terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Vinicius Júnior termina 2024 como o jogador mais valioso do mundo

 Atacante brasileiro é avaliado em € 200 milhões


 

Vinicius Júnior comemora troféu conquistado pelo clube espanhol Real Madrid | Foto: Reprodução/Twitter 


O atacante Vinicius Júnior, eleito o melhor jogador do mundo pelo Fifa The Best 2024, figura no topo da lista dos jogadores mais valiosos do planeta. De acordo com levantamento do site Transfermarkt, o brasileiro está avaliado em € 200 milhões (cerca de R$ 1,3 bilhão), mesmo valor do centroavante norueguês Erling Haaland, do Manchester City. 

Atual campeão da Liga dos Campeões, a maior competição de clubes do planeta, o Real Madrid conta com quatro atletas entre os primeiros colocados. Além de Vinicius Júnior, figuram na lista o meia inglês Jude Bellingham, o meia uruguaio Federico Valverde e o atacante francês Kylian Mbappé.

O clube inglês Manchester City, campeão da Liga dos Campeões na temporada anterior, aparece logo em seguida, com três representantes: além de Haaland, aparecem o meia Phil Foden e o volante espanhol Rodri, eleito o Bola de Ouro nesta temporada. 

Vinicius Júnior no topo: confira a lista completa 

A lista dos brasileiros mais valiosos conta com apenas um jogador que atua no Brasil: o atacante Estêvão, de 17 anos, do Palmeiras. 

No entanto, o jovem atleta tem contrato assinado com o clube inglês Chelsea, para onde se mudará assim que completar a maioridade. 

1. Vinicius Júnior (Real Madrid) — € 200 milhões; 

2. Haaland (Manchester City) — € 200 milhões; 

3. Lamine Yamal (Barcelona) — € 180 milhões; 

4. Jude Bellingham (Real Madrid) — € 180 milhões; 

5. Mbappé (Real Madrid) — € 160 milhões; 

6. Bukayo Saka (Arsenal) — € 150 milhões; 

7. Florian Wirtz (Bayer Leverkusen) — € 140 milhões; 

8. Musiala (Bayern de Munique) — € 140 milhões; 

9. Phil Foden (Manchester City) — € 140 milhões; 

10. Cole Palmer (Chelsea) — € 130 milhões; 

11. Valverde (Real Madrid) — € 130 milhões; 

e 12. Rodri (Manchester City) — € 130 milhões. 


1. Vinicius Júnior (Real Madrid) — € 200 milhões; 2. Rodrygo (Real Madrid) — € 100 milhões; 3. Bruno Guimarães (Newcastle) — € 80 milhões; 4. Raphinha (Barcelona) — € 80 milhões; 5. Gabriel Magalhães (Arsenal) — € 75 milhões; 6. Bremer (Juventus) — € 60 milhões; 7. Gabriel Martinelli (Arsenal) — € 55 milhões; 8. Savinho (Manchester City) — € 55 milhões; 9. Murillo (Nottingham Forest) — € 50 milhões; 10. Estêvão (Palmeiras) — € 50 milhões; 11. Éderson (Atalanta) — € 50 milhões; Matheus Cunha (Wolverhampton) — € 50 milhões; e 13. João Pedro (Brighton) — € 50 milhões. 


Revista Oeste

Impostômetro: ano termina com arrecadação recorde de R$ 3,6 trilhões

 

Impostômetro fica localizado no centro de São Paulo | Foto: César Bruneli/Diário do Comércio/ACSP


Valor corresponde ao total de impostos, taxas e contribuições pagos pelos brasileiros desde o início do ano 


O painel do Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), atingiu um marco histórico de R$ 3,6 trilhões na madrugada deste domingo, 29. O valor corresponde ao total de impostos, taxas e contribuições pagos pelos brasileiros desde o início do ano. O montante abrange as esferas federal, estadual e municipal, além de multas e correções monetárias. O número representa alta de 18,4% na comparação com os R$ 3,04 trilhões registrados no mesmo período de 2023. 

De acordo com o economista da ACSP Ulisses Ruiz de Gamboa, a alta está relacionada a fatores como maior atividade econômica, aumento da renda e geração de empregos, além de efeitos da inflação e ajustes tributários recentes. “O aumento da arrecadação, seja estadual, federal ou municipal, está diretamente ligado ao crescimento da atividade econômica”, diz o economista da associação. 

\“Nosso sistema tributário é baseado no consumo, então, com a expansão da atividade econômica, especialmente impulsionada pelo consumo, a arrecadação cresce”, acrescenta. “Além disso, como muitos impostos são cobrados sobre os preços, a inflação também contribui para esse aumento.”

Revisão de alíquotas do ICMS impactou dados do Impostômetro 

Outro fator destacado pelo economista foi a revisão das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em vários Estados, com objetivo aumentar a participação na arrecadação futura do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).  

O IBS, que vai substituir o ICMS e outros tributos, será implementado como parte da reforma tributária, que altera as regras de distribuição de recursos. O Impostômetro está localizado na Rua Boa Vista, 51, no Centro Histórico de São Paulo, e também pode ser acessado on-line pelo site. Na página, os cidadãos podem acompanhar em tempo real os valores arrecadados pelo governo federal.

Revista Oeste

Enquanto Milei dá exemplo de recuperação na Argentina, Lula mergulha Brasil em crises

 

Encontro protocolar entre os presidente Lula e Javier Milei (Argentina) durante encontro do Mercosul, no Rio de Janeiro (Foto: Ricardo Stuckert/PR)


Eles estão à frente de duas grandes nações vizinhas, mas os seus perfis ideológicos são radicalmente distantes. O governo do presidente libertário argentino Javier Milei e o do esquerdista brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm posturas adversas em quase todos os aspectos, adicionando um capítulo singular à longa – e muitas vezes turbulenta – relação entre as duas maiores economias da América do Sul.

Enquanto o Brasil de Lula amarga uma alta inflacionária, desvalorização da moeda nacional e a irresponsabilidade fiscal transformada em regra, a Argentina de Milei dá exemplo de como a redução do tamanho do Estado e a política de austeridade fiscal podem tirar um país do fundo do poço.

Um dos maiores indicadores dessa tendência é que o peso argentino fecha o ano de 2024 com a maior valorização em termos reais no mundo: 44,2% nos primeiros 11 meses do ano, segundo a consultoria argentina GMA Capital. Já o real teve desvalorização de -21,8%, chegando a um patamar próximo ao da Venezuela (-30,8%), segundo a consultoria Austin Rating.

No campo da segurança pública, enquanto o argentino endurece o combate ao crime, o brasileiro tenta emplacar uma política de desencarceramento e interfirir nas polícias estaduais para abrandar o tratamento dado pelos policiais aos criminosos.

Mas a divergência política essencial entre Lula e Milei não reside em políticas específicas, mas na compreensão que cada um deles têm sobre o papel do Estado. Enquanto o argentino vê o aparato estatal como um meio autoritário de confiscar riquezas, inibir a prosperidade pessoal e ainda criar privilégios para uma minoria, o brasileiro enxerga no gasto público a alavanca fundamental para impulsionar o crescimento econômico e promover justiça social.

Essas perspectivas antagônicas em termos de intervenção governamental na vida dos cidadãos e na regulação dos mercados afetam os programas sociais e a política externa dos respectivos países, sobretudo a estratégia de integração regional. Mas esse contraste não impediu que parcerias lucrativas para ambos os lados fossem firmadas, como o acerto recente para o Brasil importar gás natural da Argentina.

Político de carreira ainda recente, Milei completou em dezembro o primeiro ano de seu mandato presidencial, após assumir o poder no auge de uma das mais severas crises econômicas da história argentina. Nesse curto intervalo, seu agudo ajuste fiscal já trouxe indicadores positivos, com a queda acentuada na brutal escalada inflacionária e o fim da recessão, apesar das polêmicas medidas de austeridade.

Figura dominante do cenário nacional desde os anos 1980, Lula, por sua vez, se aproxima da metade do seu terceiro mandato atolado em desafios que se comparam com o retrato encarado por Milei no fim de 2023. O Brasil sofre grave crise de confiança dos agentes econômicos em razão do crescente descontrole das contas públicas, que estão exigindo medidas duras e urgentes, parte das quais começaram a andar.


Maior diferença entre Milei e Lula está na forma como lidam com o gasto público

Uma das marcas essenciais da gestão Milei está no corte radical dos gastos públicos, além de privatizações e do enxugamento estrutural do Estado, dentro do plano econômico batizado de "motosserra". A suas medidas austeras tiveram como primeiro alvo o combate da inflação crônica argentina, mas também pretendem eliminar o aparelhamento político da máquina de governo e o poder de burocratas.

No caso de Lula, o discurso em favor da combinação de responsabilidade no gasto público com reforço a programas sociais se esgotou logo devido a resultados ruins do novo e flexível arcabouço fiscal, abrindo brechas para ampliar despesas em todas as áreas. As estatais voltaram ao vermelho, a dívida pública avançou e a confiança do mercado ruiu, ilustrada pelo nível recorde do dólar, acima de R$ 6.

Para o cientista político Márcio Coimbra, o libertarianismo é o que mais diferencia Milei de Lula e as escolhas das duas maiores democracias da região para enfrentar desafios. “O Brasil segue o figurino da gestão populista de esquerda, que já acarreta estragos econômicos, enquanto a Argentina radicaliza no rumo inverso, obtendo os primeiros ganhos”, explicou.


Governos Milei e Lula têm abordagens opostas nas relações internacionais

Durante a campanha eleitoral de 2023, Milei prometeu afastar a Argentina de países autoritários como Rússia e China. Apesar da retórica e do apoio à luta da Ucrânia contra a invasão russa, o presidente tem agido sem prejudicar relações comerciais e investimentos de outros países. Já para Israel, ele reafirmou forte alinhamento no tema segurança e valores culturais e democráticos comuns.

Para as ditaduras de Cuba e Venezuela, Milei segue subindo o tom das críticas, denunciando violações de direitos humanos e dando apoio às vítimas dos regimes. Com os Estados Unidos, ele sempre manifestou desejo de ampliar relações com a nação líder do Ocidente liberal, disposição impulsionada após a eleição do republicano Donald Trump, que tem feito seguidos gestos para prestigiar o colega argentino.

Quanto ao Mercosul, Milei vê o bloco como entrave a acordos e Lula quer fortalecê-lo. Pelo Brics, o Brasil alia-se à China, Rússia e Irã. Além disso, a relação com Israel chegou ao seu pior nível após os ataques do Hamas, e os afagos a Nicolás Maduro geraram desgaste após a fraude eleitoral do ditador. Com os EUA, Lula não teve a parceria esperada na agenda ambiental e a volta de Trump deve criar fortes tensões.\

Para o professor Daniel Afonso Silva, pesquisador de relações internacionais da USP, o retorno de Trump à Casa Branca deve acentuar diferenças entre Milei e Lula, tornando-se a questão mais sensível de suas políticas externas, dentro do contexto de articulação da direita global. “Devido às afinidades conservadoras, o argentino foi convidado para a posse do presidente americano bem antes de Lula”, lembrou.


Desencontros de Milei e Lula se repetem nas ações públicas da agenda de costumes

Embora o aborto seja legal na Argentina desde 2020, Milei é opositor da prática. Ele sinalizou dificultar o acesso, mas não cogitou ainda buscar mudança na lei. Apesar de reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo como um direito, Milei se mostra mais conservador em questões identitárias, atacando a “ideologia de gênero” e vendo com ceticismo certas pautas progressistas e ações afirmativas.

No Brasil, o aborto permanece amplamente restrito, mas o governo Lula se move de forma implícita para facilitá-lo, dando espaços a grupos de defesa de direitos reprodutivos e editando portarias do Ministério da Saúde e outras resoluções que viabilizam a interrupção da gravidez, até mesmo com fetos viáveis. Essas posturas provocam forte reação da sociedade, sobretudo de sua parcela mais conservadora.

Nathália Fingermann, professora de relações internacionais da ESPM, sublinha como uma curiosidade em meio a tantos contrastes entre os governos Milei e Lula o fato de que nem Lula nem Milei defendam abertamente o aborto. “A prática foi legalizada na Argentina e o Brasil é historicamente mais conservador no tema, o que interfere até no discurso oficial do seu presidente de esquerda”, observa.

Na agenda identitária e de gênero, Lula mostra-se aberto, apoiando políticas de respeito a minorias e combate à discriminação, algumas das quais responsáveis por episódios controversos em eventos públicos e universidades. Mas em razão de contradições, a começar pelo perfil do ministério, o governo petista tem sido mais cobrado por setores engajados em temas raciais, de gênero e de pessoas com deficiência.


Governo Milei prioriza mais o combate ao crime organizado do que o de Lula

Enquanto Milei defende linha dura contra o crime organizado, enfatizando a repressão policial e o endurecimento de penas, Lula prefere combinar combate ao narcotráfico e a outros crimes graves com a centralização da política da segurança na União com políticas sociais voltadas às periferias e à ressocialização de presos.

Na comunicação, Milei tende ao confronto direto e centrado em redes sociais, enquanto Lula evoca relação institucional com órgãos tradicionais de imprensa. A grande dificuldade do petista e de seu campo ideológico em lidar com as livres e críticas manifestações populares nas plataformas digitais também se traduz em esforços administrativos, legais e judiciais pró-censura, o que Milei deplora.

Quanto à relação do Executivo com o Legislativo, novas diferenças. A ausência de maioria parlamentar levou Milei a negociar ponto a ponto de suas ousadas propostas legislativas. Lula, por sua vez, aposta pesado na tradicional estratégia de construção de coalizões assentadas na oferta de cargos e na liberação de verbas federais. Apesar disso, ainda sofre instabilidade em votações.

Para investimentos estrangeiros, Milei aposta em liberalização radical e Lula em estabilidade institucional, diversidade de parceiros e incentivos sustentáveis. Essas distinções refletem duas visões de mundo radicalmente diferentes, tanto nos valores quanto nos meios adotados para enfrentar desafios nacionais e globais. O sucesso ou o fracasso de cada uma dessas posturas terá impacto político imediato.


Sílvio Ribas, Gazeta do Povo

'Faroeste à Brasileira', com Tiago Pavinatto e convidados

'Oeste Sem Filtro'

J.R. Guzzo, Alexandre Garcia, Augusto Nunes, Ana Paula Henkel, Guilherme Fiuza e Branca Nunes - Encontro de Gigantes - Revista Oeste

ENCONTRO DE GIGANTES = ALEXANDRE GARCIA - J.R. GUZZO - AUGUSTO NUNES

Vídeo em que Júlio Lancellotti se masturba para menor de idade é verdadeiro, diz perícia

 Denúncia foi encaminhada para a Arquidiocese de São Paulo


Os vídeos em poder de Oeste foram gravados pelo adolescente, que tinha 16 anos na época das conversas com Lancellotti | Foto: Reprodução/Perícia 


Neste mês, Oeste traz aos leitores as reportagens que mais fizeram sucesso ao longo de 2024. Na reportagem abaixo, publicada originalmente em 20 de janeiro, Edilson Salgueiro mostrou, com exclusividade, que uma perícia concluiu que o vídeo que mostra o padre Júlio Lancellotti se masturbando para um menor de idade é verdadeiro. Leia a reportagem A Arquidiocese de São Paulo está prestes a receber quatro vídeos que mostram o padre Júlio Lancellotti se masturbando para um menor de idade. 

A veracidade das cenas, gravadas em 26 de fevereiro de 2019, foi atestada por uma nova perícia técnica audiovisual, realizada há poucos dias. Oeste teve acesso a este documento com exclusividade. Ao longo de 79 páginas, os peritos Reginaldo Tirotti e Jacqueline Tirotti analisaram o estado de conservação dos arquivos, observaram cada frame dos filmes, realizaram os exames prosopográficos (técnica que identifica as características faciais), inspecionaram os áudios e comprovaram sua integridade. Os vídeos em poder de Oeste foram gravados pelo adolescente, que tinha 16 anos na época das conversas com Lancellotti. 

A cena inicial mostra uma tela de celular, com trocas de mensagens no aplicativo WhatsApp. Depois, começa a videochamada e a câmera oscila entre as partes íntimas e o rosto do padre. (Clique nas imagens para visualizá-las em tamanho real)

Em 2020, essas imagens circularam por algum tempo nas redes sociais. Na época, o perito Onias Tavares de Aguiar confirmou a autenticidade do vídeo. Contudo, o Ministério Público (MP) arquivou a investigação por “falta de materialidade”. Perícias do gênero chegam a um veredito depois da verificação de distintos elementos: contorno facial, altura da calvície, inclinação do nariz, acessórios, mobílias. 

Tudo isso foi comparado com imagens do padre em outras situações. Por exemplo, em entrevistas a emissoras de televisão. Ao constatarem todas as convergências e verificarem a ausência de vestígios de adulteração dos arquivos, Reginaldo e Jacqueline concluíram que Júlio Lancellotti é o homem que aparece nas imagens. A CPI das ONGs mira Júlio Lancellotti




A denúncia será apresentada poucos dias depois de o cardeal dom Odilo Scherer encaminhar um ofício para o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União), solicitando o envio das “denúncias de extrema gravidade” que o vereador Rubinho Nunes (União) recebeu contra Júlio Lancellotti. Depois de apresentados à arquidiocese, os vídeos devem ser exibidos a portas fechadas para a plateia formada por integrantes do colégio de líderes da Câmara Municipal. 

Como se reúnem sempre às terçasfeiras, o próximo encontro será em 23 de janeiro. O material que ampara a denúncia foi resgatado por parlamentares empenhados em instaurar CPI das ONGs. Conforme o autor da proposta, Rubinho Nunes, o objetivo é investigar os grupos que atuam no centro da capital paulista, no qual se distribui a cracolândia.

O vereador acusa as ONGs de formarem uma espécie de “máfia da miséria” para “explorar os dependentes químicos”. De acordo com Nunes, essas organizações recebem dinheiro público para distribuir alimentos, kits de higiene e itens para o uso de drogas — prática conhecida como “política de redução de danos”. 

Apresentado no fim do ano passado, o requerimento para a instauração da CPI das ONGs teve 25 assinaturas. A comissão pretende investigar com especial rigor duas instituições: o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecida como Bompar, e a Craco Resiste. Ambas miram a população de rua e dependentes químicos no centro da capital. É o que faz Júlio Lancellotti, exconselheiro do Bompar 



“Os dependentes químicos precisam de programas de tratamento de alta qualidade para ajudar a superar o vício”, justifica Rubinho, no pedido de abertura da CPI. “Uma CPI pode avaliar a eficácia dos programas oferecidos pelas ONGs.” Em dezembro, o padre garantiu que não tem poderes para influenciar tais entidades nem tem projetos conjuntos com as organizações. Em relação à Bombar, especificamente, afirmou que ocupa uma posição sem remuneração no conselho deliberativo da instituição, do qual se desligou oficialmente há 17 anos. 

A esquerda reage 

Diante do reaparecimento do vídeo, o establishment político-midiático e a esquerda se mobilizaram para abortar a CPI das ONGs. Motivo: num ano eleitoral, as investigações poderão influenciar a disputa nas urnas paulistanas. Júlio Lancellotti é aliado do deputado federal e pré-candidato Guilherme Boulos (Psol). A União Nacional dos Estudantes (UNE) juntou-se ao movimento. Seus dirigentes sustentam que “é inadmissível que, no Estado com o maior número de pessoas em situação de rua, aqueles que atuam para o acolhimento e garantia de seus diretos básicos sejam perseguidos e tratados como criminosos”. 


O ex-presidiário Lula também aliou-se ao 'padre' ao declarar que Júlio Lancellotti “dedica sua vida para tentar dar um pouco de dignidade, respeito e cidadania às pessoas”. Em nota, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) saiu em defesa do líder religioso. “O MST se solidariza com o padre Júlio Lancellotti, que sofre ataques da extrema direita”, afirmou o documento. A mobilização não parou por aí. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), telefonou no início deste mês para comunicar de viva voz sua solidariedade a Júlio Lancellotti. O padre confirmou o apoio do ministro. 


Pressionados pelo bloco de esquerda, pelo menos sete parlamentares desistiram da abertura da CPI. Para que a comissão seja instalada, o texto precisa ser apreciado pelo colégio de líderes e pelo plenário. Nesta última instância, a aprovação exige o apoio de 28 vereadores. Entre os vereadores que mudaram de ideia e agora rejeitam a instalação da comissão estão Sidney Cruz (Solidariedade), Thammy Miranda (PL), Sandra Tadeu (União Brasil), Xexéu Tripoli (PSDB), Milton Ferreira (Podemos) e Beto do Social (PSDB). Entenda | “Vereadores não podem ‘cancelar’ assinatura de CPI que tem padre Lancellotti como alvo” Apesar das desistências, Rubinho Nunes disse que pretende levar a comissão adiante. “Não vou recuar de maneira alguma”, afirmou. “Essa perseguição aos parlamentares só mostra que tem algo muito grande por trás.”

Em 2020, esse mesmo vídeo foi enviado à polícia por uma denunciante anônima. Uma reportagem da revista piauí insinuou que o vídeo foi forjado pelo Movimento Brasil Livre (MBL). “O objetivo da fabricação do vídeo era incriminar o pároco no crime de pedofilia”, acusa o texto. O ex-deputado Arthur do Val foi quem enviou o material para a análise do perito Onias Tavares de Aguiar. Em 172 páginas, o documento confirma a veracidade do vídeo. 

Perito sem registro\

No início de 2024, o vídeo de Júlio Lancellotti voltou a agitar os bastidores da política municipal. Com a possibilidade de instauração da CPI das ONGs em São Paulo, a mídia ligada à esquerda se mobilizou para defender o padre. É o caso da revista Forum, que contratou o instrutor de computação forense Mário Gazziro, pesquisador na Universidade Federal do ABC (UFABC), para realizar uma perícia no material. O documento elaborado por ele tem apenas 12 páginas. Ao contrário dos peritos que atestam a veracidade do documento, o currículo de Gazziro é indigente. Ao pesquisar o nome de Gazziro no Jusbrasil, Oeste se deparou com apenas quatro processos. Nenhum deles é sobre perícia. Em seu currículo, não constam cursos de perícia nem registros profissionais para o exercício da profissão. + 

Embora a ausência de registro não implique necessariamente em ilegalidade, a falta do cadastro ressalta que Gazziro não atua frequentemente como perito, apenas em situações particulares. É diferente dos casos de Reginaldo Tirotti, Jacqueline Tirotti e Onias Tavares de Aguiar.  

Revista Oeste

Ex-presidiário Lula viaja mais de 247 mil km e visita 79 cidades em 2024

 O presidente priorizou destinos no Brasil por causa das eleições municipais


Lula e Janja embarcam no avião presidencial | Foto: Ricardo Stuckert/PR 


Em 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva percorreu mais de 247 mil quilômetros em viagens pelo Brasil e pelo exterior, segundo levantamento detalhado do site Metrópoles divulgado nesta terçafeira, 31. A pesquisa utilizou a base de dados da agenda oficial de Lula. Ao longo do ano, o petista visitou 59 cidades em 18 Estados brasileiros, além do Distrito Federal. 

No cenário internacional, o presidente esteve em 15 destinos. Com o objetivo de priorizar o interior brasileiro por causa das eleições municipais, as viagens de 2024 foram mais centradas no Brasil. A ação também ocorreu depois de críticas contra Lula em 2023, quando ele priorizou viagens ao exterior. Segundo o Metrópoles, São Paulo e Rio de Janeiro foram destinos frequentes e receberam o presidente 18 e dez vezes, respectivamente. 

Em novembro, Lula participou da Cúpula do G20, no Rio, que reuniu líderes mundiais para discutir questões globais. Entre os compromissos internacionais, Lula esteve na Cúpula do G7, na Itália; na 112ª Conferência Internacional do Trabalho, na Suíça; e na 79ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, nos Estados Unidos. O presidente também visitou Etiópia, Egito, Guiana, Bolívia e mais países. 




Tragédias naturais, como as enchentes no Rio Grande do Sul, demandaram atenção do presidente. Lula visitou Porto Alegre, Lajeado, Canoas, São Leopoldo, Santa Maria, Cruzeiro do Sul e Arroio do Meio, para acompanhar esforços de socorro e reconstrução no Estado gaúcho. Em julho, o presidente foi a Corumbá, em Mato Grosso do Sul, para acompanhar as ações contra queimadas no Pantanal, área que não havia visitado no ano anterior.

Durante uma viagem ao México, onde Lula compareceu à posse da presidente Claudia Sheinbaum, o avião presidencial enfrentou problemas técnicos e ficou cinco horas sobrevoando o espaço aéreo mexicano antes de retornar ao Brasil. A viagem também teve uma escala no Panamá para reabastecimento. O levantamento das viagens de Lula utilizou ferramentas como Google Maps e Distance.to para calcular a distância percorrida. 

Revista Oeste

Faroeste à Brasileira - Revista Oeste - Com Tiago Pavinatto e convidados

Adalberto Piotto e 'A hora da verdade sobre Lula'

Dois anos de mandato e o país saiu de um superávit fiscal para a explosão da dívida pública, o dólar nas alturas, inflação pressionada, juros elevados e um caos institucional


Nota falsa de dólar americano com a imagem do presidente Lula, durante sessão plenária na Câmara dos Deputados, em Brasília (19/12/2024) | Foto: Reuters/Adriano Machado 


A velocidade com que as coisas têm se deteriorado sob o governo Luiz Inácio Lula da Silva espanta mas não é uma surpresa. Durante a campanha de 2022, o então candidato Lula não chegou a apresentar um plano de governo, não indicou possíveis ministros e, tão logo veio o anúncio oficial do TSE, entregou a economia a Fernando Haddad e a Justiça a Flávio Dino. Era difícil dar certo. Deu errado. 

Atualmente ministro do Supremo Tribunal Federal por indicação presidencial e anuência da maioria do Senado, Dino protagonizou a mais barulhenta e tensa gestão à frente do Ministério da Justiça, expurgando de vez qualquer iniciativa de pacificação que se vendeu ao eleitor na campanha. Ao sair do governo rumo ao STF para engrossar a fileira do ativismo judicial ilimitado, ganhou do presidente a definição de “o primeiro comunista no Supremo”. Comunismo é o oposto de democracia e vai contra a política da representatividade, de que falaremos mais adiante. Para o lulopetismo e seus apoiadores, isso não tem a menor importância. 

Deveria ter, mas não tem. Da Fazenda, as notícias não são melhores. Em meio à maior crise de credibilidade, fiscal e cambial desde Dilma, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está de malas prontas e vai tirar férias. Eu poderia repetir a frase anterior para enfatizar o absurdo. Mas lembrar que “ministro da Fazenda”, “férias” e “crise” não poderiam estar na mesma frase já é o bastante e definitivo sobre a insegurança dos rumos da economia brasileira desde já, mas também quando janeiro chegar. 


Fernando Haddad é o ministro da Fazenda do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva | Foto: Reprodução/Facebook

Em 15 de novembro deste ano, na edição 243 da Revista Oeste, no artigo “’Ele não’…governa”, descrevi como o governo negligenciava a gestão do país. Era inconcebível, era inacreditável, mas acontecia. Recorro a dois parágrafos que reproduzo abaixo e que poderiam ser escritos agora, tão atuais que se mantêm: 

“Quase dois anos de um mandato pífio e a pergunta é: por que Lula não faz o que deveria fazer e vive a culpar os outros? A pergunta poderia também ser outra: quem apoiou mesmo esse governo que aí está? E se baseava em quê? A provável resposta será sempre a ladainha do Lula paz e amor e pragmático de 2003. Não cola mais. O Lula do primeiro mandato era o Palocci. Sobretudo na economia, como já escrevi neste espaço. 

Fato é que as coisas mais urgentes para o país que demandam ações do Palácio do Planalto e de seus 39 ministérios não avançam. O atual governo faz de conta que os problemas do país, muitos dos quais ele gerou ou piorou, não são dele. Em psicologia, isso é chamado de estado de negação. Na política, é só gente ruim de serviço mesmo.” 

De lá para cá, o governo dobrou a aposta na sua ineficiência e na mais candente ausência de liderança. À época da publicação, o governo produzia internamente um pacote de corte de gastos que se revelou uma tragédia em comunicação e conteúdo. Não que o tal pacote seja o responsável pela crise atual, mas foi apontado como a esperança de que o governo, este, sim, o culpado, tinha recobrado a consciência e percebido a sucessão de bobagens que vinha fazendo na economia do país. Para demonstrar que tinha algum apoio do Congresso, liberou mais bilhões de reais em emendas a deputados e senadores que votaram a toque de caixa um pacote ruim e insuficiente. 

Do outro lado da Praça dos Três Poderes, Flávio Dino, “o comunista no Supremo”, passou por cima do acordo político, suspendeu o pagamento das emendas e mandou a Polícia Federal investigar o Congresso, e não o governo que pagou. Em que se pesem a transparência e o zelo com o dinheiro do pagador de impostos, não se trata aqui de julgar o mérito das emendas parlamentares em qualquer de suas formas. O fato principal é o que faz o Supremo no meio de uma negociação intrinsecamente política, entre dois Poderes políticos e que a cada quatro anos terão de prestar contas ao eleitor? 

A eventual malversação, se comprovada, não passará incólume pelas urnas. Investigar deputado e senador por distribuição de emenda negociada e liberada pelo Palácio do Planalto, sem até o momento qualquer desvio de finalidade comprovado, é o cúmulo do ativismo da Corte. Líderes do Congresso prometem reação. Mas como será a resposta parlamentar diante do poder de xerife anabolizado e praticamente imperial que o STF se deu com a complacência de expoentes do Congresso Nacional? Os mesmos que permitiram até outro dia sufocar a oposição democrática e constitucional, quando esta denunciava as atrocidades supremas contra o artigo 2° da Constituição, o que garante a autonomia e prescreve a harmonia entre os Poderes. O título deste artigo é sobre isso. 

A inexplicável anuência em 2022 de parte imensa de toda a sociedade brasileira — entre economistas, acadêmicos, juristas, políticos de centro e tantos outros — com um Lula que dava todas as mostras de descolamento da realidade e que agora cobra o preço alto de um governo apático nas ações administrativas e arrogante na demonstração de poder.

Num vídeo publicado nas redes sociais no dia de Natal, Lula aparece falando de uma suposta “recuperação” de uma área da Granja do Torto, a casa de campo da Presidência, em que mostra carpas e um jabuti. Em meio a frases incoerentes sobre preservação da Natureza, sendo que seu governo registrou o recorde absoluto de queimadas e aumento da morte de indígenas na Amazônia, a desconexão da placitude presidencial com o Brasil é o que fica latente e ofensivo aos brasileiros que trabalham. Aos que se viram desesperados a procurar sobreviventes e corpos na tragédia da ponte que caiu entre o Maranhão e o Tocantins, no último domingo, a insensibilidade foi atroz.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva posa para fotos com ministros após reunião no Palácio da Alvorada, em Brasília (20/12/2024) | Foto: Reuters/Adriano Machado 

Dois anos de mandato e Lula saiu de um superávit fiscal, herdado de Bolsonaro, de R$ 54 bilhões para a explosão da dívida pública, o dólar nas alturas muito além do 6 por 1, inflação pressionada, juros elevados e um caos institucional que dificulta uma saída para o país. Em condições normais de temperatura e pressão da política, estaria sob risco de impedimento. É algo estranho à democracia constitucional porque é um governo que não se garante politicamente, não anda nas ruas, mas sobrevive sob a inaudita sustentação do Supremo na base do “cumpra-se”, onde tem velado ou explícito apoio da maioria dos ministros. 

Ao Congresso, uma Casa política na essência, cujo protagonismo foi ceifado pelo ativismo do Judiciário das Cortes superiores e pela sua própria omissão, cabe agora o dever de voltar a se valer como Poder. É necessário que isso aconteça o mais rápido possível, uma vez que em todas as outras crises pelas quais este país passou só a política foi capaz de resolver, porque esta representa o eleitor, jamais o Judiciário. 

O drama brasileiro é que a conta da irresponsabilidade da reabilitação de Lula por parte do eleitorado, hoje arrependido e “com medo”, chegou. Se as festas de fim de ano e o cansaço de ver mais uma oportunidade perdida dão certo refresco ao governo federal por alguns dias, isso é passageiro. Depois dos fogos do Réveillon, vêm a vida real e a inevitável análise de planejar como será a vida dali em diante. O Brasil que é grande e os brasileiros que são fortes não faltarão ao país. Porque logo será janeiro, ano novo, vida nova e com Haddad de férias. 

Revista Oeste

Ibovespa termina 2024 com queda de 10,36% e real se desvaloriza 27,35% frente ao dólar

Sede da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) | Foto: Divulgação/B3 


Os investidores estão preocupados com o cenário fiscal brasileiro e estrangeiros retiraram cerca de R$ 32 bilhões da Bolsa de Valores (B3) 

Sede da Bolsa de Valores de São Paulo (B3)O Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) terminou o ano de 2024 com uma queda acumulada de 10,36%.


Essa foi uma das maiores perdas acumuladas pelo índice desde 2021, quando o Ibovespa recuou 11,93%.


No último pregão do ano, ocorrido nesta segunda-feira, 30, o Ibovespa registrou uma leve alta de 0,01%, ficando em 120.283 pontos. No começo do ano, o índice beirava os 133 mil pontos. Saiba mais: Ibovespa tem maior queda de 2024 entre bolsas globais As negociações na bolsa não ocorrerão nos dias 31 e 1º, sendo retomadas na quinta-feira, 2.

Real tem desvalorização expressiva em 2024 

Por sua vez, o real acumulou uma desvalorização de 27,35% frente ao dólar ao longo de 2024. A maior desvalorização desde a época da pandemia, quando o real perdeu 29,3%. Esse foi o pior desempenho entre 31 moedas monitoradas pela Bloomberg. No último pregão do ano, o dólar caiu 0,22% e encerrou a sessão cotado a R$ 6,17. Todavia, isso ocorreu após mais um leilão do Banco Central (BC), que injetou mais de US$ 1,85 bilhões para tentar evitar uma maior desvalorização do real. 

Revista Oeste

Estadão expõe a 'farsa' de Lula (Mas, apoiou incondicionalmente a eleição do corrupto junto com GloboLixo, Veja, Folha...)

 Para o jornal, a indústria petista de distorção da realidade para seus propósitos políticos é imparável


 

Segundo o Estadão, o Governo teria aproveitado erro do Google para reforçar uma narrativa de 'vitimização e conspiração' - Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil 


O editorial “Google, o novo ‘inimigo do povo’”, publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira, 31, critica a reação do governo. Segundo o Estadão, o equívoco — que mostrou a moeda norteamericana a R$ 6,35, ou seja, R$ 0,20 acima do valor real — foi rapidamente corrigido. No entanto, o governo teria aproveitado a situação para reforçar uma narrativa de “vitimização e conspiração”. 

A publicação afirma que, em vez de focar os problemas econômicos, como a política fiscal e a alta do dólar, o governo estaria criando teorias conspiratórias para desviar a atenção de sua responsabilidade em questões econômicas. + Em termos reais, dólar está mais caro do que no auge da crise do governo Dilma “O governo de Lula da Silva, empenhadíssimo em demonstrar que a moeda brasileira está sob ataque especulativo das forças ocultas do mercado, parece inclinado a tomar esse caso como prova de suas teorias da conspiração — e, de quebra, ainda pretende fustigar uma das principais Big Techs, empresas que, segundo Lula, ganham dinheiro ‘disseminando inverdades’”, diz a publicação. A Advocacia-Geral da União (AGU) foi acionada para reunir informações para uma possível ação judicial contra o Google. 

O objetivo seria investigar possíveis fake news relacionadas à cotação do dólar e à suposta manipulação de informações.

A estratégia do governo Lula 

Para o jornal, o Planalto estaria recorrendo à estratégia de “inventar complôs de inimigos do povo” para justificar a situação econômica. Essa narrativa tornaria a “Faria Lima” e as empresas de tecnologia “cúmplices” em uma suposta campanha de desinformação contra o governo. 


Exposição de nota falsa de dólar americano com a imagem do presidente Lula, durante sessão no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília| Foto: Reuters/Adriano Machado


A resposta oficial ao erro do Google, nesse contexto, seria uma forma de alimentar essa conspiração. O texto destaca, por exemplo, a declaração do ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, que acusou uma “indústria das fake news” de atuar contra o Brasil. Ainda no texto, o Estadão afirma que “o Palácio do Planalto decidiu recorrer à surrada tática lulopetista de inventar complôs.” 

Para o jornal, transformar o Google em um “inimigo do povo” é uma manobra desproporcional, usada pelo governo como cortina de fumaça para problemas reais. Enquanto isso, ele se exime das responsabilidades pela deterioração cambial, inflação fora da meta e trajetória de alta da dívida pública.


Revista Oeste

Justiça da Argentina emite ordem de prisão contra ditador da Nicarágua

 Decisão se fundamenta no princípio de jurisdição universal, que permite julgar crimes contra a humanidade em qualquer local do mundo


 

Daniel Ortega, ditador da Nicarágua, participa da cúpula de Alba, em Caracas, Venezuela (24/4/2024) | Foto: Leonardo Fernandez 


A Justiça da Argentina emitiu uma ordem de captura internacional contra Daniel Ortega, ditador da Nicarágua, e sua esposa, Rosario Murillo, na última segunda-feira, 30. A decisão foi proferida pelo juiz federal Ariel Lijo, baseada em acusações de violações sistemáticas dos direitos humanos no país centro-americano. A ação judicial foi apresentada em 26 de agosto de 2022 por professores da Universidade de Buenos Aires, com apoio de alunos de Direito. 

O princípio de jurisdição universal, que permite julgar crimes contra a humanidade em qualquer local do mundo, fundamenta a medida. Ortega e Murillo enfrentam acusações de assassinato, tortura, desaparecimento forçado de pessoas e perseguição de grupos. A denúncia detalha o contexto social e político na Nicarágua desde abril de 2018 e foi ampliada sete vezes, incluindo cumplicidade de agentes da polícia e do Judiciário, além de ataques à liberdade de expressão. 

Acusações contra o ditador e sua mulher A ação contra o ditador e sua mulher inclui denúncias de fechamento de meios de comunicação e ONGs opositoras. “O regime de Ortega e sua esposa é talvez a ditadura mais sangrenta que já existiu no continente”, afirmou Darío Richarte à agência AFP. Em novembro de 2023, o Congresso da Nicarágua, alinhado ao governo de Ortega, aprovou uma reforma constitucional que concedeu controle absoluto ao casal sobre os poderes do Estado.

Daniel Ortega e sua mulher, Rosario Murillo, são acusados na ação | Foto: Divulgação 

A reforma estendeu o mandato presidencial de cinco para seis anos e formalizou o papel de Murillo como “copresidente”. O texto da reforma estabelece que os copresidentes devem coordenar poderes legislativo, judicial, eleitoral, de controle e fiscalização, além de órgãos regionais e municipais, que antes eram considerados independentes. 

Opositores e presos políticos na Nicarágua 

Entre fevereiro de 2023 e setembro de 2024, a Justiça da Nicarágua retirou a nacionalidade de mais de 400 opositores ao governo de Ortega. Muitos desses opositores, classificados como presos políticos, foram deportados, enquanto outros estavam previamente exilados. Destacam-se figuras como a escritora Gioconda Belli e o escritor Sergio Ramírez, crítico ao regime de Ortega. 

Daniel Ortega, ex-guerrilheiro, governou a Nicarágua na década de 1980, depois da revolução sandinista. Ortega retornou ao poder em 2007 e tem sido acusado por críticos de instaurar um regime ditatorial e nepotista ao lado de sua esposa. A Justiça argentina já aplicou anteriormente o princípio de jurisdição universal em casos contra Nicolás Maduro e Diosdado Cabello, da Venezuela, além de casos históricos relacionados ao regime de Francisco Franco na Espanha, e acusações contra militares birmaneses.

Revista Oeste

Bandalheira do 'cartel Lula-STF' (redundância) termina 2024 e começa 2025 a mil... - Sem licitação, ANTT compra sede em Brasília por R$ 687 milhões

 A área privativa é de 24,4 mil m², com custo aproximado de R$ 28 mil por metro quadrado


O pagamento da nova sede será realizado em parcelas mensais ao longo de 22 anos | Foto: Divulgação/Agência Brasil 


A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) adquiriu sua sede em Brasília por R$ 687,5 milhões, sem sem abrir um processo de licitação. A assinatura do contrato foi realizada em 30 de setembro pelo diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale. 

O pagamento será realizado em parcelas mensais ao longo de 22 anos, 11 meses e um dia. De cada parcela de R$ 2,5 milhões, R$ 1,7 milhão destinam-se ao aluguel e R$ 758,2 mil, à compra do imóvel. 

A sede própria do órgão fica no edifício Venâncio Green Building, localizado no Setor de Clubes Esportivos Sul, uma área sobre de Brasília. A área privativa é de 24,4 mil m², com custo aproximado de R$ 28 mil por metro quadrado. 

O edifício Venâncio Green Building está localizado no Setor de Clubes Esportivos Sul. na região Lago Sul da cidade Brasília | Foto: Reprodução/X 

Segundo a ANTT, o contrato de locação original, de 2010, possuía uma cláusula de opção de compra (Built to Suit). Assim, depois que o órgão quitar as parcelas, a propriedade será transferida para a ANTT, conforme a legislação vigente.

Processo de compra da ANTT não segue Lei das Licitações 

O processo de compra sem licitação ocorre mesmo com a nova Lei das Licitações e Contratos (Lei 14.133/2021), que exige que órgãos públicos justifiquem a necessidade do imóvel e comprovem que nenhum outro atende aos requisitos. 

A última renovação do contrato eliminou a exigência de três laudos de avaliação para determinar o valor do imóvel, uma mudança discutida por especialistas. Angelo Prata de Carvalho, professor da Universidade de Brasília (UnB), afirmou ao portal Metrópoles que “os laudos independentes são cruciais para a correta avaliação de imóveis com finalidades específicas”. 

A ANTT ocupa o imóvel desde 2010, quando firmou o primeiro contrato de locação, totalizando R$ 87,7 milhões em seis anos e três meses. Os contratos de aluguel foram renovados, e os valores mensais sofreram ajustes por termos aditivos.

Revista Oeste

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segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Botafogo Libertadores Championship Trophy

Almanaque CL News - Cláudio Lessa

Salário mínimo de R$ 1.518; medida passa a valer em 2025

Assinatura do decreto que reajusta valor do salário mínimo para 2025, no Palácio da Alvorada, em Brasília - Foto: Claudio Kbene/PR 

O valor atual, de R$ 1.412, sofrerá um acréscimo de 7,5%, ou R$ 106, no novo ajuste


Nesta segunda-feira, 30, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva formalizou o aumento do salário mínimo para R$ 1.518, a partir de 1º de janeiro de 2025. A informação foi divulgada pelo Palácio do Planalto. O valor atual, de R$ 1.412, sofrerá um acréscimo de 7,5%, ou R$ 106, no novo ajuste. 

Dessa forma, os trabalhadores perceberão a mudança no começo de fevereiro, quando receberem o salário referente a janeiro. O decreto que fixa o novo salário será publicado no Diário Oficial da União nesta terça-feira, 31 de dezembro. O reajuste leva em conta a inflação projetada para 2024 e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Lula sanciona nova lei e teto para aumento real Lula também sancionou uma lei que estabelece um teto de 2,5% para o aumento real do salário, além da inflação, válido de 2025 a 2030. A medida visa a alinhar o crescimento do piso salarial aos limites do novo arcabouço fiscal. Anteriormente, a política de valorização do salário mínimo considerava a soma da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e a variação do PIB de dois anos antes, sem teto ou piso específicos.

Com a nova regra, o reajuste real não pode ser inferior a 0,6% nem superior a 2,5%. O Ministério da Fazenda projeta que o teto pode economizar até R$ 15,3 bilhões nos próximos anos. 

Impacto econômico e social 

Isso ocorre porque muitos benefícios sociais e previdenciários estão atrelados ao salário mínimo. Dessa forma, cada R$ 1 de aumento no salário mínimo representa um gasto adicional de cerca de R$ 392 milhões para o governo. O salário mínimo, conforme a Constituição, é a menor remuneração que um trabalhador formal pode receber no Brasil, tanto em áreas urbanas quanto rurais. 

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), ele serve de referência para 54 milhões de brasileiros e impacta diretamente 22,7 milhões de pessoas. Isso inclui trabalhadores que recebem o mínimo, além de aposentadorias e benefícios, como o Benefício de Prestação.

O ajuste também faz parte de um conjunto de medidas apresentadas pelo Ministério da Fazenda e aprovadas pelo Congresso Nacional em dezembro, para equilibrar as contas públicas. 

Revista Oeste 

Fernão Lara Mesquita - Você tem de ler a entrevista mais importante da décadas

O dia que o Mundo aprendeu a AMAR o Botafogo

Oeste exibe especial de fim de ano com J.R. Guzzo, Alexandre Garcia e Augusto Nunes

Programa vai ao ar nesta terça-feira, 31, a partir das 17h45, nos canais de Oeste no YouTube e no Twitter/X 

Alexandre Garcia, J. R. Guzzo e Augusto Nunes estrelam o especial de fim de ano da Revista Oeste | Foto: Divulgação/Revista Oest


O ano de 2024 vai chegar ao fim com o Encontro de Gigantes. O especial de fim de ano da Revista Oeste irá ao ar nesta terça-feira, 31, a partir das 17h45, tradicional horário do programa Oeste Sem Filtro. 

O Encontro de Gigantes reuniu os jornalistas Alexandre Garcia, Augusto Nunes e J. R. Guzzo. Ao lado de Jairo Leal, Nunes e Guzzo também são os sócios-fundadores da Oeste e integram o conselho editorial da publicação. Para o ‘Encontro de Gigantes’, o trio de jornalistas foi entrevistado pelos colunistas Guilherme Fiuza e Ana Paula Henkel, que também é comentarista do Sem Filtro, e por Branca Nunes, diretora de redação da revista que, com 4 anos no ar, está prestes a atingir a marca de 100 mil assinantes. \

No especial de fim de ano, os três gigantes do jornalismo relembram momentos de suas carreiras e analisam o cenário político e econômico do Brasil e do mundo. \

Além disso, Garcia, Guzzo e Nunes comentam o trabalho realizado na revista digital, que tem pacto firmado com os leitores e não aceita publicidade de órgãos governamentais ou qualquer tipo de dinheiro público.


Público vai acompanhar especial de fim de ano com Alexandre Garcia, J. R. Guzzo e Augusto Nunes | Foto: Divulgação/Revista Oeste



Revista Oeste

'Oeste Sem Filtro' - Revista Oeste - Augusto Nunes, Ana Paula Henkel, Silvio Navarro, Adalberto Piotto e Paula Leal condenam mais um ano de truculência pelo 'cartel Lula-STF'

Friends no Brasil: exposição sobre série de TV norte-americana consegue R$ 5 milhões com a Lei Rouanet

 O ingresso não é gratuito, e o programa faz parte do acervo de uma das empresas mais ricas do mundo


O elenco principal de Friends | Foto: Reprodução 


Criada para incentivar a produção cultural brasileira, a Lei Rouanet foi utilizada para captar R$ 5,8 milhões para bancar uma exposição sobre uma série de televisão norte-americana no Brasil. Trata-se da Friends Experience, que ocorre no shopping Cidade São Paulo. E o ingresso não é gratuito. A exposição teve início em 28 de novembro de 2024. 

O shopping fica na Avenida Paulista, um dos cartões-postais da cidade de São Paulo. O acervo é composto por peças que fizeram parte de algumas cenas do seriado Friends e remonta cenários típicos dos episódios. As gravações ocorreram entre 1994 e 2004, nos Estados Unidos. Trata-se de uma realização da Warner Brothers, um dos grupos de entretenimentos mais ricos do mundo.




A maior parte dos episódios é ambientada na cidade de Nova York. Famosa, Friends tem um público cativo e é um dos programas de maior sucesso na história da televisão mundial — algo distante da realidade do cenário cultural brasileiro. Para ter acesso à exposição, é preciso pagar uma entrada que custa cerca de R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia). Os organizadores estimam um público próximo de 110 mil espectadores, com preço médio de R$ 60 por ingresso.

Patrocínio com o seu dinheiro 

O dinheiro doado a projetos aprovados pela Lei Rouanet é passível de renúncia fiscal. O abatimento pode ser feito no Imposto de Renda do doador. O limite é de 4% do valor devido por empresas, e 6% no caso de pessoas físicas. Assim, é possível recuperar todo o montante, desde que ele corresponda a esses porcentuais da fatura devida como imposto.

Friends Experience conta com três grandez patrocinadores, conforme os registros do Ministério da Cultura. A maior doação é do Nubank (R$ 4,8 milhões). O Sem Parar, sistema de pagamento em pedágios, aparece em segundo lugar (R$ 483,6 mil). A terceira posição é do WebMotors (R$ 225 mil). Organizadores de Friends Experience no Brasil 

O projeto é de autoria da Businessland

Com sede na cidade de São Paulo, a empresa se define como um “hub de negócios e entretenimento que conecta empresas a experiências únicas no universo do turismo, lazer, cultura e inovação” e especialista em “parcerias estratégicas e produção de eventos exclusivos, criando oportunidades que impulsionam marcas e aproximam pessoas”. 

A fundação da companhia data de outubro de 2022. 

Os administradores são Marcio Flores e Andreia Cristina Nakama Flores, que residem no mesmo endereço, segundo os registros na junta comercial da cidade de São Paulo. O capital social da empresa declarado à receita federal é de R$ 81.390. Ou seja: o valor corresponde a uma fração do dinheiro captado para a Friends Experience por meio da Lei Rouanet. 


Revista Oeste

Déficit do setor público brasileiro no desgoverno do ex-presidiário Lula supera R$ 1,1 trilhão com juros da dívida

Em novembro de 2024, o acumulado de 1 ano chegou ao 8º mês seguido com marca negativa acima de R$ 1 tri; confira dados do Banco Central


Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em São Paulo | Foto: Ricardo Stuckert/PR 


Impulsionado pelos juros da dívida, o setor público consolidado brasileiro, que compreende a União, Estados, municípios e empresas estatais, registrou um déficit nominal de R$ 1,111 trilhão nos 12 meses encerrados em novembro. 

Esse valor representa 9,50% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira, 30. Confira o documento na íntegra.

O déficit superou a marca de R$ 1 trilhão no consolidado de 12 meses por oito meses consecutivos, ou seja, desde abril de 2024. Durante o auge da pandemia de covid-19, as contas públicas ficaram negativas e ultrapassaram esse valor por três meses. 



O déficit atual é o mais elevado desde agosto de 2024, quando foi ligeiramente superior a R$ 1,111 trilhão. Juros da dívida impulsionam déficit público



O gasto elevado com juros da dívida, que atingiu R$ 918,2 bilhões, é um dos fatores principais para esse déficit. Este é o maior valor desde o início da série histórica em 2002. A taxa básica de juros, a Selic, que está acima de dois dígitos desde fevereiro de 2022, contribui para o aumento do custo da dívida. 

Além disso, o resultado primário, que exclui as despesas com juros, registrou um déficit de R$ 192,9 bilhões. Este é o menor saldo negativo acumulado em 12 meses desde novembro de 2023. 




O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enviou ao Congresso um pacote fiscal, com o objetivo de conter as despesas públicas. Os parlamentares aprovaram a medida, antes do recesso de fim de ano. 

No entanto, a reação dos agentes financeiros foi negativa, e o valor do dólar em comparação com o real disparou e ultrapassou os R$ 6. A percepção é de que as medidas são insuficientes para estabilizar as contas públicas. 

Na comparação dívida e PIB, o déficit atingiu 9,89% do PIB em julho de 2024, sob Lula. Durante a pandemia, em outubro de 2020, o pico foi de 13,48% do PIB, sob o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Revista Oeste

Apresentação José Boto no Flamengo

'Faroeste à Brasileira' - Tiago Pavinatto e convidados expõem as falcatruas do 'cartel Lula-STF'

Gasto com juros bate recorde no desgoverno Lula, diz Banco Central

 Número foi de R$ 918,2 bilhões no acumulado de 12 meses até novembro


Despesas com juros da dívida aceleraram de outubro para novembro | Foto: Reprodução/Agência Brasil


As despesas com juros da dívida do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) totalizaram R$ 918,2 bilhões no acumulado de 12 meses até novembro. O valor representa recorde na série histórica, iniciada em 2002. Os dados foram divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira, 30. Por outro lado, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) do Brasil teve leve queda de 77,82% do Produto Interno Bruto (PIB) em outubro para 77,75% em novembro, o que corresponde a uma redução de 0,07 ponto porcentual (p.p.).

No entanto, em valores, ainda soma R$ 9,1 trilhões. A DBGG compreende o governo federal, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e os governos estaduais e municipais. Gastos com juros da dívida saltaram em novembro As despesas com juros da dívida cresceram de R$ 869,3 bilhões em outubro para R$ 918,2 bilhões em novembro.





A dívida bruta teve alta de 3,9 pontos porcentuais em 2024. No ano passado, era de 73,8% do PIB. No governo Lula, saltou 6,1 pontos. Segundo o BC, a queda de 0,07 ponto porcentual na DBGG em novembro se deve a: • Variação do PIB nominal – queda de 0,6 p.p; • Resgate líquido da dívida – queda de 0,3 p.p.; 

Já a alta de 3,9 pontos porcentuais na dívida bruta em 2024 se deve a: Governo Lula Luiz Inácio Lula da Silva Juros Banco Central (BC) 

• Evolução dos juros nominais apropriados – alta de 0,7 p.p; 

• Efeito da desvalorização cambial – alta de 0,2 p.p. 

• Incorporação de juros nominais – alta de 6,9 p.p.; 

• Emissão líquida de dívida – alta de 0,7 p.p.;

• Efeito da desvalorização cambial acumulada – alta de 0,9 p.p.; 

• Reconhecimento de dívida – alta de 0,2


Com Revista Oeste

Rombo das estatais no desgoverno do ex-presidiário Lula chega a R$ 6,6 bilhões; pode ser o pior resultado em 15 anos

 Déficit pode agravar a situação fiscal do Brasil


Estatais têm rombo de R$ 6 bilhões até novembro | Foto: Joédson Alves/Agência Brasil 


As contas das estatais brasileiras registraram rombo de R$ 6,6 bilhões até novembro, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira, 30. No mês passado, o déficit foi de R$ 1,6 bilhão. Esse cenário é o pior desde 2009, quando a metodologia de cálculo foi ajustada para excluir grandes estatais, como Petrobras e Eletrobras. + Leia mais notícias de Economia em Oeste Segundo o BC, o resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, teve um défcit de R$ 99,1 bilhões em novembro. 

No acumulado em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$ 1.111 bilhões (9,50% do PIB), ante o déficit nominal de R$ 1.092,8 bilhões (9,42% do PIB), acumulado até outubro de 2024. O governo deve se pronunciar publicamente sobre esses resultados ainda hoje. Os dados negativos abrangem empresas de níveis federal, estadual e municipal, mas não inclui estatais lucrativas, como Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. 

A diferença pode ser coberta pelo caixa das próprias empresas ou pelo Tesouro Nacional. Especialistas alertam para impacto fiscal de rombo nas estatais Economistas ressaltam que esses déficits podem agravar a situação fiscal do país. 

Para Cláudio Frischtak, “alguém tem que pagar por esse déficit”. “E quem vai pagar somos nós, evidentemente, porque o governo não produz dinheiro”, disse ele ao g1. Frischtak ainda alertou para o fato de que “isso fragiliza ainda mais o arcabouço fiscal do governo, resultando em juros mais elevados e câmbio mais estressado.” 

Desafios e principais déficits 



Ministério da Gestão e Inovação disse que, em anos anteriores, o superávit foi possível por causa de aportes do Tesouro para investimento | Foto: Divulgação/Agência Brasil


O Ministério da Gestão e Inovação afirmou que, em anos anteriores, o superávit foi possível graças a aportes do Tesouro para investimento. Os maiores déficits do ano são:

• Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron): R$ 2,49 bilhões; 

• Correios: R$ 2,19 bilhões; 

• Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro): R$ 590,43 milhões; 

e • Infraero: R$ 541,75 milhões

Esses resultados negativos são parcialmente relacionados a investimentos capitalizados em anos passados, não sendo necessariamente um prejuízo imediato.  

Revista Oeste

'Oeste Sem Filtro' - Revista Oeste - Augusto Nunes, Ana Paula Henkel, Silvio Navarro, Adalberto Piotto e Paula Leal fazem um balanço da roubalheira (reincidência) comandada pelo ex-presidiário Lula sob proteção de cúmplices 'instalados' no STF

Conversa Timeline

News da Manhã Brasil – Alexandre Pittoli - Rádio AuriVerde Brasil

Em meio a rombo bilionário, Correios batem recorde de patrocínio e financiam até feira de livro em Bogotá

 Enquanto de 2019 a 2022 a média anual era de R$ 430 mil, neste ano os investimentos chegaram a R$ 34 milhões


 

Os Correios justificaram o patrocínio com o objetivo de ‘ampliar o alcance e visibilidade da marca’ | Foto: Reprodução/Twitter/X 


Os Correios, sob a gestão de Fabiano Silva dos Santos, conhecido como “Churrasqueiro de Lula”, ampliaram drasticamente os gastos com patrocínios culturais em 2024. O investimento ocorre em meio ao rombo de R$ 2 bilhões que a estatal teve de janeiro a setembro deste ano. Essas cifras podem ultrapassar o déficit de R$ 2,1 bilhões de 2015, durante o governo Dilma Rousseff.

Enquanto de 2019 a 2022 a média anual era de R$ 430 mil, neste ano os investimentos em publicidade chegaram a R$ 34 milhões

Um dos eventos patrocinados foi a 36ª Feira Internacional do Livro, em Bogotá, na Colômbia. O evento recebeu R$ 600 mil dos Correios, mostra reportagem do portal Poder360.




O festival, em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou na abertura, ocorreu em abril, com o tema “Leia a Natureza”, em homenageou ao Brasil. + Leia mais notícias de Política em Oeste Os Correios justificaram o patrocínio com o objetivo de “ampliar o alcance e a visibilidade da marca”. Juliana Picoli Agatte, diretora de Governança e Estratégia da estatal e ligada ao Partido dos Trabalhadores (PT), representou a empresa no evento. 

As justificativas dos Correios Apesar de não operar na Colômbia, a estatal argumentou que os valores investidos são compatíveis com as contrapartidas e os formatos de participação. 




Uma dessas contrapartidas foi a palestra de Juliana, intitulada “Sustentabilidade nos Correios: impacto e eficiência para todos”. Além disso, foram destinados R$ 400 mil à Bienal do Livro de São Paulo. A estatal também defende que os investimentos visam a potencializar a marca e os negócios, conforme diretrizes específicas e alinhamento ao plano estratégico. Desafios financeiros e gestão atual 

 Em razão do rombo bilionário, os Correios enfrentam risco de insolvência. Conforme a atual gestão, a culpa recai sobre o governo anterior e a “taxa das blusinhas”, promovida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. No entanto, decisões recentes, como a desistência de uma ação trabalhista bilionária e a assunção de uma dívida de R$ 7,6 bilhões com a Postalis, também são responsabilizadas pela crise. Além disso, o balanço do período do ex-presidente Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022, é positivo em cerca de R$ 3,7 bilhões. 

Mesmo com o superávit do período, o governo anterior ainda tentou privatizar os Correios e outras estatais. Ao assumir o 3º mandato, contudo, Lula tirou a estatal da lista de privatizações. 


O rombo pode ultrapassar o déficit de R$ 2,1 bilhões de 2015, durante o governo Dilma Rousseff | Foto: Revista Oeste


Fabiano Silva dos Santos, advogado de 47 anos, foi indicado ao cargo pelo grupo prerrogativas — aliado de Lula e crítico à Operação Lava Jato. Por causa da deterioração das contas, os Correios decretaram um teto de gastos de R$ 21,96 bilhões para 2024, conforme comunicado em outubro.

Revista Oeste

Um SONHO em 7 ATOS - Como o BOTAFOGO transformou o PESADELO em sua MAIOR GLÓRIA - História de 2024

J.R. Guzzo - Brasil vive sob a ditadura do inquérito de Al;exandre de Moraes sem data para acabar

O Brasil fecha 2024 vivendo o que possivelmente tem sido o mais vicioso período de supressão de seus direitos civis já registrado desde o AI-5 dos militares


Moraes, durante sessão no STF - 4/12/2024| Foto: Ton Molina/FotoArena/Estadão Conteúdo


O Brasil fecha 2024 vivendo o que possivelmente tem sido o mais vicioso período de supressão de seus direitos civis já registrado desde o AI-5 da ditadura militar. É, também, o mais longo e mais neurótico rompimento da vida política, moral e cultural do país com a realidade elementar. Há quase seis anos o Brasil não tem uma Constituição. Em vez disso, tem um inquérito policial como a sua lei máxima — e contra o qual não é possível recorrer a nada e a ninguém, nunca. 

Chamam isso de democracia. 

 O pedaço de papel com que os generais impuseram a sua ditadura ao país dizia, basicamente, que nenhum ato do governo estava mais sujeito à apreciação de ninguém, a começar pela Justiça. O AI-5 de hoje estabelece que nenhum ato do STF, e sobretudo do ministro Alexandre de Moraes, está sujeito a qualquer tipo de controle, de contestação ou de reforma. Tanto faz se esses atos violam a legislação brasileira em vigor: é o STF quem resolve o que a lei está dizendo, mesmo quando diz o contrário. 

O inquérito parido por Toffoli e comandado por Moraes 

A Constituição hoje em vigor do Brasil é o inquérito policial 4.781 do STF — uma depravação legal criada no dia 14 de março de 2019 pelo ministro Dias Toffoli, para ocultar a publicação de suspeitas de corrupção a seu próprio respeito, e entregue desde então à execução do ministro Moraes. O STF não é uma delegacia de polícia; por lei, não pode abrir investigação nenhuma. A partir daí, só ficou pior. O inquérito tornou-se perpétuo — acaba, aliás, de ser prorrogado por mais seis meses. Não tem objetivo determinado; investiga tudo. É tocado em sigilo. Não respeita o direito defesa, nem o Código Penal.


Ministro Dias Toffoli, durante sessão no STF para discutir a responsabilidade das plataformas digitais pelos conteúdos considerados criminosos postados pelos usuários (4/12/2024) | Foto: Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo


 Em nenhum minuto, desde que foi aberto, o inquérito 4.781 teve alguma coisa a ver com a defesa da democracia. Começou como uma gambiarra para censurar a revista Crusoé, proibida de publicar as denúncias contra Toffoli. Passou a reprimir fake news, “desinformação”, atos antidemocráticos, as vacinas de Bolsonaro, conversas de WhatsApp, discursos na Câmara, a condenação ilegal de um deputado, o batom na estátua (“substância inflamável”), o Golpe dos Estilingues e tudo o que existe sob o sol. Hoje é o principal instrumento de trabalho da ditadura do Judiciário no Brasil. 

Não há, nunca houve e não haverá nenhuma boa intenção no inquérito de Moraes e Toffoli. O que há é um espetacular exercício de hipocrisia por parte da esquerda, das elites intelectuais e das gangues políticas que mandam no Congresso Nacional para ocultar um câncer em metástase. É o regime de exceção que está sendo criado clandestinamente no Brasil, com juras diárias à “defesa da democracia”, em público — e com a armação de uma tirania na vida real.



Revista Oeste

domingo, 29 de dezembro de 2024

Encontro da Torcida do Botafogo na Argentina - Canalhas fc

Paulo Figueiredo "O Show" ESPECIAL FIM DE ANO

J.R. Guzzo: Resumo de 2024: o Brasil não tem mais uma Constituição, só inquérito policial

 

Hitler Tupiniquim - (Foto: Andressa Anholete/STF)



O ano de 2024 se encerra com o Brasil atolado na pior situação que viveu, em matéria de respeito às liberdades individuais e aos direitos humanos, desde o fundo do poço da ditadura militar. O ano de 2024 começou mal; está acabando ainda pior, pois nada do que podia melhorar na “democracia” no Brasil melhorou, e quase tudo que podia afundar mais afundou. O resumo da ópera, para quem não tem paciência com palavrório de analista político, é o seguinte: o saldo de 2024 é que o Brasil não tem mais uma Constituição, nem aquela marca barbante que vem caindo pelas tabelas desde 1988. Em lugar de Constituição, tem um inquérito policial.

É essa a nossa lei máxima há quase seis anos, desde que foi imposta aos brasileiros pelo STF: o inquérito sem data para acabar, sem limites para o que pode fazer e sem esperanças para as suas vítimas (pois não há ninguém acima para o cidadão recorrer), que o ministro Alexandre de Moraes comanda para reprimir a oposição ao regime Lula-Supremo.

O inquérito de Alexandre de Moraes, enfim, pode tudo – se pode condenar pessoas a 17 anos de cadeia sob a acusação de tomar parte num “golpe armado” onde as armas mais perigosas eram estilingues e bolas de gude, é óbvio que não há limite para nada

Nenhuma lei brasileira tem mais força que esse procedimento de delegacia de polícia. Nada do que Moraes ou seus agentes decidem ali pode ser contestado por ninguém. Nenhuma autoridade pública do Brasil manda mais do que ele. Nenhum cidadão ou seus advogados podem exigir que os direitos constitucionais a que fazem jus sejam respeitados por Moraes e por sua Polícia Federal.

Essa lei suprema, que jamais foi discutida, votada ou aprovada por Congresso Nacional algum, acaba de ser “prorrogada” por mais “seis meses” – ou seja, até anúncio oficial em contrário, está aí para sempre. O presidente do Supremo, molemente, murmurou tempos atrás que o inquérito iria ser encerrado este ano. Não foi. No Brasil, o ano de 2024 já acabou e Moraes não tomou conhecimento do que o presidente do STF disse. Na verdade, na única vez que falou de datas para o encerramento do inquérito, ele disse o seguinte: “Acaba quando acabar”. Não voltou mais ao assunto.

O inquérito ilegal que governa o Brasil de 2024, como o AI-5 governava a ditadura dos militares, se move no escuro. Nada é feito em público e à luz do sol, como a lei exige – tudo se faz em “segredo de Justiça”, sem que os indiciados saibam do que estão sendo acusados, sem que os advogados possam ler o que a polícia não quer que leiam e sem que o Congresso Nacional tenha qualquer possibilidade de fiscalizar nada. Nesse inquérito há o flagrante perpétuo, a prisão preventiva por tempo indeterminado e o julgamento por lotes, como se faz em leilão de gado. O cidadão pode ser punido por falar o que ainda não falou. Podem bloquear sua conta no banco, proibir você de falar no WhatsApp e confiscar seu passaporte.

O inquérito de Alexandre de Moraes, enfim, pode tudo – se pode condenar pessoas a 17 anos de cadeia sob a acusação de tomar parte num “golpe armado” onde as armas mais perigosas eram estilingues e bolas de gude, é óbvio que não há limite para nada. É óbvio, também, que nem o ministro, nem seus colegas e nem qualquer força que os apoie têm o mais remoto interesse em defender democracia nenhuma. O que querem é chegar ao fim de 2025 numa ditadura mais avançada do que a que construíram até agora. 


.J. R. Guzzo - Gazeta do Povo