quarta-feira, 30 de agosto de 2023
Petrobras sai da lista das maiores distribuidoras de lucro aos acionistas
A Petrobras, que já liderou o ranking global de empresas que mais distribuíam lucros aos acionistas no segundo trimestre de 2022, não figura mais entre as top 20, de acordo com um recente relatório da consultoria Janus Henderson.
A estatal brasileira também registrou o maior corte no pagamento de dividendos entre as gigantes mundiais no último trimestre, resultando numa queda média de 53% nos dividendos pagos por empresas brasileiras.
A Janus Henderson aponta que essa redução veio no contexto de uma diminuição nos preços do petróleo.
Confira o ranking global das empresas que mais pagaram dividendos:
- Nestlé
- HSBC
- Mercedes-Benz
- China Mobile
- Bayerische Motoren Werke
- BNP Paribas
- Microsoft
- Allianz
- Sanofi
- Axa
- Toyota Motor Corporation
- Rio Tinto
- Zurich Insurance
- Woodside Energy Group
- LVMH Moet Hennesy Vuitton
- Deutsche Telekom
- Apple
- Engie
- Exxon Mobil
- Nordea Bank
Agora Notícias Brasil
'Ministros' do covil do Lula são indicados para boquinha de R$36,1 mil
BNDES indica Anielle Franco e Carlos Lupi para fazer parte do Conselho de Administração da Tupy
Ministros de Lula são escolhidos para integrar multinacional brasileira e vão receber de salário R$36.115. Foto: Reprodução/ Redes Sociais
O governo Lula emplacou mais 2 ministros para a cúpula de uma grande empresa. Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial e Carlos Lupi, ministro da Previdência Social, foram indicados para o Conselho de Administração da Indústria Metalúrgica Tupy.
A indicação foi feita pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), sob guarda-chuva do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, foi confirmada nesta quarta-feira (30) pela empresa.
Além da remuneração como ministros, os indicados vão receber mensalmente cerca de R$36.115,00 por integrarem o conselho da Tupy. Anualmente os 9 membros podem embolsar o valor de R$3,9 milhões. Os números podem ainda aumentar a cada participação dos conselheiros em comitês internos.
A ‘renda extra’ seria um complemento para o generoso salário bruto mensal de R$41.650,00 dos ministros de Lula, conforme dados do Portal da Transparência.
2º Emprego
O Conselho de administração é um órgão responsável pelas principais deliberações e decisões estratégicas de uma empresa, tem o dever de supervisionar as atividades de uma organização, inclusive da diretoria.
As pessoas que compõem o conselho são indicadas pelos acionistas, mas dependem da aprovação dos demais sócios para serem confirmados. Na Tupy a BNDESPar tem 28,2% de participação na estrutura societária.
Multinacional Brasileira
A Tupy produz componentes a base de ferro fundido. Os produtos são destinados aos setores de transporte, geração de energia, infraestrutura e agronegócio. A Companhia no ano de 2022 alcançou o lucro recorde de R$502 milhões, com receita de R$10, 2 bilhões no ano.
As produções da multinacional estão concentradas nas fábricas em Betim(MG), Joinville (SC) e São Paulo (SP). Também tendo fábricas no exterior situadas em Portugal e México e mais as sede comerciais na Alemanha, Holanda, Itália e Estados Unidos
A data da posse dos ministros ainda não foi anunciada. Anielle e Lupi ocupam o lugar de Carla Gaspar Primavera e Fabio Rego Ribeiro
A oposição pede explicações ao ministro da pasta e vice-presidente Geraldo Alckmin sobre indicação de Anielle Franco e Carlos Lupi ao conselho de administração da Tupy. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) disse que a indicação dos ministros ‘é extremamente complexa’ já que ambos não possuem experiência no setor de metalurgia.
Diário do Poder
'As travessuras de Dino', por Rodrigo Constantino
Reprodução
Era uma vez um menino muito travesso chamado Dino. Ele só gostava de usar camisa vermelha desde criança. Mais tarde, assumiu que era um comunista, graças a Deus! Como bom comunista, Dino enaltecia os piores regimes do planeta. Quanto mais totalitarismo, censura, perseguição a inocentes, mais Dino aplaudia.
Dino virou ministro da Justiça numa aliança "para salvar a democracia". Era a piada pronta, pois o país não era bem uma nação que merecesse tal título, mas sim um grande circo. Logo no começo de seu mandato, uns arruaceiros desesperados resolveram invadir instituições de estado.
Dino ficou lá, com seu sorriso diabólico, só acompanhando os acontecimentos que poderia impedir. Ele mesmo meio que confessou para a imprensa aliada, sem saber que haveria uma CPMI em que a oposição cobraria as imagens.
Tanto o governo de Dino como a mídia subserviente trataram os acontecimentos daquele fatídico dia como o maior atentado golpista contra a democracia na história do país. Com base nisso, o aliado ministro supremo chegou a prender, de férias em Paris, mais de mil "meliantes", que teriam tentado dar um golpe usando algodão doce como arma.
Os parlamentares da CPMI exigiram, então, as tais imagens. O governo, que chamou aquilo tudo de ato golpista e não queria a abertura da CPMI para investigar, ficou de embromação e mandou a pelota para o campo supremo. Autorizado a entregar as imagens, Dino disponibilizou somente duas câmeras de segurança, enquanto um deputado da oposição provou existirem várias outras.
Os jornalistas prostituídos não se incomodaram, pois para eles basta a narrativa de Dino. Mas os insistentes opositores não desistiram, pois Dino ainda não conseguira transformar esse grande circo num típico país comunista, sua eterna inspiração. Aí algo teve de ser dito para dar alguma explicação, por mais fajuta que fosse, aos deputados e senadores.
"Imagens do Ministério da Justiça e Segurança Pública em 8 de janeiro foram apagadas", dizia a chamada. "A justificativa é que as gravações ficam salvas por 15 dias e são excluídas para abrir espaço de armazenamento no sistema", constava no subtítulo. Puxa vida! Logo as imagens daquele dia tão importante, que o próprio Dino chamou de golpe terrorista?!
Quanto custa um hard disk com terabytes de capacidade de armazenamento? É bem baratinho, não é mesmo? Para salvar a democracia, então, creio que o valor compensasse. Mas nada disso importa. O tal país, como já disse, é um enorme circo, e o povo assume compulsoriamente o papel de palhaço.
Dino apenas sorriu uma vez mais, imaginando o contorcionismo dos jornalistas que comprou e transformou em militantes. Com sua pança esparramada no sofá caríssimo pago pelos trabalhadores, Dino se lembrou de quando era apenas um travesso menino na escola, e chegou sem seu dever feito.
A professora cobrou explicações, pois valia ponto, e o garoto Dino, rindo, apenas disse: "O cachorro comeu meu dever, professora". E depois saiu gargalhando, direto para o circo com tenda vermelha...
Rodrigo Constantino, Gazeta do Povo
Marcel van Hattem: 'Governo Lula e o 8 de janeiro: omissão ou missão cumprida?'
Presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA); e a relatora Eliziane Gama (PSD-MA).| Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Força Nacional de braços cruzados no estacionamento do Ministério da Justiça enquanto a depredação ocorria no Congresso, no Planalto e no STF; facilitação da entrada de manifestantes nos prédios públicos, a exemplo das gritantes imagens que levaram à demissão do ministro do GSI, Gonçalves Dias; viagens às pressas de Lula no avião presidencial para Araraquara em visita a um aliado político poucas horas antes do caos na Praça dos Três Poderes, retirando-o antecipadamente da cena do crime.
Estas são apenas três evidências de inúmeras a revelar a grave omissão do governo Lula nas depredações de 8 de janeiro.
A CPMI criada no Congresso Nacional, apesar de dominada pelo próprio governo e sabotada por sua relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), tem revelado por meio de depoimentos e documentos que o comprometimento de Lula e do ministro da Justiça, Flávio Dino, com o ocorrido em Brasília naquele início de governo é muito maior e mais grave do que se imaginava.
\Já é impossível negar que, se a Força Nacional e os demais órgãos de segurança federais e distritais tivessem funcionado como deveriam, o 8 de janeiro não teria ocorrido e este artigo não estaria sendo escrito. No entanto, se comprovada, a omissão do governo Lula toma cada vez mais ares de contribuição para o caos.
Onde já se viu quem diz querer investigar e punir culpados, negar acesso ou até mesmo permitir a destruição de provas que supostamente levariam à responsabilização?
Faz lembrar o ocorrido em 27 de fevereiro de 1933, em uma Alemanha onde, há apenas quatro semanas, um novo chanceler havia tomado posse: Adolf Hitler.
Naquele dia, um incêndio causado por manifestantes comunistas deixou em ruínas o Reichstag, o Parlamento Alemão, em Berlim. Hitler aproveitou o momento para emparedar o então presidente do país, Paul von Hindenburg, a baixar um pesado decreto limitando as liberdades civis e iniciando um período de repressão, com a prisão em massa de milhares de opositores.
Sem oposição relevante, posto que suas principais lideranças estavam presas ou amedrontadas, Hitler viu-se livre para consolidar seu poder e o resto é história.
Em Brasília, oitenta anos depois, desenha-se o mesmo cenário. Uma depredação criminosa, seguida de uma perseguição política implacável, tem amedrontado a oposição ao petismo, que durante os últimos dez anos manifestou-se de forma pacífica e democrática nas ruas e nas urnas.
Após o encarceramento em massa de pessoas que sequer estavam presentes no dia 8 de janeiro em Brasília e as injustiças, censuras e perseguições ameaçadas e cometidas contra aqueles que ousam desafiar Lula e o STF – que tem agido como braço político do PT no Judiciário – a pergunta que precisa ser respondida é: foi omissão ou foi missão cumprida?
As imagens apagadas do sistema de monitoramento eletrônico interno e externo do Ministério da Justiça tornam tudo ainda mais suspeito: se o governo tivesse tanta vontade de investigar o suposto “terrorismo" e "golpe de Estado”, teria providenciado imediatamente a preservação de todas as imagens, a fim de identificar os reais culpados.
Enquanto o governo embaraça as investigações da CPMI recusando-se a entregar documentos, cidadãos que foram presos nos dias 8 e 9 de janeiro pedem para que as imagens de todas as câmeras venham a público. Onde já se viu quem foi acusado de depredar pedir que as imagens de suas supostas ações criminosas sejam conhecidas? E onde já se viu quem diz querer investigar e punir culpados, negar acesso ou até mesmo permitir a destruição de provas que supostamente levariam à responsabilização?
Quem não deve, não teme.
Gazeta do Povo