a grana das 'excelências' à estratosfera.
Trata-se da soma da remuneração mensal mais a antecipação de metade da gratificação natalina, prática exercida pelo Congresso todos os anos. Nenhum benefício dos parlamentares sofreu alteração durante a pandemia provocada pelo vírus chinês.
Entre as mordomias mantidas estão a verba mensal de gabinete, de R$ 111 mil, e o cotão, que vai de R$ 30,7 mil a R$ 45,6 mil, para gastos com alimentação, transporte etc.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegou a se dizer aberto a um diálogo sobre redução de salários e verbas do funcionalismo que atingisse os três Poderes, mas acabou recuando.
Paulo Guedes (Economia) atuou para que 'servidores públicos' não recebessem reajuste nos próximos dois anos. Mas, com esse Parlamento perdulário e inconsequente, nada é garantido. Exceto os privilégios dos própios congressistas e... do funcionalismo.
No mês passado, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o Executivo não pode reduzir o repasse de verbas aos poderes Legislativo e Judiciário, mesmo em temppo em tempos de crise financeira.
O STF, um entrave às medidas de moralização do país, segue a agenda que compromete a pauta do governo Bolsonaro.
Orlando Silva (PCdoB-SP, puxadinho do covil do Lula) se irritou com o levantamento do Ranking dos Políticos, que apontou que os parlamentares da sua legenda foram os que mais usaram, proporcionalmente, a cota de gastos e o Novo, o que menos usou. “Essa bancada, criticada, teve 6 dos 9 entre as cabeças do Congresso (que fúria! Cabeças de um Congresso corrupto...). E o Novo? Quantos? Nós trabalhamos muito!” (contra a moralização do Brasil), disse.
Com informações da Folha de São Paulo
