segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Lula foi deposto da Regência da República

Com Blog do Augusto Nunes - Veja


Em 23 de novembro, uma segunda-feira, Lula soube que o governo não tem dinheiro em caixa sequer para garantir o cafezinho de dezembro. Na terça, 24, soube que o amigo José Carlos Bumlai virou passageiro de camburão. Na quarta, 25, soube que o companheiro Delcídio do Amaral fizera uma coisa tão imbecil que, além de perder o próprio direito de ir e vir, transferiu para uma cela em Bangu 1 o banqueiro André Esteves. Na quinta, 26, soube que o filho caçula pesca na Wikipedia “trabalhos de consultoria” encomendados por lobistas dispostos a pagar R$ 2,4 milhões por entulhos cibernéticos.
Na sexta-feira, 27 de novembro, Lula soube que Delcídio está pronto para contar o muito que sabe aos condutores da Operação Lava Jato. No fim de semana, soube do vexatório desempenho na pesquisa Datafolha. Se a eleição presidencial fosse realizada agora, seria derrotado por qualquer um dos principais adversários possíveis ─ com uma votação semelhante às obtidas nos duelos com Fernando Henrique Cardoso. O chefe supremo da seita companheira também soube que a corrupção (sinônimo do PT, que é sinônimo de Lula) agora lidera o ranking dos mais aflitivos problemas do país.
Há pouco menos de um mês, o ex-presidente nomeou-se Regente da República, ordenou à rainha sem rumo que fosse brincar de Maria II em outras freguesias e reassumiu ostensivamente a chefia do governo. Os 20 dias seguintes foram consumidos em conluios cafajestes, barganhas repulsivas, meia dúzia de discurseiras para plateias amestradas e duas entrevistas que só serviram para confirmar que faltam álibis para tantos crimes. Alguém precisa dar-lhe a má notícia: por decisão do Brasil decente, o regente da nação foi deposto.
Além de Lula e seu rebanho, ainda não entenderam que o país mudou os integrantes da tribo que repete de meia em meia hora a ladainha exasperante: “Está tudo dominado”. Depois do assombroso 25 de novembro, mesmo os derrotistas profissionais e os vesgos por opção deveriam enxergar a guinada histórica. Naquela quarta-feira, os dominadores decadentes fizeram o que desejavam os antigos dominados, que se tornaram majoritários e hoje têm o bastão de mando ao alcance da mão.
Os movimentos no palco foram impostos pela opinião pública, que traduziu a vontade da imensidão de indignados que exigem o imediato encerramento da era da canalhice. Se tudo estivesse dominado, Bernardo Cerveró não perderia tempo gravando conversas bandidas para municiar a Procuradoria Geral da República, Rodrigo Janot não se animaria a pedir ao Supremo a prisão do senador Delcídio do Amaral, o ministro Teori Zavascki não determinaria à Polícia Federal que engaiolasse o líder da bancada governista na Casa do Espanto. Nem teria o apoio unânime da 2 ª Turma do STF para autorizar, pela primeira vez no Brasil democrático, a captura de um senador no exercício do cargo.
Se tudo estivesse dominado, Delcídio e o banqueiro André Esteves não acordariam com a notícia de que a impunidade chegara ao fim, os senadores endossariam o plano de Renan Calheiros para desmoralizar o Supremo e usariam o voto secreto para libertar o colega encarcerado. Rejeitaram por ampla maioria a votação clandestina e aprovaram as deliberações do STF por saberem que eram mantidos sob estreita vigilância, desde o começo da tarde, por multidões de eleitores grudados na TV. Pouco importa se o o roteiro original era outro, é irrelevante saber se os atores agiram a contragosto. A plateia descobriu que manda.
A soma de derrotas amargadas pelos vigaristas tornou inevitável a deposição do regente Lula. Foi a maior maior demonstração de força da oposição real. Pena que tantos vitoriosos ainda não saibam disso.

Traído, Cerveró chora quando fala da armação de Édson Ribeiro

Nonato Viegas - Epoca


Nestor Cerveró permanece em silencio durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras realizada na Justiça Federal em Curitiba (PR), nesta segunda-feira(11) (Foto:  Geraldo Bubniak / AGB / Ag. O Globo)
A revelação de que seu antigo advogado Edson Ribeiro o traiu para atender interesses do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) ainda deixa o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró bem comovido. Cerveró fica ainda choroso porque a certeza da traição de Ribeiro só foi confirmada graças ao seu filho, Bernardo Cerveró. Bernardo gravou Ribeiro e Delcídio quando tentavam convencê-lo (oferecendo dinheiro e um plano de fuga) a demover o pai de citar o senador e o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, em sua delação. 
Se não houver novos contratempos, a delação de Cerveró será homologada nesta semana.

Blairo Maggi é sondado e recusa liderança do governo corrupto do PT no Senado. Só se fosse trouxa!

Ricardo Della Coletta - Epoca



Recém-filiado ao PMDB, senador tem bom trânsito tanto na base quanto na oposição



O senador Blairo Maggi (PR-MT) (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
O senador Blairo Maggi, recém-filiado ao PMDB, foi sondado por interlocutores do Palácio do Planalto se aceitaria assumir a liderança do governo no Senado, que ficou vaga com a prisão, na semana passada, de Delcídio do Amaral. 
Crítico ao governo Dilma, ele disse não. 

“Renan, Jader e Henrique Alves também foram citados?”, perguntou Delcídio

Thiago Bronzattos - Epoca


Questionamento foi feito pelo senador Delcídio do Amaral à reportagem de ÉPOCA em setembro



Delcídio do Amaral é preso pela PF (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
Não é à toa que políticos do PMDB estão nervosos com uma possível delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso na quarta-feira passada por obstruir os trabalhos da investigação da Lava Jato. 
Delcídio sempre pareceu saber muito sobre questões intestinas da Petrobras. 
Em setembro, por exemplo, ÉPOCA publicou reportagem mostrando que o nome de Delcídio fora citado na proposta de delação premiada do ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró. 
A reportagem, na ocasião, perguntou ao senador o que ele tinha a declarar sobre a citação de seu nome por Cerveró. Foi então que Delcídio respondeu com outra pergunta: 
“Renan, Jader e Henrique Alves também foram citados”? 
Renan Calheiros e Jader Barbalho, colegas de Delcídio no Senado, fizeram de tudo para que a votação - que decidiu pela permanência de Delcídio do Amaral na prisão - fosse secreta. Não conseguiram.Henrique Alves é o ministro do Turismo. 

Delcídio estava preocupado com os três políticos ou sabe de algo a mais sobre o trio? Talvez essa dúvida seja esclarecida em breve.



BTG despenca 8,5% na Bolsa e já perdeu R$ 9,4 bi em valor

Aqui





Empresas que não pagam e credores que não cobram

Com O Antagonista

Bancos e investidores relutam em punir as empresas que desrespeitam os chamados “covenants” – cláusulas que regem o nível de endividamento de quem toma seu dinheiro emprestado. 
O motivo é a falta de perspectiva para a recessão. 
Com a disparada do dólar e a alta dos juros, as dívidas inflaram, ao mesmo tempo em que a crise derrubou as vendas e esvaziou o caixa das companhias – e está longe do fim. 
É comum que os contratos determinem que quem estoura os covenants seja obrigado a pagar antecipadamente toda a dívida. 
Mas, na atual situação, seria como ajudar o afogado a afundar de vez. 
Quem lucra? 
As grandes bancas de advocacia que notaram uma grande demanda por assessoria para renegociar os contratos.

Filhos de Bumlai tinham 'cheque especial' milionário no BTG

Com O Antagonista

O relatório da Receita Federal, que O Antagonista revelou mais cedo, traz também análise da suspeita evolução patrimonial dos filhos de José Carlos Bumlai. A mais surpreendente é de Maurício Bumlai, cujo patrimônio saltou de R$ 3,86 milhões para R$ 273,8 milhões em apenas seis anos.
Boa parte desse crescimento ocorreu em decorrência de doações de Bumlai e da venda de fazendas da família para o BTG-Pactual, de André Esteves. Todas essas operações estão sob suspeita.
Maurício e os três irmãos abriram contas no BTG. A quebra do sigilo bancário dessas contas revelou saques de dezenas de milhares de reais a descoberto, ou seja, sem que houvesse saldo suficiente. É como se os Bumlai tivessem um cheque especial ilimitado.
Em 2012, Maurício sacou mais de R$ 142 milhões de sua conta no BTG. No mesmo período, foram creditados apenas R$ 42 milhões. Para a Receita, os lançamentos não são "nada compreensíveis", pois "demonstram débitos superiores ao total de créditos disponíveis".
Será que Esteves doou por questões humanitárias R$ 100 milhões para o filho do operador de Lula?