quinta-feira, 31 de março de 2016

Dupla Lula-Dilma leva a corrupção à exaustão e oferece MInas e Energia ou Agricultura a Valdemar Costa Neto do PR

Ricardo Della Coletta - Epoca

Expectativa é que partido amplie participação na Esplanada com desembarque do PMDB do governo


Valdemar Costa Neto (Foto: José Cruz/ABr)



Com 40 deputados, o PR deve ampliar sua participação na Esplanada. Após o desembarque do PMDB, a articulação política do governo Dilma Rousseff procurou caciques do partido e disse que eles poderiam escolher se querem ficar com a pasta de Minas e Energia ou com a de Agricultura.
A legenda já controla o ministério dos Transportes, chefiado por Antônio Carlos Rodrigues.


Conheça os famosos que andam de metrô em NY

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Repasses da Odebrecht no exterior irrigaram propina ao PP, diz Janot

AGUIRRE TALENTO
MÁRCIO FALCÃO

Folha de São Paulo


Transferências internacionais de contas ligadas à Odebrecht no exterior para o doleiro Alberto Youssef foram usadas para o pagamento de propina ao PP, principalmente ao ex-deputado João Pizzolatti (SC), segundo a Procuradoria-Geral da República.

A informação consta da denúncia protocolada na quarta-feira (30) no Supremo Tribunal Federal contra Pizzolatti, o ex-ministro Mário Negromonte (ex-PP-BA) e outros cinco políticos do PP sob acusação de recebimento de dinheiro desviado da Petrobras, por meio da diretoria de Abastecimento.

Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, um dos delatores, Rafael Ângulo, transportador de valores de Youssef, apresentou quatro comprovantes de transferências bancárias no exterior que tinham relação com esses pagamentos de propina.

Os repasses foram entre 2009 e 2010 em contas na Alemanha que, segundo o Ministério Público, seriam ligadas à Odebrecht, para contas na China e em Singapura, totalizando US$ 1,5 milhão. "Todos esses documentos contêm vinculação à empresa Braskem [ligada à Odebrecht]", escreveu Janot.

Segundo o procurador-geral da República, a propina era referente a um negócio da Braskem com a Petrobras.

"Realizadas as transferências bancárias internacionais, Alberto Youssef disponibilizava as correspondentes quantias em reais, no Brasil, ao PP e particularmente a João Alberto Pizzolati Junior. Dessa forma, entre 2009 e 2010, pelo menos US$ 1.530.000 foram repassados a título de propina", afirmou o procurador-geral.

Pedro Ladeira/Folhapress
O procurador geral da República, Rodrigo Janot, durante reunião do Conselho Nacional do Ministério Público
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot

Além disso, Janot apresenta uma série de elementos encontrados contra Pizzolatti.

A operação de busca e apreensão em seus endereços encontrou patrimônio que estava mantido em nome de terceiros, segundo a denúncia. Por exemplo, um automóvel registrado em nome de uma loja de veículos, e um apartamento que tinha em Blumenau também sem estar em seu nome.

Foram encontrados ainda depósitos em dinheiro, fracionados, na conta pessoal dele, no total de R$ 330 mil.

NEGROMONTE

A denúncia também aponta depósitos fracionados, sem identificação do depositante, feitos nas contas de dois ex-assessores do ex-ministro Negromonte, como pagamentos de propina.

Foram R$ 336 mil depositados por meio de 169 operações para um assessor e R$ 534 mil em 116 operações para o outro.

Para Janot, ambos só recebiam salários da Câmara ou de outros órgãos públicos e "não tinham motivos nem recursos para movimentar tanto dinheiro, sem identificação de origem".

De acordo com a denúncia, um dos assessores repassou R$ 60 mil em 37 operações para a conta pessoal mantida por Negromonte e seu filho, o atual deputado Mário Negromonte Júnior (PP-BA).

Ainda contra o ex-ministro, Janot aponta entregas em dinheiro feitas por emissários do doleiro Alberto Youssef e transferências da empresa Unipar Carbocloro a um empresário da Bahia como forma de pagar Negromonte.

Embora focada nos dois ex-deputados e no filho de Negromonte, a denúncia também aponta corrupção dos deputados Arthur Lira (PP-AL), Luiz Fernando Faria (PP-MG), José Otávio Germano (PP-RS) e Roberto Britto (PP-BA). No caso deles, o principal elemento foram doações feitas por empresas acusadas de envolvimento com a corrupção na Petrobras.

Os delatores Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa já sustentaram em seus depoimentos que as doações eram uma das formas de pagamento da propina.

Segundo dados da PGR ao STF, o PP e Paulo Roberto receberam R$ 357,9 milhões em propina de contratos da estatal, entre 2006 e 2014.

OUTRO LADO

Procurada na noite desta quinta (31), a Odebrecht informou que não se manifestará sobre o assunto.

A defesa de Pizzolatti informou que ainda não teve acesso à denúncia e vai se manifestar, no momento oportuno, nos autos do processo.

O advogado de Negromonte e Negromonte Júnior, Carlos Humberto Fauaze, afirmou que não é possível dizer que depósitos bancários sem identificação da origem eram propina. "A presunção de inocência milita a favor do cidadão. Caberia ao Ministério Público indicar por quais motivos entende que este ou aquele depósito é proveito de crime", disse.

Sobre as entregas em espécie e os repasses ao empresário baiano, Fauaze afirmou que se sustentam apenas na palavra de delatores e, para ele, essa prova não é suficiente para denunciar seus clientes.

Os demais parlamentares já negaram o recebimento de propina e o envolvimento com irregularidades na Petrobras.

Marco Antonio Villa: 'Lula é pior que Collor'

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Exclusivo: Gerente da Petrobras conta a VEJA que mandou avisar Dilma da compra superfaturada de Pasadena

Hugo Marques - Veja





Otávio Cintra, da Petrobras
Otávio Cintra, da Petrobras(Marcelo Tabach/VEJA)

Sua identidade nunca foi revelada, mas ele está no melhor lado da Lava Jato. Como informante, ajudou a Polícia Federal a dar os primeiros passos para desvendar o esquema de corrupção na Petrobras. Seu nome é Otávio Pessoa Cintra. Ele é engenheiro, tem 55 anos e é funcionário da estatal há 30 anos. De 2003 a 2005, Cintra ocupou o cargo de gerente da Petrobras América, braço da estatal no exterior, com sede em Houston, no Texas, Estados Unidos. Ali, ele teve contato com o escândalo que está na origem de tudo: a compra, altamente superfaturada, da refinaria de Pasadena, também em Houston. Em entrevista a VEJA, Cintra garante: "Pasadena era um projeto secreto". A história de Cintra mostra como um funcionário da estatal teve acesso a informações comprometedoras e tentou, sem sucesso, alertar seus superiores para o que estava acontecendo. Ele conta que mandou recado para a então ministra Dilma Rousseff na época. E soube, há dois anos, que seu recado chegou à destinatária. "Tomei conhecimento em 2014 que Dilma sabia de tudo."
O engenheiro conta que, no segundo semestre de 2005, já exasperado com as tentativas frustradas de denunciar a roubalheira na Petrobras, procurou o deputado Jorge Bittar, do PT do Rio de Janeiro, então influente na ala ética do partido. Na época, a Petrobras estava sob a presidência de José Sérgio Gabrielli. Cintra contou ao deputado o que sabia, deu detalhes do rombo de Pasadena e pediu que o assunto fosse levado a Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Em 2014, encontrou Paulo César de Araújo, o assessor que intermediara seu encontro com Bittar, e quis saber o destino de sua denúncia de nove anos atrás. A resposta que ouviu: "O Bittar levou o assunto ao Gabrielli e ao Gabinete Civil da Presidência da República". Depois desse diálogo, Cintra ficou certo de que Dilma foi informada do que se passava na Petrobras mas não tomou atitude alguma.
Otávio Cintra começou a auxiliar a Polícia Federal em 28 de abril de 2014. Prestou um depoimento formal no qual detalhou o que sabia sobre Pesadena, sobre operações ilegais envolvendo a compra de blocos de exploração de petróleo em Angola e casos de superfaturamento, além de citar nomes de funcionários que, mais tarde, se tornariam estrelas do escândalo, como o ex-diretor Nestor Cerveró, e o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano. Suas revelações foram registradas num documento de dezessete páginas, anexado ao processo da Lava Jato. A identidade do informante, no entanto, ficou sob segredo até agora.
Depois de prestar seu depoimento sigiloso à Polícia Federal, Cintra ainda tentou levar o assunto adiante. Procurou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que encaminhou o engenheiro ao deputado Antônio Imbassahy, então membro da CPI da Petrobras. Imbassahy tentou convocar Cintra para depor formalmente na CPI, ocasião em que poderia denunciar publicamente tudo o que sabia. O requerimento de sua convocação nunca foi votado. A seguir, os principais trechos de sua entrevista a VEJA:
"PROJETO SECRETO"
Como o senhor ficou sabendo da compra de Pasadena pela Petrobras? Eu era commercial manager da Petrobras América. Estava em 2005 nos Estados Unidos e vi essa movimentação das pessoas fazendo viagens pelos EUA, passavam pela Petrobras America. E nós, o comercial da companhia, não éramos ouvidos sobre o negócio. Tínhamos que ser ouvidos. E por que isso não acontecia? Porque Pasadena era um "projeto secreto" . Por isso não envolvia a gente. Vi que estavam comprando Pasadena quase clandestinamente.
Na época, como gerente, o senhor não fez nada para impedir o golpe? Ainda em 2005, fui ao presidente da Petrobras America, o Renato Bertani, meu chefe. Disse a ele que não fazia sentido comprar Pasadena, ainda mais por aquele preço absurdo. A Petrobras tinha acabado de recusar a compra de toda a refinaria de Pasadena por 30 milhões de dólares e, naquela, eles estavam comprando a metade da mesma refinaria por 360 milhões de dólares, sem consultar ninguém. Era óbvio que havia algo por trás daquilo.
O problema estava no preço e no modo com que a operação estava sendo feita? A compra de Pasadena tinha que necessariamente passar pela Petrobras América. Eu era o gerente comercial da Petrobras América e estava presenciando a movimentação para a compra de uma refinaria que antes não estava nos planos estratégicos da empresa. Cabia a nós o contato sobre as oportunidades para a empresa. Em duas outras oportunidades anteriores, nós fomos consultados. Pasadena era uma empresa familiar, as margens eram baixas, não tinha crédito no mercado. Ela não podia comprar petróleo. Imagina uma padaria que não podia comprar farinha de trigo, que não podia fazer pão. E essa era apenas uma das muitas operações estranhas que ainda estavam por vir.
"A DILMA E O GABRIELLI SABIAM"
O senhor alertou seus superiores sobre as irregularidades na compra de Pasadena? No segundo semestre de 2005, tive um encontro com o deputado Jorge Bittar. Eu falei: "Deputado, tem irregularidade na compra de Pasadena. Meia dúzia de suspeitos estão envolvidos nessa negociação". Quem intermediou o encontro no gabinete do deputado, no Edifício Di Paoli, no Rio, foi meu amigo, o Paulo César Araújo, que trabalhava com o Bittar. O Bittar, então, levou o assunto à ministra da Casa Civil da Presidência da República e ao presidente a Petrobras, Sérgio Gabrielli.
Como é que o senhor sabe que a então ministra Dilma foi alertada? O Paulo César, assessor do Bittar, me confirmou. Quando estourou a Operação Lava Jato, tivemos outro encontro, em 2014, no mesmo Edifício Di Paoli. O Paulo falou: "O pior é que sua denúncia foi levada à Casa Civil e ao Gabrielli". A Dilma e o Gabrielli sabiam. O Bittar foi à Casa Civil e ao Gabrielli. Eu só tomei conhecimento agora em 2014 que a Dilma sabia de tudo.
"PETROBRASSSS..."
O senhor fez alguma outra incursão na tentativa de denunciar o que estava acontecendo na empresa? Depois que o presidente Lula já tinha terminado o mandato, me encontrei com ele no Chile, onde também fui gerente. Em uma cerimônia, salvo engano em 2013, um representante do Itamaraty me colocou sentado ao lado dele, e me apresentou como funcionário da Petrobras. Pensei em aproveitar a oportunidade e falar com o ex-presidente, mas não foi possível. O ex-presidente tinha bebido um pouco de uísque, me olhou, deu um tapa forte no meu peito e disse, sorrindo: "Petrobraaasssss". Aí todo mundo riu, mas não teve jeito de conversar com ele, não tinha clima.
Foi sua última tentativa de trazer o assunto a público? Apresentei os problemas da Petrobras para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, numa reunião, em 2014, já depois do escândalo da Lava Jato. Ele pediu que eu conversasse com o deputado Antonio Imbassahy. Fiz isso. O deputado apresentou requerimento me convocando em 2015 para prestar depoimento na CPI, mas o requerimento sequer foi analisado.
"COMEÇARAM A ME PERSEGUIR"
Como o senhor reagiu quando a Lava Jato começou a revelar tudo? Fiquei com medo. Tenho medo desse grande 'sistema'. Tive medo de matarem minha família. Vai que alguém me aborda na rua. Numa discussão de rua, dão um tiro, e é queima de arquivo. A prova de que realmente o esquema é muito maior é que começaram a me perseguir dentro da Petrobras depois que avisei o deputado Bittar. Perguntavam de forma irônica: "Por que o Paulo Roberto Costa gosta tanto de você?". Fiquei sem dormir. Quando você se volta contra o sistema, o sistema te destrói. Quando fiz essa denúncia, o mundo se voltou contra mim.
O que mais aconteceu para o senhor dizer que o mundo se voltou contra o senhor? Desde que comecei a falar abertamente sobre Pasadena dentro da empresa, nunca mais tive promoções, nunca mais me deram funções de relevo na companhia. Nos Estados Unidos, cheguei a ganhar mais de 100 mil reais por mês e hoje não ganho um terço disso. Nos últimos anos, fico encostado num computador, na internet, esperando a aposentadoria chegar e ainda com medo de sofrer algum tipo de retaliação.
Hoje, diante do que já foi descoberto, qual avaliação que o senhor faz sobre o que aconteceu? Todos eles, toda a diretoria da Petrobras é cúmplice. Toda decisão de diretoria é colegiada. O Gabrielli é igualzinho ao Paulo Roberto. Só que o Gabrielli colocava para conversar o assistente dele. Eles mandam emissários. Se der problema, eles dizem: ""ão autorizei ninguém a falar em meu nome". É a mesma política do Lula. Você acha que o Lula negociava com a arraia-miúda? Quem conversava era o Zé Dirceu.
Procurado por VEJA, o ex-deputado Jorge Bittar, hoje presidente da Telebrás, disse, primeiro, que não se lembrava do encontro com o engenheiro Cintra. Depois, que o encontro nunca existiu. Seu ex-assessor Paulo César também negou. "Eu não me lembro nem de conhecer essa pessoa", disse ele, hoje proprietário da Fragmenta Destruição Segura de Informações, empresa especializada na inutilização de documentos e arquivos. O ex-presidente Fernando Henrique confirmou a reunião com Otávio Cintra. O deputado Imbassay disse que a bancada governista impediu a convocação do engenheiro para depor. "Ele podia ter contribuído muito com os trabalhos da CPI, mas a convocação dele sequer foi analisada."

Pauderney tem multa de R$ 4,6 milhões cancelada pelo TCE-AM

Com Estadão Conteúdo





  • Sergio Lima-20.dez.2011/Folhapress
    Deputado Pauderney Avelino
    Deputado Pauderney Avelino
O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Pauderney Avelino (AM), não precisará mais devolver R$ 4,6 milhões aos cofres públicos de Manaus, segundo decisão do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) que cancelou a multa, nesta quarta-feira (30). Pauderney havia sido condenado há duas semanas por autorizar contratos de imóveis irregulares alugados pela prefeitura para a instalação de escolas, no período em que foi secretário da Educação de Manaus, de janeiro a dezembro de 2013.
Segundo o TCE, o recurso apresentado pela defesa do parlamentar apontou a nulidade do julgamento. A defesa argumentou que havia uma contradição entre as conclusões dos órgãos técnicos consultados que invalidaria todo o processo. A conselheira Yara Amazônia Lins acatou a solicitação. A decisão de Yara diz que "por conta da problemática que advém de uma questão fundiária do município quanto à titularidade dos imóveis na capital, especialmente em áreas de invasão ou ocupação". Procurada, ela não quis comentar o caso.
O autor da representação que deu início ao processo, vereador Bibiano Simões, disse que esta foi uma decisão "política", sem embasamento técnico, adiantando que vai recorrer ao TCE. Segundo Bibiano, existe "uma quadrilha" na gestão pública de Manaus que há 15 anos perpetua esquemas de superfaturamento nas escolas, que ficam localizadas em regiões periféricas, sem condições básicas de segurança, por altos preços e sem que se tenha conhecimento dos proprietários. Bibiano também deve acionar o MPE-AM (Ministério Público do Estado).
Embora o seu advogado tenha afirmado à reportagem que Pauderney apresentou a sua defesa pelo menos cinco vezes, Pauderney voltou a declarar que não teve chance de se posicionar ao TCE. O deputado disse que foi só através dos embargos que teve a oportunidade de mostrar a sua tese pela primeira vez. "Com imparcialidade, o tribunal julgou o meu recurso quando eu mostrei exatamente as questões que são importantes, tudo foi feito dentro dos rigores da lei, mas as áreas periféricas de Manaus têm dificuldades de ter registros de imóveis".

OS PINGOS NOS IS – Dilma ´trambique` lidera a baderna