sábado, 4 de agosto de 2018

Vexame das 'bancadas' que entrevistaram Bolsonaro no 'Roda Viva' e na GloboNews

Por José Tomaz Filho

Miriam Leitão e Jair Bolsonaro no Central das Eleições 2018, da Globo News




Miriam Leitão e Jair Bolsonaro no Central das Eleições 2018, da Globo News (Reprodução)



jurista Miguel Reale Júnior sugere que a imprensa cumpra o seu papel e informe aos brasileiros a real situação do país e que candidato deve merecer o voto do eleitor.

Parece óbvio.

O que vemos nas páginas dos principais jornais, revistas, nos blogs e sites, tidos como respeitáveis, nas rádios? 

Um festival de horror!

Desinformação absoluta.

Já vimos esse filme.

(Nem vamos falar da campanha que levou Donald Trump à Casa Branca, derrotando Clinton, Obama, Michelle e Hillary. Lá o desserviço da mídia foi exemplar. A democrata foi detonada... Trump não teve a humildade de agradecer. Não é do perfil dele)

De volta ao Brasil...

Em 1989 estavam na prateleira alguns candidatos razoáveis. Para o segundo turno foram seguramente os dois piores: Collor de Mello e Luiz Inácio. 

Hoje, figurinhas carimbadas. Corruptas. Lula chegou ao acinte de criar o Mensalão (e sequer foi processado. Párias a serviço do 'capo' foram para o sacrifício sem dor. Sem exceção, todos estão soltos). 

Como o Mensalão não lhe custou nada, Lula ousou mais e produziu o Petrolão, o maior assalto da humanidade ao bolso do povo de que se tem notícia na Terra.

E Collor? É senador da República.

Lula e Collor estão aí para atestar que o crime compensa. Os jovens miram a impunidade...

Não podemos culpar apenas a imprensa e o eleitor pelos crimes de Lula, Renan, Collor, Aécio, Cabral...

Ao fundo, está a figura patética (?) do Judiciário, que deixa para o eleitor cúmplice manter a canalha no poder. 

A canalha no poder é a continuação da máquina corrupta e ineficiente, que assegura o emprego a milhares de parasitas no serviço público, nas estatais inclusive. 

Miguel Reale Júnior pode e deve cobrar da mídia mais seriedade na cobertura da campanha eleitoral.

Mas, a imprensa tem sido tão responsável pela bandidagem política que assola o país quanto o Judiciário.

Aliás, Bolsonaro 'peita' o tempo todo jornalistas com rabos presos... Boa parte, despreparada. Portanto, sem autoridade para 'desconstruir' o 'capitão'. 

O vexame das 'bancadas' que entrevistaram Bolsonaro no 'Roda Viva' e na GloboNews é sintomático. 

Por que será que um criminoso condenado em segunda instância a 12,1 anos de xilindró continua debochando da Justiça? 

Lula e Bolsonaro liderarem pesquisas a dois meses das eleições teria um significado forte se o Brasil fosse sério.

Mas, numa republiqueta em que Lula é tratado pela imprensa como 'estadista' e o Supremo Tribunal Federal é integrado por tipos como Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli... o que se poderia esperar, hein Reale Júnior?