quarta-feira, 1 de outubro de 2025
Coaf aponta lavagem de R$140 milhões e relator pede nova prisão de sindicalista da Conafer
Carlos Roberto Ferreira Lopes, proprietário e presidente da Conafer - Foto: reprodução da TV Senado
O relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), requereu a prisão preventiva do sindicalista Carlos Roberto Costa, controlador do empreendimento privado “Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais”, de sigla Conafer. No pedido, a ser votado nesta quinta (2), Gaspar menciona levantamento do Coaf de transações bancárias de Costa e de assessor de confiança evidenciando “atos espúrios” como lavagem de dinheiro.
Os relatórios de Inteligência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) chegaram a CPMI enquanto Costa era interrogado.
O Coaf detectou transferências de dinheiro pulverizada para pessoas diversas, na maioria “ligadas umbilicalmente ao sr. Carlos Roberto”.
O relator também cita transferências de R$140 milhões a pessoas ligadas a Cícero Marcelino, homem de confiança de Carlos Roberto.
Carlos Roberto Ferreira Costa é suspeito de comandar um esquema e surrupiar mais de R$800 milhões de aposentados sem autorização.
Diário do Poder
Efeito governo corrupto Lula - Estatais federais têm pior marca histórica com rombo de R$5,6 bilhões
Resultado é o pior desde o início da série histórica, em 2002, segundo o Banco Central
Sede do Banco Central - (Foto: Marcello Casal Jr | Agência Brasil)
As estatais federais registraram um deficit de R$ 5,6 bilhões entre janeiro e agosto de 2025, informou o Banco Central nesta terça-feira (30). Esse foi o pior resultado da série histórica para o período, iniciada em 2002.
O saldo negativo é 65% maior que o apurado no mesmo intervalo de 2024, quando as estatais haviam acumulado um deficit de R$ 3,4 bilhões. O BC utiliza como parâmetro a necessidade de financiamento das companhias, indicador que mostra se elas contribuem para reduzir o deficit público ou se exigem mais recursos do Tesouro Nacional.
O levantamento não inclui as estatais financeiras, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES, nem a Petrobras. Segundo o relatório, ao considerar todas as estatais do país, incluindo estaduais, o deficit acumulado chega a R$ 8,3 bilhões. Só as estatais dos governos regionais responderam por R$ 2,3 bilhões do saldo negativo.
O Ministério da Gestão e Inovação, responsável por coordenar a administração das estatais, criticou a metodologia usada pelo BC. Para a equipe do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os dados não refletem a saúde financeira das empresas, pois não incluem informações contábeis detalhadas, como receitas, custos, ativos, passivos e lucro líquido.
Apesar das críticas dos petistas, o indicador do BC é considerado relevante para avaliar o impacto fiscal. Quando uma estatal apresenta necessidade de financiamento, o Tesouro pode ter de cobrir a lacuna com mais dívida ou com recursos arrecadados via impostos.
Juan Araujo - Diário do Poder