Iniciativa faz parte de campanha antiobesidade e por mais exercícios físicos nos EUA
WASHINGTON - Políticos são constantemente acusados de encenarem o tempo todo, mas não é comum ver o vice-presidente e o presidente dos Estados Unidos dando uma corridinha falsa nos salões da Casa Branca.
Foi o que aconteceu quando a primeira-dama Michelle Obama “mandou” os dois darem mais movimento para seu programa de exercícios físicos chamado ‘Let’s Move’ (vamos nos mexer).
A fama Obama de obediente ficou marcada quando ele disse que parou de fumar mais por “medo” de sua mulher do que qualquer outro motivo.
Aparentemente, a moral de Michelle abarcou também o vice-presidente Joe Biden.
No vídeo, o vice de 71 anos entra na sala de Obama e diz “let’s move”. O presidente topa, e os dois saem dando uma corridinha falsa pelos corredores, de calça social, gravata e mangas arregaçadas.
Quando voltam para o escritório, o presidente americano, de 52 anos, oferece, de forma didática como para mostrar a importância de se hidratar, um copo de água para Biden que pede:
— Avise a Michelle que eu fiz isso.
— Mesma hora na semana que vem? — pergunta Obama após brindar.
Inquérito vai apurar causas do acidente. Segundo a agência, não há risco de vazamento de petróleo. Unidade é operada pela Petrobras
Daniel Haidar - Veja
Plataforma da Petrobras na Bacia de Campos, Rio de Janeiro (Marcelo Sayão/EFE)
A Agência Nacional de Petróleo (ANP) e a Marinha interditaram nesta sexta-feira a plataforma SS-53, operada pela Petrobras na Bacia de Campos, que afundou parcialmente com uma inclinação de 3,5 graus na madrugada. A estrutura já foi estabilizada. A paralisação do funcionamento da embarcação vai ser mantida "até que sejam reestabelecidas as condições regulamentares de segurança operacional", de acordo com comunicado distribuído pela ANP.
No momento do acidente, era realizado um serviço para iniciar a extração de óleo de um poço no Campo de Marlim, na Bacia de Campos, mas não há risco de vazamento ou indícios de poluição no mar, de acordo com a ANP. Havia 113 funcionários a bordo da plataforma. Ninguém ficou ferido. Chegaram a ser resgatados 77 deles para que fosse realizado o trabalho de estabilização pelos 36 trabalhadores que permaneceram a bordo.
Uma equipe de inspetores navais e auditores técnicos foi enviada para acompanhar as investigações e as medidas de segurança em andamento, de acordo com a agência reguladora. Também foram deslocados pela Marinha um navio de patrulha oceânica e um helicóptero. Foi aberto um inquérito administrativo para apurar as causas do acidente.
Já se sabe que houve um alagamento em um dos tanques da embarcação. Segundo a estatal, uma válvula do sistema de lastro, o mecanismo que nivela o grau de submersão da embarcação, falhou. De acordo com a Noble, a empresa proprietária da plataforma, o problema na estabilização da plataforma começou por volta de 1 hora desta sexta-feira.
Na opinião do presidente do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense e representante dos trabalhadores no conselho de administração, José Maria Rangel, a inclinação chegou ao “limite do perigo”. Mas não houve risco de afundar, segundo a Petrobras. “A inclinação chegou ao limite do perigo, porque se inclinasse mais do que isso o helicóptero não conseguiria pousar no heliponto e muito menos o guindaste operar. Foi um incidente grave”, disse Rangel.
A SS-53, batizada Noble Paul Wolf, é uma sonda submersível. A Noble ganha 428 mil dólares por dia de serviço prestado para a Petrobras. De acordo com o site do Ibama, possui posicionamento dinâmico para perfuração, “completação” (a preparação do poço para produção) e intervenção em poços de petróleo. Nesse tipo de posicionamento, não há ligação física da plataforma com o fundo do mar, exceto pelos equipamentos de perfuração.
O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense informou que os trabalhadores que estavam na plataforma foram levados para um hotel flutuante na região. Como a plataforma é uma embarcação estrangeira, com bandeira da Libéria, a maioria dos operários é de origem estrangeira. Há apenas um ou dois funcionários da Petrobras na unidade, supervisionando os trabalhos, disse o sindicato, por meio da assessoria de imprensa.
O problema ocorre em meio a recentes notícias de que a Petrobras poderia enfrentar novas paralisações em suas plataformas de produção na Bacia de Campos caso não resolvesse questões de segurança, conforme noticiado pelo jornal Folha de S. Paulo no domingo.
No início da semana, a Petrobras informou que órgãos de fiscalização haviam auditado diversas plataformas da empresa, apontando não conformidades e pontos de melhoria das condições operacionais, que segundo a estatal, têm recebido adequado tratamento.
"Qualquer violação da soberania será extremamente desestabilizadora”, diz presidente americano
O presidente americano Barack Obama (Kevin Lamarque/Reuters)
O presidente Barack Obama disse na noite desta sexta-feira que os EUA estão "extremamente preocupados" com uma possível intervenção militar russa na Ucrânia e que "qualquer violação da soberania" do país será "extremamente desestabilizadora”. Horas antes, o governo interino do país comunicou que homens armados tomaram dois aeroportos na região da Crimeia, no sul da Ucrânia, e atribuiu a operação à Rússia. O espaço aéreo da região foi fechado e estradas foram bloqueadas. "Haverá custos para qualquer tipo de intervenção militar", advertiu Obama, em um breve discurso, acrescentando que vai continuar acompanhando a situação com seus aliados europeus e se comunicando diretamente com a Rússia.
O presidente interino da Ucrânia, Olexander Turchinov, pediu nesta sexta-feira que o presidente russo, Vladimir Putin, retire seus militares da Crimeia. "A Rússia enviou tropas à Crimeia e não apenas tomou o Parlamento como também procura tomar controle da infraestrutura de comunicação.
Ela deve parar imediatamente esta provocação e pedir que os militares na Crimeia atuem exclusivamente dentro dos limites estabelecidos nos acordos", disse, fazendo referência ao tratado de 1997 entre Kiev e Moscou, que estipula as regras para a frota russa do Mar Negro, ancorada no porto de Sebastopol, na Crimeia.
O Ministério ucraniano das Relações Exteriores já havia denunciado a violação do espaço aéreo pela Rússia. "Nós assistimos hoje a uma invasão armada russa (...). O espaço aéreo (da Crimeia) está fechado em razão do grande número de aterrissagens de aviões e helicópteros russos", denunciou o representante do presidente ucraniano na Crimeia, Serguei Kunitsyne, à rede de televisão ART. Ele estimou em cerca de 2 000 o número de militares russos transportados por aeronaves até o aeroporto militar de Gvardeiskoie, próximo a Simferopol.
Guardas de fronteira ucranianos tinham estimado anteriormente que pelo menos dez helicópteros russos haviam ingressado na Crimeia, sendo que apenas três tinham sido autorizados por Kiev.
Testemunhas também disseram ter visto nesta sexta-feira à noite uma movimentação de veículos de transportes de tropas não identificados na estrada que liga Sebastopol a Simferopol, assim como a aterrissagem de vários aviões de carga militares em um aeroporto militar perto de Simferopol.
Ucranianos prestam homenagem aos mortos nos confrontos que acabaram por derrubar o presidente Viktor Yanukovych - Bulent Kilic/AFP
Parlamento - Centenas de milicianos pró-Rússia estavam reunidos nesta sexta-feira nas proximidades do Parlamento da República Autônoma da Crimeia, em Simferopol, onde a bandeira russa foi hasteada. Reunidos a portas fechadas, os deputados do Parlamento da Crimeia votaram na quinta-feira pela realização de um referendo no dia 25 de maio para dar mais autonomia à Crimeia.
Os eventos na região no sul da Ucrânia expõem a crescente ameaça de separatismo decorrente das tensões envolvendo o novo governo ucraniano e a Rússia.
Nesta semana, as Forças Armadas russas deslocaram aviões e tropas para patrulhar a fronteira com a Ucrânia – uma demonstração de força por parte do presidente Vladimir Putin. A Rússia também garantiu abrigo ao ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich, foragido após ser acusado de ordenar o assassinato em massa de cidadãos nos violentos protestos da semana passada. Segundo balanço oficial, 82 pessoas morreram. ONU - Também nesta sexta-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas fez uma reunião a portas fechadas para examinar a situação na Ucrânia.
A reunião foi convocada pela Lituânia, que exerce a presidência rotativa do organismo, a pedido de Kiev. Segundo fontes diplomáticas, os embaixadores dos 15 países-membros ouviram relatos do embaixador da Ucrânia na ONU, Iuri Sergueyev, e de um representante da secretaria-geral das Nações Unidas. Ao término do encontro, Sergueyev disse à imprensa que o aumento da presença militar russa na Crimeia representa "um desafio para a segurança e para a paz da região e um desafio para a integridade territorial" de seu país.
Paulo Passos Do UOL, em Joanesburgo (África do Sul)
CEO da Copa de 2010 comenta Mundial do Brasil
É no seu amplo escritório com vista para o Soccer City que o presidente da Safa, a Federação Sul-Africana de Futebol, guarda duas recordações do Brasil. Uma camisa do Corinthians, autografada por Ronaldo, enfeita a parede. A outra fica na mesa do cartola: uma pequena caixa transparente com areia da praia de Ipanema, souvenir dado por um dos patrocinadores da Fifa (Federação Internacional de Futebol).
Desde novembro de 2012, o cartola africano Danny Jordaan, que foi o CEO do Comitê Organizador Local da Copa de 2010, exerce o cargo de conselheiro da Fifa na organização do torneio deste ano. Ao comparar o último e o próximo Mundial, no Brasil, diz não ter dúvidas sobre qual o mais atrasado na entrega das obras.
"Se olharmos do ponto em que estávamos nessa época para a Copa [de 2010], o Brasil está mais atrasado", afirma Jordaan em entrevista ao UOL Esporte.
Ex-deputado pelo Congresso Nacional Africano, partido de Nelson Mandela e do atual presidente Jacob Zuma, o cartola aponta a boa relação entre a Fifa e o governo local como um dos pontos que deixaram, na sua opinião, os africanos à frente da organização brasileira. Ele acredita também que o fato do Brasil não disputar o direito a sediar o torneio com outro candidato "relaxou" demais os responsáveis pelo projeto.
Em 2007, o Brasil foi anunciado como sede da Copa de 2014 após um acordo entre Fifa, CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e demais federações da América do Sul, que não apresentaram candidatura. À época ainda vigorava o rodízio de continentes que garantia a um dos filiados da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) a organização da Copa.
Politicamente influente na África do Sul e na Fifa, Jordaan é atacado pela imprensa local e por críticos da Copa de 2010 por ter ajudado a dona do torneio a forçar o governo de seu país a gastar mais de R$ 10 bilhões na organização do evento. "Não houve diminuição nos investimentos sociais no ano. A Copa mudou a imagem da África do Sul", defende.
Danny Jordan
Não tenho dúvida de que o Brasil está mais atrasado que a África do Sul"
O cartola diz que o mesmo pode acontecer no Brasil. Bem humorado, faz até piada sobre os protestos e a campanha contra a Fifa no país. "Vi que vocês não querem a Copa. É isso? Então acho que não vou mais para o Brasil", ironiza. "É uma brincadeira, viu?", completa rindo. UOL Esporte: Você é conselheiro da Fifa para a Copa do Brasil? Como está vendo a situação atual da organização do torneio?
Danny Jordaan: Eu acho que obviamente algumas cidades estão sob pressão. O torneio está chegando perto. Completar a infraestrutura é a primeira coisa a ser feita. Você precisa deixar isso pronto e testar antes do torneio. O mais importante é estar tudo pronto com a infraestrutura. É o primeiro e maior desafio. O grande desafio em algumas cidades é completar o que falta de estádios e de áreas ao redor. É lá onde a Copa do Mundo acontece. Curitiba quase ficou fora da Copa. Qual seria a conseqüência disso, se tivesse acontecido? Seria devastador. A cidade se preparou por um longo tempo e, no final, fica fora. Seria um revés. A única coisa que Curitiba pode fazer é acelerar e terminar a tempo. Eu espero que todos os estádios estejam prontos. O mundo está esperando um grande evento no Brasil. A responsabilidade é dos brasileiros, de mostrar que esses problemas serão resolvidos. Quais semelhanças você vê entre Brasil e a África do Sul na organização da Copa?
Eu acho que uma coisa que é diferente é o Brasil estar atrás no programa de infraestrutura [em comparação com a África do Sul]. Quando você termina a parte de infraestrutura, você pode focar em outros projetos. Até de como ter a certeza de que o povo sinta o evento e o abrace. Quando o Brasil tiver finalizado a parte de estrutura poderá focar mais nisso, que é muito importante. Fazer com que as pessoas, principalmente os brasileiros, criem um sentimento com o evento e o celebre. O Brasil está mais atrasado que a África do Sul?
Eu acho que para infraestrutura não temos dúvidas disso, de que o Brasil está atrás da África do Sul. Agora é preciso entender que tem estar tudo pronto o quanto antes. Deve haver um programa de aceleração. Falo sobre estádios, infraestrutura em geral, como aeroportos. Eu me lembro quando fui a São Paulo que o aeroporto ainda estava em construção. É muito claro que é preciso um programa de aceleração. Se compararmos do ponto onde estávamos nessa época para a Copa, o Brasil está mais atrasado. Por que você acha que isso aconteceu?
Eu acho que uma das coisas, talvez, seja porque quando você faz uma candidatura para o evento, você começa a planejar e investir. Quando os inspetores vêm, você pode mostrar como as coisas estão, os estádios que serão construídos. Então, os planos começam no processo de candidatura, para depois serem implementados. No caso do Brasil, não houve competição com outro país. Vocês tiveram uma escolha incontestável, sem eleição. Isso criou uma sensação de estar relaxado. "Não tem outra candidatura, só a nossa", pensavam. Acho que os atrasos começaram do início. Agora, eu acho que as pessoas já se deram conta de que estão contra o tempo e que é preciso acelerar o programa. Houve um problema político também, com a saída do Ricardo Teixeira, que renunciou ao cargo [na CBF e no COL]. Ele estava envolvido em denúncias de corrupção. Isso teve influência nos atrasos?
Sim, acho que todos esses problemas causaram o atraso. Não há nada mais a fazer. Isso é historia. Não vai ajudar mais, o que ajuda é acelerar as coisas. Mas quando você olha a venda de ingressos para o Brasil, você nota que o mundo quer ir para o Mundial no Brasil. Isso é uma responsabilidade. Para conseguir responder à expectativa da imagem que pessoas têm na cabeça de que será um evento de muita celebração. Todos esperam ter uma ótima experiência num país que é o país do futebol. Se você vai a qualquer lugar no mundo e pergunta sobre 10 dos grandes brasileiros, eu tenho certeza que cinco serão jogadores de futebol. Então, essa imagem do país do futebol precisa estar no estádio. Isso que vocês têm (imagem ligada ao futebol) não pode ser a cruz que o Brasil pode ser crucificado.
Na Copa das Confederações houve muitos protestos. Pesquisas mostram que diminuiu o número de pessoas que são a favor da Copa no Brasil, por conta dos gastos públicos no evento. A boa imagem da Copa depende, primeiro, de você acelerar o programa e completar obras. Isso tira a pressão. Eu sei que em todos os países em desenvolvimento há um debate muito grande sobre onde deveríamos investir, se em infraestrutura para a Copa do Mundo ou em investimentos sociais, em casas, hospitais, escolas. Esse era o debate aqui também. Mas mostramos que os investimentos para a Copa não diminuíram os investimentos em programas sociais. Nós temos programas para o combate ao HIV, educação e muitos investimentos governamentais. Todos eles cresceram. Ao mesmo tempo em que houve investimento para infraestrutura por causa da Copa do Mundo. Mas temos que lembrar que infraestrutura não é somente para os 30 dias da Copa do Mundo. Foi um programa para investir em infraestrutura no nosso país. Foi para o turismo. Por isso, renovamos nossos aeroportos. Hoje temos, em média, 10 milhões de turistas por ano. Mas a Copa de 2010 deixou alguns elefantes brancos. Estádios como os de Durban e da Cidade do Cabo, todos novos, que não conseguem ter bom público, dão prejuízo para as prefeituras. Nessas cidades havia estádios que poderiam ser reformados. Vocês não se arrependem disso?
Eu acho que é uma decisão que você precisa fazer. Uma coisa é pegar um estádio existente e reformar, aumentá-lo para cumprir as obrigações ou construir um novo. Nos dois casos, em Durban e Cidade do Cabo, quando começou o projeto houve um aumento no investimento. A reforma ficaria mais cara do que o previsto. Então, foram tomadas essas decisões. A vida de um estádio é de 75 anos. Todos os estádios antigos foram construídos nos anos 60. Mesmo com reformas agora, você teria que reformar depois em poucos anos ou construir outro. A decisão foi: não vamos reformar para depois de 10 anos não podermos receber outro grande evento. Nos anos 1960, os estádios não tinham as demandas atuais, por causa da internet, da televisão, incluindo satélites, segurança. Quando você aloca tudo isso junto e vê o quanto gasta, você precisa fazer essa equação. A construção de um novo estádio tem que entrar nessa equação. Mas na equação, construir um novo estádio sai mais caro, sim?
Mas todo investimento deve ser pensado para um grande período de tempo. Se você precisar sediar uma Copa do Mundo de rúgbi, os velhos estádios não estarão preparados. Então, serão usados os novos. A África do Sul quer ser sede de Olimpíada. Temos os estádios prontos. A longo prazo é melhor fazer o investimento agora do que deixar para construir depois, que vai custar mais. Gastamos muito menos em estádios do que no Brasil. Construímos seis novos estádios.
Morre médico cubano que atendia no Vale do Ribeira (SP)
Estadão Conteúdo
O médico cubano Vladimir Soubleppe Hernandez, de 49 anos, enviado pelo programa Mais Médicos, do governo federal, à cidade de Ribeira, no Vale do Ribeira, região sul de São Paulo, morreu na madruga desta sexta-feira, 28, quando retornava para Cuba.
O atestado de óbito informa que o médico tinha câncer no pâncreas. Hernandez foi enviado para a cidade em 13 de dezembro e atendia nas unidades do programa Saúde da Família.
A doença foi diagnosticada após uma tomografia pedida pelo próprio médico - ele sentia dores de estômago e reclamava de não conseguir se adaptar à comida brasileira.
O médico estava internado desde o dia 20 no Instituto do Câncer, em São Paulo, mas não teria respondido ao tratamento. O avião em que era levado de volta para Cuba fez uma escala em Manaus e o médico foi levado na manhã de quinta-feira para o Hospital 28 de Agosto, onde faleceu.
No Brasil, o Playstation 4 custa incríveis 4.000 reais, o mais caro do mundo. Com base no salário mínimo, o brasileiro demora mais de cinco meses para adquirir o console. Já na Austrália, onde o Playstation 4 sair por 549 dólares australianos, um trabalhador precisa de apenas seis dias para comprar o aparelho.
O que é possível comprar com o valor do PS4
Cruzeiro para duas pessoas
Em de vez de comprar um console, você pode levar seu cara metade para uma viagem deslumbrante entre o Rio de Janeiro e a Bahia. Em sites especializados, é possível adquirir um pacote para um cruzeiro de seis noites, com tudo pago, por cerca de 4.000 reais.
Dois Xbox One
Os 4.000 reais que seriam investidos em um PlayStation 4 podem ser facilmente convertidos em dois consoles Xbox One, da Microsoft. O e-commerce brasileiro está oferecendo o videogame por 1.999 reais na pré-venda. Fique com um e presenteie um amigo.
Quatro PlayStation 4 nos Estados Unidos
Nos Estados Unidos, o PS4 custa 399 dólares. Com a cotação atual da moeda americana, é possível comprar quatro aparelhos. Ainda sobra dinheiro para jogos ou presentes. O problema são os impostos na hora da volta.
Três iPads Mini
Também é possível adquirir três iPads Mini diretamente do site da Apple no Brasil. A versão mais simples, com 16 GB, custa 1.299 reais. O dinheiro que sobrar pode ser utilizado na compra de aplicativos e jogos.
Uma bicicleta de alto desempenho
Uma bicicleta top de linha, com aro 29, quadro de alumínio e freio a disco custa por volta de 4.000 reais. Além de ajudar a manter a forma, a 'magrela' serve como meio de transporte.
66 ingressos para a Copa do Mundo no Brasil
Com 4.000 reais, é possível comprar 66 ingressos na categoria 4 para ver os jogos da Copa do Mundo no Brasil. Não são os melhores lugares, mas você poderá assistir a todos os jogos e ainda convidar familiares e amigos.
Dois fuscas fabricados em 1980
Os carros entraram na lista para efeito de comparação, e não pela sua utilidade real. Com um valor aproximado de 2.000 reais cada, é possível adquirir dois Fuscas 80 pelo valor do PlayStation 4. Se você gostar da ideia, pode até virar um colecionador.
Em Bruxelas, a presidente demonstra o que os europeus podem esperar do Brasil em relação a um acordo comercial: frases sem nexo e um mundo fantasioso
Duda Teixeira - Veja
Dilma Rousseff discursa na VII Cúpula entre Brasil e União Europeia, em Bruxelas: pobre do tradutor simultâneo (Wiktor Dabkowski/Zumapress.com)
Cinco frases sem sentido do discurso de Dilma
"A Zona Franca de Manaus, ela está numa região. Ela é o centro dela porque ela é a capital da Amazônia."
"Ela (Zona Franca) evita o desmatamento, que é altamente lucrativo — derrubar árvores plantadas pela natureza é altamente lucrativo."
"Os homens não são virtuosos, ou seja, nós não podemos exigir da humanidade a virtude, porque ela não é virtuosa, mas alguns homens e mulheres são, e por isso é que as instituições têm que ser virtuosas."
"Queria destacar a importância da ligação entre o Brasil e a Europa por cabos de fibra óptica submarinos. A ligação com a Europa significa uma diversificação das conexões que o Brasil tem com o resto do mundo."
"Nós consideramos como estratégica essa relação, até por isso fizemos essa parceria estratégica."
"Este é o samba do crioulo doido." Assim começa a música de Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta (1923-1968), sobre um certo compositor que obedecia ao regulamento e só fazia canções sobre a história do Brasil.
Quando escolheram um tema complicado, a “atual conjuntura”, o compositor endoidou. Tiradentes falou com Anchieta, aliou-se a dom Pedro e da união deles foi proclamada a escravidão. Na diversão do Carnaval, a ausência da lógica garante a alegria dos foliões que querem distância de qualquer assunto chato.
Em reuniões diplomáticas internacionais, porém, é um desastre quando um governante toma esse tipo de liberdade com o idioma, com a história, a geografia e a lógica. Em seu discurso na segunda-feira 24, na VII Cúpula Brasil-Europa, em Bruxelas, a presidente Dilma Rousseff protagonizou um desses momentos constrangedores para ela e, como representante do Brasil, para todos os brasileiros. Dilma se disse satisfeita por estar presente na VI Cúpula.
O fato de a presidente errar a edição do evento do qual estava participando foi o menor dos deslizes do dia. Depois disso, nossa chefe de Estado deu muito trabalho ao tradutor simultâneo e ao responsável pelas transcrições dos discursos da presidente no blog do Planalto.
A viagem a Bruxelas tinha o objetivo de fazer avançar as negociações para a assinatura de um acordo de livre-comércio. Para o Brasil, o assunto é do máximo interesse. As exportações brasileiras para o bloco poderiam aumentar em 12% com o tratado. Preso às amarras ideológicas do Mercosul bolivariano, contudo, o Brasil não conseguiu costurar até agora um único acordo comercial com um parceiro de peso.
Quem manda no Mercosul são Venezuela e Argentina. Afogados nos próprios e monumentais erros de gestão ruinosa, esses dois países tragam os demais para seu buraco negro isolacionista e xenófobo. O Brasil não tem força para se impor e vai a reboque. Enquanto isso, as nações viáveis da região se uniram em torno da Aliança do Pacífico, a área de livre-comércio formada por Chile, Colômbia, México e Peru. São eles os novos tigres da economia sul-americana.
O Brasil, mais uma vez, perdeu a chance de liderar a região no rumo certo. “Isso põe em risco o futuro das exportações da indústria brasileira, que também enfrenta dificuldades tributárias, cambiais e logísticas”, diz o economista Roberto Giannetti da Fonseca, da Kaduna Consult.
Reportagem completa na edição desta semana de VEJA