Os problemas enfrentados pelo público para se alimentar nos parques e arenas da Olimpíada têm nome e sobrenome: Emílio Odebrecht Peltier de Queiroz, neto do fundador da construtora Norberto Odebrecht. O empresário, conhecido como Emilinho, é um dos sócios da empresa contratada pelo comitê Rio 2016 para prestar o serviço de alimentação.
Desde o primeiro dia dos Jogos, o torcedor que vai assistir às competições tem de enfrentar imensas filas para comer e beber. Tanto no primeiro, quanto no segundo dia, os produtos acabaram no meio da tarde. Neste domingo, food trucks foram acionados às pressas para amenizar os transtornos.
O Blog não teve acesso ao valor do contrato da prestação de serviço. Mas o Rio 2016 afirma que todos os seus fornecedores são escolhidos por critérios técnicos e por concorrência. A empresa da família Odebrecht _ que também construiu as arenas olímpicas, pagas pela Prefeitura _ chama-se FT Rio Restaurante LTDA e o nome fantasia é Food Team. Foi criada há três anos, no dia 13 de maio de 2013, mesmo dia em que foram abertos os envelopes da controversa licitação do Maracanã. Vencida por quem? Odebrecht.
As coincidências não param na vida da empresa de Emilinho. O primeiro cliente da Food Team foi justamente o Maracanã. O segundo cliente foi a Arena Fonte Nova, na Bahia, e o terceiro, a Arena Pernambuco, em Recife. Ambas sob administração da Odebrecht e construídas pela empresa da família, com recursos públicos. Ao todo, a Food Team explora os serviços de 111 bares, 238 camarotes e 23 lounges.
Na fase de preparação da Olimpíada, os responsáveis pela operação elegeram três pontos onde não se podia ter problema: instalações para atletas, serviços nas arenas e equipamentos para a imprensa. Os serviços de alimentação e bebida, cruciais para satisfação do público, não passaram no teste.
ESPN.COM.BR

Filas para compra de comida no parque olímpico apresentaram problemas