Antônio Strini e Igor Resende - ESPN.com.br
GETTY
Michael Phelps segue sua buscar incessável por ouros em Olimpíadas. Nesta noite, porém, terá uma missão ingrata pela frente. Para ganhar seu 22º ouro, o fenômeno será obrigado a deixar um de seus grandes amigos - um que até divide o ‘teto' no Rio de Janeiro - sem a chance de subir pela última vez ao posto mais alto do pódio.
Ryan Lochte é o grande rival a ser batido nesta quinta. Mas ele é mesmo mais que só um rival. Depois de 12 anos competindo juntos, tornou-se um amigo pessoal de Phelps. No Rio de Janeiro, até dividem um apartamento na Vila dos Atletas. E passam parte do tempo livre se divertindo juntos.
"Você sabe: a história que temos é especial, algo que nunca tive com qualquer outro nadador. Acho que nossa amizade cresceu mais neste ano ainda. Estamos competindo por 12 anos e vamos ter mais uma batalha agora", disse Phelps.
"Lá no quarto, não falamos sobre as nossas provas. Nós jogamos cartas e brincamos um pouco no Snapchat", continua Lochte, falando sobre o tempo livre dos dois na Vila dos Atletas.
Por lá, eles não chegam a dividir o quarto, mas ficam boa parte do tempo juntos no mesmo apartamento. Dentro da água, porém, a história é outra, com muito mais disputa. Mas o mais curioso mesmo é ver o tamanho do respeito entre os dois em frente as câmeras. Mais que isso: o tamanho do carinho.
"Eu amo vê-lo nadando. Eu acho que ele traz o melhor de mim. Nós somos nadadores e competidores e meio que eu adoro ir lá e brigar com ele até o fim", disse Phelps.
"Nós trazemos o melhor um do outro. Estamos nessa desde 2004. Qualquer hora que eu compita com ela é melhor hora. Mas será preciso uma performance perfeita para batê-lo", ‘respondeu' Lochte.
Os dois foram à final dos 200m medley com o melhor tempo. Michael fechou com 1:55.78, 50 centésimos mais rápido que Lochte. O brasileiro Thiago Pereira chegou em terceiro, também com o terceiro melhor tempo. A disputa pelas medalhas acontece na noite de quinta-feira.