A família do senador John McCain, importante figura da vida política dos Estados Unidos, anunciou nesta sexta-feira (24) que o congressista decidiu abandonar o tratamento contra um câncer no cérebro detectado há um ano.
“A doença e o envelhecimento inexoráveis deram seu veredicto. Com sua habitual determinação, ele decidiu por fim a seu tratamento médico”, escreveu a família McCain em um comunicado.
“John superou as expectativas para sua sobrevivência”, disse a família, acrescentando que a progressão da doença e os 81 anos de McCain o fizeram interromper o tratamento para um “glioblastoma agressivo”.
O senador foi diagnosticado com uma forma agressiva de câncer no cérebro e desde julho de 2017 vem realizando o tratamento. Ele deixou Washington para ficar com sua família no Arizona e está ausente do Senado, mas ainda é uma figura política de relevância.
Mesmo após a descoberta, o senador continuou, por alguns meses, com as obrigações políticas que tinha e acompanhando o trabalho da sua equipe em Washington.
McCain era conhecido por dizer o que pensava, o que levou a uma rixa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que se intensificou em 2015 quando o senador disse que a candidatura de Trump havia “estimulado os malucos”.
Trump retrucou dizendo que o senador não era “um herói de guerra” e citou os cinco anos e meio que McCain passou como prisioneiro do Vietnã do Norte, afirmando: “Eu gosto de pessoas que não foram capturadas”.
Em maio, uma reportagem do jornal The New York Times revelou que McCain deu instruções para as pessoas mais próximas a ele para que Trump não vá ao seu funeral e que, no lugar dele, esteja o vice-presidente Mike Pence. A informação não foi confirmada pela equipe do político.
McCain, um herói da guerra do Vietnã, é senador republicado pelo estado do Arizona e disputou as primárias para uma indicação às eleições presidenciais em 2000, perdendo para George W. Bush.
Com AFP e Reuters