domingo, 19 de outubro de 2025

Flávio Gordon - 'Quem é o 'povo' venezuelano defendido pelo descondenado?'

 A função do discurso sobre 'autodeterminação' é simples: impedir qualquer condenação moral aos regimes que seguem a cartilha do Foro de São Paulo


Lula e Hugo Chávez no Palcio de Miraflores, em Caracas, Venezuela (8/8/2010) | Foto: Shutterstock


Um dia depois do encontro entre Celso Amorim… digo, Mauro Vieira e Marco Rubio, o descondenado-em-chefe voltou a falar sobre a crise na Venezuela. E, como de costume, o fez com aquela mistura de sentimentalismo barato e cinismo calculado que o consagrou como o maior manipulador de emoções políticas da história recente do país. “O povo venezuelano é dono do seu destino” , declarou, com ar professoral, o sujeito que chancelou a farsa eleitoral no país caribenho. 

Proferida com solenidade de quem sabe que mente, a fala reedita um chavão comunista clássico. E obviamente, como todo chavão, este serve para esconder, e não para revelar, a realidade no país vizinho. Sob a aparência de um tributo à autodeterminação dos povos, o que se tem, na verdade, é a justificativa retórica de sempre: a defesa do direito dos ditadores de esquerda de oprimirem seus próprios povos sem serem criticados por isso. 

Que destino é esse do qual o povo venezuelano seria dono, se o povo, na Venezuela, não é dono nem mesmo de um prato de comida, de um rolo de papel higiênico, de sua casa, do direito de falar e de pensar livremente? Na Venezuela, enquanto a população esfomeada come lixo e caminhões de ajuda humanitária são incendiados, a casta dirigente bolivariana esbanja riqueza. Na Venezuela, este tem sido o único destino possível do povo, inteiramente determinado pelos ditadores que falam em seu nome


O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, foi recebido no Brasil, por Lula, com honras de chefe de Estado | Foto: Ricardo Stuckert/PR

María Gabriela, a filha mais velha de Hugo Chávez, embaixadora da ONU em Nova York, esconde uma fortuna de US$ 4 bilhões em bancos americanos e europeus, de acordo com a revista Forbes. A filha caçula Rosinés, estudante da Sorbonne, em Paris, publicou certa vez no Instagram uma foto segurando um leque de notas de dólar. Daniella Cabello, filha de Diosdaldo Cabello, é uma socialite que só veste roupas de luxo, cujo valor de cada peça individual deve corresponder a dez anos de salário de um venezuelano médio. Nicolasito, filho do atual ditador, foi filmado em 2015 no casamento de um empresário, ocorrido no Hotel Gran Meliá, na capital Caracas — ele dançava enquanto notas de dólares eram jogadas sobre sua cabeça. 

Yoswal Flores, enteado de Maduro, só viaja em jatos privados e, desde que o padrasto chegou ao poder, adquiriu uma estranha paixão por carros de luxo e motocicletas de alta cilindrada. Seu irmão Walter Flores, por sua vez, chegou a torrar US$ 45 mil numas poucas noites passadas no Hotel Ritz, um dos mais caros de Paris…

Esse é o “povo” da Venezuela defendido pelo camarada brasileiro. É esse que controla o outro “povo”, o da vida real, do qual o mandatário brasileiro não chega nem perto. Assim, por trás da frase feita — do tipo que arranca suspiros nos estúdios da GloboNews — está o velho projeto continental do Foro de São Paulo. Criado pelo descondenado e por Fidel Castro nos anos 1990, o Foro foi o laboratório ideológico que transformou a América Latina num imenso campo de testes para a revolução socialista disfarçada de democracia.

A função do discurso sobre “autodeterminação” é simples: impedir qualquer condenação moral aos regimes que seguem a cartilha do Foro, de Havana a Caracas, de Manágua a Brasília. O lulismo, afinal, é o Foro no poder. E governa seguindo a receita do Foro, com a  bonomia, o cinismo e a fingida indignação antiamericana dos tiranetes de chapéu-panamá e camisa vermelho-sangue.


Lula, em evento com alunos da Rede de Cursinhos Populares (CPOP), em São Bernardo do Campo-SP – 18/10/2025 - Foto: Ricardo Stuckert/PR 

“Ser rico é ruim, é desumano. Eu condeno todos os ricos” — disse certa vez Hugo Chávez, uma declaração que poderia perfeitamente ter sido repetida pelo marido da Janja. Mas sabemos que não são todos os ricos que eles condenam, mas apenas os ricos que ainda não se submeteram aos seus regimes. 

Flávio Gordon - Revista Oeste

Trump acusa Petro de incentivar o tráfico e corta subsídios à Colômbia

 Norte-americano chamou o colombiano de 'mal avaliado e muito impopular' 


O presidente colombiano acusou Donald Trump de violar a soberania | Foto: Reprodução/Twitter/X 


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo, 19, que os subsídios americanos para a Colômbia combater o narcotráfico serão suspensos. Em publicação na Truth Social, ele acusou o presidente colombiano, Gustavo Petro, de estimular a produção em larga escala de drogas ilegais. 

Segundo Trump, o narcotráfico se tornou o principal negócio na Colômbia, e Petro não age para contê-lo. O presidente norteamericano afirmou que o objetivo das drogas colombianas é abastecer o mercado nos EUA, provocando mortes e caos. Ele ainda classificou Petro como “mal avaliado e muito impopular” e advertiu que Washington poderá intervir para fechar os chamados “campos de morte”. Trump também chamou o colombiano de “líder das drogas ilegais”.

“O presidente colombiano Gustavo Petro é um líder do tráfico de drogas que incentiva fortemente a produção em massa de drogas, em campos grandes e pequenos, por toda a Colômbia”, escreveu Trump. ” Tornou-se, de longe, o maior negócio da Colômbia, e Petro não faz nada para impedi-lo, apesar dos pagamentos e subsídios em larga escala dos EUA, que nada mais são do que um roubo a longo prazo da América. A partir de hoje, esses pagamentos, ou qualquer outra forma de pagamento ou subsídios, não serão mais feitos à Colômbia.” 

Na postagem, Trump também fez uma advertência ao presidente colombiano. “Petro, um líder de baixa reputação e muito impopular, com uma nova língua em relação aos Estados Unidos, é melhor fechar esses campos de extermínio imediatamente, ou os Estados Unidos os fecharão para ele, e isso não será feito de forma agradável.” 

Atuação de Trump no Caribe incomodou Petro A tensão entre os dois países aumentou no sábado 18, quando Petro acusou os EUA de violação da soberania colombiana com ações militares no Mar do Caribe. Segundo Petro, um dos mortos nas operações — Alejandro Carranza — seria apenas um pescador e não teria relação com o tráfico internacional de drogas.

Os EUA têm fechado o cerco na região, buscando derrubar embarcações ligadas ao narcotráfico. Na quarta-feira 15, o governo norte-americano afirmou, inclusive, que considera enviar tropas terrestres à Venezuela. 

Trump já autorizou a Agência Central de Inteligência (CIA) a conduzir operações secretas no país governado pelo ditador Nicolás Maduro. Para o republicano, o venezuelano controla o tráfico por meio do Cartel dos Sóis.

Na semana passada, a ganhadora do Nobel da Paz deste ano, María Corina Machado, também corroborou a informação. Segundo ela, que é opositora do ditador Nicolás Maduro, o lucro com atividades narcoterroristas sustenta todo o regime chavista.

Erika Mafra - Revista Oeste

Mesmo com carga tributária recorde, Brasil deve encerrar 2025 com rombo

 Desde o começo do governo Lula, a dívida bruta subiu a 77,5% do PIB, um aumento de 5,8 pontos porcentuais





O Brasil deve repetir em 2025 o recorde de carga tributária atingido no ano anterior, segundo economistas ouvidos pelo Poder360. Em 2024, a soma de tributos arrecadados pela União, Estados e municípios chegou a 34,2% do PIB, o maior patamar da série histórica. A tendência de alta continua neste ano, conforme dados da Receita Federal, mesmo com previsão de déficit de R$ 30,2 bilhões nas contas públicas.

A equipe econômica chefiada pelo ministro Fernando Haddad fixou como meta zerar o déficit em 2025. O arcabouço fiscal define regras para controlar os gastos do governo, determinando que ele deve gastar apenas o que arrecada, sem contar os juros da dívida. Porém, há uma folga de 0,25% do PIB, que funciona como margem de tolerância: o governo pode ter um pequeno déficit ou superávit dentro desse limite e ainda assim cumprir a meta, sem precisar equilibrar exatamente as contas. 

Para o economista Ecio Costa, professor da Universidade Federal de Pernambuco, o arcabouço é uma “peça ilusória” e não será suficiente para conter o desequilíbrio fiscal. Segundo ele, o mecanismo permite brechas que ampliam os gastos e fragilizam o controle das contas públicas.


Dívida cresce em ritmo acelerado 

A dívida bruta do governo geral, que reúne União, Estados e municípios, alcançou 77,5% do PIB, o equivalente a R$ 9,6 trilhões. Desde o começo do governo Lula, o aumento foi de 5,8 pontos porcentuais. Costa alerta que a trajetória é “galopante” e representa um risco à estabilidade fiscal. 




Comparação internacional da carga tributária 

Entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a média da carga tributária foi de 33,9% em 2023. A França lidera com 43,8%. No mesmo período, o Brasil registrou 32,1%, índice que subiu 2,1 pontos porcentuais no ano seguinte. O país, que não integra a organização, já ultrapassou a média dos membros do grupo.




Erich Mafra - Revista Oeste

'Hugo Carvajal e o narcossocialismo latino-americano', por Flávio Gordon

Desde os anos 1980, quando Fidel Castro abriu as rotas cubanas à cocaína colombiana, os comunistas da América Latina descobriram uma fonte de financiamento e um meio estratégico de subversão 


Hugo Armando 'El Pollo' Carvajal, ex-general da Venezuela | Foto: Wikimedia Commons/Reprodução 



Quando o general venezuelano Hugo Carvajal, antigo chefe da inteligência chavista, aceitou colaborar com a Justiça norteamericana, não foi apenas um delator que se levantou contra o crime. Foi a própria história que começou a confessar. Carvajal é o tipo de personagem que concentra, em sua biografia, a patologia moral de um movimento político: ex-guarda-costas de Hugo Chávez, operador dos serviços secretos bolivarianos e pivô do chamado “Cartel de los Soles”, ele representa a fusão entre a agenda revolucionária e o crime organizado, uma fusão que, longe de acidental, é a essência mesma do projeto comunista na América Latina. 

Desde os anos 1980, quando Fidel Castro abriu as rotas cubanas à cocaína colombiana, os comunistas latino-americanos descobriram no narcotráfico não apenas uma fonte de financiamento, mas um meio estratégico de subversão. Sob a tutela de Moscou e Havana, uma “epidemia rosa” — que misturava o branco da cocaína ao vermelho do comunismo — espalhou-se pelo continente, infiltrando partidos, sindicatos, milícias e universidades. Em nome da revolução redentora e da luta contra o “imperialismo estadunidense”, tudo se tornou permitido, inclusive transformar o vício em arma política e o narcotráfico em caixa eletrônico do movimento revolucionário. 

Ao confessar a promiscuidade entre o regime chavista e os cartéis de drogas, Hugo “El Pollo” Carvajal apenas confirma aquilo os propagandistas de esquerda sempre tentaram esconder: que o socialismo não é uma alternativa (moral, social e econômica) ao capitalismo, mas a sua caricatura amoral. É o capitalismo clandestino, o capitalismo do submundo do crime e do mercado negro. 

Em 1936, no livro A Crise da Democracia, o austromarxista Otto Bauer foi um dos primeiros a denunciar o surgimento de uma classe dominante e economicamente privilegiada na URSS, formada pela cúpula do partido comunista local. Também Milovan Djilas, em A Nova Classe, de 1957, descreveu a oligarquia economicamente privilegiada composta pelos membros do Politburo do Partido Comunista Iugoslavo.

No livro URSS: A Sociedade Corrupta — O Mundo Secreto do Capitalismo Soviético, de 1982, o advogado e dissidente soviético Konstantin Simis explicou o mecanismo, pintando um retrato definitivo da sociedade soviética de classes. Nessa sociedade, os altos quadros do governo, do partido e do funcionalismo público (em suma, a Nomenklatura) recorriam à corrupção e ao mercado negro para obter acesso a produtos importados, finos e exclusivos, enquanto o restante da população vivia na escassez das mercadorias locais. 


O falecido ditador Hugo Chávez esteve no poder entre 1999 e 2013 | Foto: Harold Escalona/Shutterstock


Tudo isso se repetiu na América Latina do “socialismo do século XXI”, na expressão de Hugo Chávez. Aí, a retórica dos pobres contra ricos, da justiça social e do anti-imperialismo serviu de biombo para o enriquecimento de dirigentes, líderes partidários, generais do regime. Tudo via narcotráfico. A exportação de cocaína ganhou selo ideológico. Nas favelas controladas por Fernandinho Beira-Mar, liderança do Comando Vermelho, por exemplo, o símbolo das FARC estampava os papelotes de cocaína. 

O que Carvajal revela, portanto, não é apenas o fracasso moral do projeto continental de poder concebido no Foro de São Paulo, mas o triunfo de uma lógica perversa: a da revolução como sistema de delinquência institucionalizada. O socialismo castro-lulo-chavista não degenerou em crime. Como provavelmente irá começar a demonstrar com provas um ex-integrante desse regime, ele já nasceu criminoso.

Erich Mafra - Revista Oeste

Mário Sabino - Lula está errado: o Congresso está no fundo do poço desde o mensalão

O que há de espantoso na fala de Lula é ele achar que está acima do baixo nível do Congresso, que nunca teve nada a ver com isso


Hugo Motta e Lula durante no Rio de Janeiro - 15/10/2025 | Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil


Diante de uma plateia formada por doutrinadores petistas, também conhecidos como professores, e na presença do presidente da Câmara, o reto e vertical Hugo Motta, Lula desancou o Congresso Nacional.

O presidente da República disse que o Congresso “nunca teve o baixo nível como tem agora”. Discordo. O Congresso chegou faz tempo ao mais profundo dos níveis de indecência do poço brasileiro. Foi quando Lula começou a comprar votos de parlamentares, no seu primeiro mandato, naquele esquema que levou o nome de mensalão. 

O Congresso lá chegou e de lá jamais saiu. Só que agora já não precisa tanto da bufunfa distribuída pelo presidente da República para chafurdar na lama, visto que passou a ter butim próprio, o das emendas de bilhões de reais sobre as quais não precisa prestar contas de verdade, e muitas vezes nem de mentira, a ninguém. 

Na minha cada vez mais cansativa constatação, que anda ao par com a minha cada vez mais modesta opinião, Lula está incomodado com o baixo nível do Congresso por este motivo, primeiramente: o poder de compra do presidente da República só não diminuiu mais do que o de quem paga a conta toda, o pagador de impostos. 


Lula sempre negou participação no mensalão | Foto: Reprodução/Justiça Federal do Paraná 

O segundo motivo do incômodo de Lula é ideológico-eleitoral e foi explicitado por ele próprio na sequência da frase sobre o baixo nível do Congresso: “A extrema direita que se elegeu em 2022 é o que existe de pior”

Para o presidente da República, assim como para os seus asseclas, tudo o que não é esquerda é “extrema direita”; a desqualificação é tão velha quanto a múmia de Lênin, e qualquer voz discordante deve ser calada e, por que não, aniquilada. 

Seja no Congresso, na imprensa ou nas redes sociais. Lula é tão democrático quanto eu sou neurocirurgião. Embora tenha sido deputado constituinte, o chefão petista nunca teve apreço pelo Congresso. 

Em 1993, já em campanha para a eleição presidencial do ano seguinte, ele disse em Rondônia que existia “uma minoria de parlamentares que se preocupa e trabalha pelo país, mas há uma maioria de uns 300 picaretas que defende apenas seus próprios interesses”. Criticado na época — da mesma forma que hoje — pela sua declaração sobre os 300 picaretas, Lula a reafirmou, dizendo que bastava “acompanhar as votações do Congresso, como a que decidiu sobre a (ampliação da) duração do mandato do ex-presidente José Sarney”. 

É um homem de convicções inabaláveis. O que há de espantoso na fala do presidente da República é ele achar que está acima do baixo nível do Congresso, que nunca teve nada a ver com termos atingido o fundo do poço. É que tenho a dizer sobre assunto tão instigante. Thank God it’s Friday. 

Revista Oeste

Trump anuncia abate de submarino que levava drogas aos EUA

 Dois dos criminosos foram mortos, segundo o republicano


Donald Trump, presidente dos EUA, durante entrevista coletiva - Foto: Reprodução/Redes sociais


O presidente Donald Trump anunciou neste sábado, 18, que as forças militares dos Estados Unidos destruíram um submarino que transportava drogas e navegava em direção ao país pelo Caribe. Segundo ele, a embarcação foi atingida na quinta-feira, durante uma operação de combate ao narcotráfico. + Leia mais notícias do Mundo em Oeste Em publicação em rede social, 

Trump afirmou: “Foi uma grande honra destruir um submarino transportando drogas que estava navegando em direção aos EUA em uma rota de trânsito de narcotráfico bem conhecida”. O presidente acrescentou: “A inteligência dos EUA confirmou que esta embarcação estava carregada principalmente com fentanil e outras drogas ilegais”. 

De acordo com o republicano, havia quatro pessoas a bordo, identificadas como narcoterroristas. “Dois dos terroristas foram mortos”, escreveu. Os dois sobreviventes, segundo ele, serão enviados a seus países de origem, Equador e Colômbia, “para detenção e julgamento”.


Trump apoia policiamento naval 

Com a confirmação de Trump, o total de mortos em operações militares norte-americanas contra embarcações suspeitas na região chega a pelo menos 29 desde o começo de setembro. Segundo o governo, este ataque foi o sexto desde o começo desse período. Trump justifica que os EUA estão engajados em um “conflito armado” contra os cartéis de drogas. 

O presidente baseia-se na mesma autoridade legal utilizada pelo governo de George W. Bush durante a guerra ao terrorismo depois dos atentados de 11 de setembro, em que trata os suspeitos de tráfico como inimigos do Estado. 


Mateus Conte - Revista Oeste

O golpe está aí, cai...



A Noruega celebrou a meta atingida de 100% veículos elétricos entre os novos carros vendidos por lá. Agora o país estuda o fim da isenção e deve cobrar imposto completo sobre todos os carros, incluindo elétricos.


Diário do Poder

Doações de ditador a Lula, denunciadas nos EUA, são crime no Brasil e rendem até prisão

 

Coronel Golpista Hugo Chávez e o amigo Lula, na época referida na denúncia: rindo à toa - Foto: reprodução das redes sociais


Hugo “El Pollo” Carvajal, ex-chefe de inteligência do falecido coronel Hugo Chávez confessou em tribunal dos Estados Unidos que a ditadura venezuelana financiou ilegalmente, por mais de 15 anos, políticos e partidos de esquerda em vários países, incluindo Lula (PT). No Brasil, a Lei 9.504/1997 proíbe expressamente financiamento político-eleitoral de origem estrangeira e prevê punições como cassação de mandato e prisão. A proibição, diz a lei, é para “preservar a soberania nacional”.

Os financiados

Além de Lula, dinheiro da ditadura venezuelana financiou também esquerdistas como Kirchner (Argentina) e Gustavo Preto (Colômbia).

‘Líder’ doou também

Não é a primeira vez: Lula já foi acusado de receber dinheiro do ditador líbio Muamar Kadhafi, tratado certa vez de “meu líder” pelo petista.

Esquema azeitado

Esquema de “doações” de vários países para Lula foram descritas pelo ex-ministro Antonio Palocci em 2019, em acordo de delação premiada.

Proteção da soberania

A Lei brasileira objetiva “impedir interferências externas no processo democrático e garantir a transparência e igualdade nas eleições.”


Diário do Poder

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Ex-aliado de Chávez revela ao governo dos EUA que ditadura venezuelana financiou Lula

Ex-militar também admitiu envolvimento em narcotráfico e narcoterrorismo


Lula ao lado do finado ex-ditador venezuelano Hugo Chávez. (Foto: Marcello Casal Jr/Abr).


O ex-chefe de inteligência militar de Hugo Cháves, ex-ditador da Venezuela, Hugo “El Pollo” Carvajal, afirmou em depoimento ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos que por mais de 15 anos a ditadura chavista financiou ilegalmente partidos e líderes de esquerda na América Latina e Europa com recursos da petroleira estatal PDVSA, entre os quais Lula (PT). A legislação brasileira considera crime aceitar dinheiro do exterior para financiamento de atividades políticas.

A denúncia ganhou repercussão internacional nesta sexta-feira (17), quando o presidente da Argentina, Javier Milei, compartilhou em suas redes sociais uma reportagem do site UHN Plus que detalha os depoimentos de Carvajal.

Segundo Carvajal, os repasses ilegais beneficiaram diretamente figuras como o presidente Lula, Néstor Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolívia), Fernando Lugo (Paraguai), Ollanta Humala (Peru), Manuel Zelaya (Honduras) e Gustavo Petro (Colômbia), além de partidos como o Podemos (Espanha) e o Movimento 5 Estrelas (Itália).

As declarações fazem parte de um acordo de colaboração que Carvajal firmou com a Justiça norte-americana após sua extradição da Espanha em 2023.

Ele também admitiu envolvimento em atividades de narcotráfico e narcoterrorismo durante sua atuação no alto escalão do chavismo e se comprometeu a entregar documentos inéditos que comprovariam o esquema.

De acordo com os relatos de Carvajal, a PDVSA teria funcionado como uma espécie de “caixa-preta” do socialismo bolivariano, canalizando recursos públicos da estatal para financiar campanhas políticas e projetos ideológicos no exterior.

“O governo venezuelano financiou ilegalmente movimentos políticos de esquerda no mundo durante ao menos 15 anos”, afirmou o ex-militar.


Diário do Poder 

Augusto Nunes - 'Tope a briga, ministro'

 O que não falta por aí é valentão sem coragem física


Ministro Luiz Fux em sessão plenária do STF - Foto: Antonio Augusto/STF 


— Está incompleta — queixou-se Gilmar Mendes a um amigo depois de ler nesta coluna a lista de 20 culpados sem cura que livrou da cadeia. — E os outros? 

— Não cabia todo mundo — ponderou o confidente. — A lista completa é mais extensa que o desfile de bandalheiras do Sérgio Cabral. 

— Não custaria lembrar que não fujo de briga, mas sei perdoar e às vezes tenho de lutar para não chorar — lastimou o inventor do pranto convulsivo sem lágrima. — Precisei tomar água até na despedida do Barroso. 

Comovida com a decepção do decano do Supremo Tribunal Federal, a coluna tratou de resgatar na internet vídeos e reportagens que documentam o lado brigão do queixoso. Vídeos gravados em Lisboa informam que finge não ouvir os inevitáveis insultos berrados por brasileiros que reconhecem aquele sessentão de tênis zanzando pelas ruas. A vontade de mandar prender é traída pelo sorriso amarelo e pelo olhar de quem examina vitrines imaginárias. É nas dependências do STF que recupera a confiança nos superpoderes conferidos pela toga. 


No caso de Gilmar Mendes, a certeza de que é um homem especialíssimo costuma manifestar-se em bate-bocas de ruborizar brigão de cabaré de antigamente — e, de vez em quando, em reconciliações enfeitadas pela infiltração de juristas alemães no palavrório em juridiquês erudito. Foi assim na sessão em que Luís Roberto Barroso anunciou que decidira aposentar-se.


— A vida nos afastou e nos aproximou 

— começou Barroso, olhando para Gilmar. 

— Fico feliz que tenha sido assim, e sou grato pela sua parceria valiosa, nos dois anos de minha gestão, e por sua defesa firme do tribunal, nos momentos mais difíceis. 

— Sua Excelência sabe do apoio que eu lhe prestei, e não foi nenhum favor, mas na verdade um dever, durante esses dois anos difíceis. 

Opero, sempre que posso… (a voz embargada é socorrida por um gole de água) … como um paradigma da ética da responsabilidade, de que fala Weber, e que é um clássico. Por isso, não guardo mágoas.

Estão revogados, assim, tanto o parecer emitido há sete anos por Barroso quanto o troco dado por Gilmar. 

Trechos do parecer: “Você é uma pessoa horrível… uma mistura do mal com pitadas de psicopatia… uma desonra para o STF… temperamento agressivo, grosseiro e rude… você nos envergonha…”. O troco, repetido aos gritos: “Então, feche o seu escritório! Feche o seu escritório!”. 

A reconciliação liberou o decano para concentrar-se em Luiz Fux. Antigo desafeto, o único juiz concursado do STF voltou à mira de Gilmar com o voto solitário que implodiu, no julgamento de Jair Bolsonaro e aliados do ex-presidente, a fantasia forjada para acusar os réus de criarem um tipo de golpe de Estado que dispensa tropas, comandante, armas e planos. 

Bastam um esquema de abastecimento.baseado num carrinho de algodão doce, um batom e a mobilização de centenas de paisanos inconformados com a posse do presidente condenado por ladroagem em três instâncias e resgatado da cadeia por Gilmar e seus parceiros.

O cartel do brigão inclui ataques de baixíssimo nível a adversários nada combativos. Cármen Lúcia, por exemplo, virou discípula. Nunes Marques ouviu em silêncio a mesma ladainha — “Não há salvação para o juiz covarde” — e em silêncio continua. Ricardo Lewandowski, também insultado, já caiu fora do tribunal. Joaquim Barbosa levou o decano às cordas, mas preferiu deixar a corte antes da hora. Um possível oponente, André Mendonça, nunca vai além do segundo round. Sobrou Luiz Fux, o alvo da vez. 

Na quinta-feira, o magistrado solitário foi novamente provocado por Gilmar. Ainda inconformado com o voto desmoralizante para carcereiros compulsivos, o decano enfureceu-se com o pedido de vista que interrompeu temporariamente a perseguição sofrida pelo senador Sergio Moro. “Vê se consegue fazer um tratamento de terapia para se livrar da Lava Jato”, caprichou na redundância o gerentão do Supremo. “Eu o critico publicamente por considerá-lo lamentável”. Tomara que Fux tope o confronto e se inspire no exemplo dos brasileiros de Lisboa. 

O que anda sobrando no Brasil é valentão que, chamado para uma briga de verdade, sai à francesa por falta de coragem física. 

Augusto Nunes - Revista Oeste

'Pax Trumpiana', por Carlo Cauti

O acordo entre Israel e Hamas é apenas uma das mudanças no tabuleiro geopolítico mundial que Donald Trump está promovendo


Donald Trump no Egito, 13 de outubro de 2025 | Foto: Reuters/Suzanne Plunkett/Poo


“Não vou começar guerras, vou pará-las”. Foram essas as palavras utilizadas por Donald Trump na noite do dia 5 de novembro de 2024, poucos minutos após triunfar nas eleições presidenciais contra Kamala Harris. 


Menos de um ano depois, cumpriu a promessa. 

O conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, iniciado após o pogrom de 7 de outubro de 2023, encontrou uma resolução. Mesmo que temporária. Os 20 reféns israelenses ainda vivos foram libertados. Os corpos dos outros 28 que faleceram estão sendo devolvidos pelos algozes. O pesadelo das famílias e de uma nação inteira acabou. 

Por outro lado, o Exército de Israel parou de bombardear Gaza para tentar erradicar o Hamas. E centenas de milhares de palestinos, utilizados como escudos humanos pelos terroristas, estão tentando retomar suas vidas sem o pavor da guerra.

Em questão de horas, Trump conseguiu juntar trinta líderes mundiais em uma cúpula na cidade egípcia de Sharm El Sheikh. Todos se comprometeram a ajudar na reconstrução de Gaza e a garantir que não ocorressem mais conflitos na região. Os países árabes colocando dinheiro para a reconstrução da Faixa. A ONU, os europeus e os turcos enviando tropas para garantir a segurança. O Brasil não foi convidado. 


O acordo de cessar-fogo foi um momento histórico, que reafirmou a liderança global dos Estados Unidos e amplificou o prestígio de seu presidente. Um sucesso diplomático gigantesco. Que até os adversários de Trump reconheceram. 


A revista britânica de esquerda The Economist, tradicionalmente duríssima com Trump, não poupou elogios.

“Nove meses após seu segundo mandato, ele fez um trabalho louvável ao lidar com a situação”, escreveu a publicação. “A trégua que ele negociou em Gaza não é exatamente a ‘paz eterna’ que aparenta ser. Mas é uma conquista real, que escapou ao seu antecessor, a ser adicionada aos Acordos de Abraão, nos quais quatro estados árabes normalizaram os laços com Israel durante seu primeiro mandato. É uma das três grandes decisões em que o Sr. Trump rompeu com o consenso americano habitual e alcançou o que parece, pelo menos no curto prazo, um sucesso.” 

Em março, a Economist tinha publicado outra matéria, com o título “A era da geopolítica mafiosa de Donald Trump”. Hoje, elogia sua estratégia negocial “imprevisível”. Mudança dos tempos. 

A revista Time, outra sempre implacável com o presidente americano, foi ainda mais longe e lhe dedicou uma capa inteira, com a foto de Trump e apenas duas palavras: “Seu triunfo”. O jornal israelense Jerusalem Post foi às bancas com a capa “Deus abençoe o pacificador”, e a foto do mandatário. Até mesmo Joe Biden reconheceu o sucesso. “Elogio o presidente Trump e sua equipe por seu trabalho para levar um novo acordo de cessar-fogo até a linha de chegada”, escreveu o ex-inquilino da Casa Branca.

Somente no Brasil, o ódio político continua falando mais alto. A velha mídia insiste em se recusar a aceitar que o fim das hostilidades foi uma vitória de Trump. Ainda insistem que a Flotilha da Greta Thunberg ou as marchas de LGBTs com camiseta do Hamas foram determinantes. Cegueira por excesso de bile. O governo Lula, logorreico na produção de notas, se trincheirou atrás de um consternado silêncio. E birutas de aeroporto na ativa, como o novo chefe da comunicação digital do PT, Pedro Rousseff, sobrinho da expresidente Dilma, postam nas redes sociais que, na verdade, quem costurou o acordo foi Lula. Delírios que confirmam como a genética pode ser uma condenação. 


Pedro Rousseff - Quem ACABOU com a GUERRA em Gaza chama-se LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA! - Trump AJUDOU a financiar a GUERRA = Lula FEZ O ACORDO pela PAZ! “O Mundo precisa GASTAR dinheiro não com ARMAS. Sim com COMIDA para MATAR A FOME de MILHÕES de pessoas.” OBRIGADO, LULA!


Admirável mundo novo 

Diferentemente dos seus antecessores do Partido Democrata, Trump tem uma visão muito menos idealista e muito mais pragmática da política internacional. Traduzindo: vale a pena enviar tropas apenas se a segurança nacional dos Estados Unidos for ameaçada. Caso contrário, as potências locais que se resolvam. 

Na “Doutrina Trump”, intervenções militares ideológicas, como a da Líbia (2011), decidida por Barack Obama, ou do Kosovo (1998), determinada por Bill Clinton, não devem se repetir. Nem mesmo uma invasão como a do Iraque (2003), decretada pelo neocon George W. Bush — ala idealista do Partido Republicano — para “exportar a democracia”. Todas elas fracassos retumbantes em termos estratégicos. Desperdícios inúteis de vidas americanas, de recursos americanos e de capital diplomático americano. Sem retorno algum para os EUA. 

Trump optou pelo freio de arrumação. “América primeiro” foi o lema da campanha de 2016. “Fazer a América grande de novo” foi o da segunda. Concentrar-se no cenário interno, sanear o orçamento, voltar a crescer, retomar a liderança econômica, sem distrações inúteis. Fora das fronteiras americanas, o objetivo é um só: a paz. 

O que não significa entreguismo. Ao contrário. Quando for possível, negociando. Se necessário, usando a força. 

Em menos de um ano de mandato, Trump já conseguiu levar para a Casa Branca o presidente da Armênia e o ditador do Azerbaijão para assinar um acordo de paz, após mais de três décadas de hostilidades. Mediou o fim da guerra-relâmpago entre Índia e Paquistão que poderia escalar para nuclear. Pressionou um cessar-fogo entre Tailândia e Camboja após um conflito que matou pelo menos 45 pessoas. Resultados obtidos na base da persuasão.

Mas, no caso do conflito entre Israel e Irã, Trump não hesitou. Ordenou um bombardeio maciço das plantas nucleares dos aiatolás. Forçou Teerã a parar de atacar Israel. No caso dos rebeldes iemenitas Houthis, a Força Aérea e a Marinha dos EUA acabaram com suas instalações bélicas. Mesma coisa no caso do Hamas. Caso não tivesse aceitado o acordo, o presidente americano ameaçou desencadear “o inferno na Terra”. Os terroristas capitularam.


Uma estratégia muito parecida com a do presidente Theodore Roosevelt, que há cem anos baseou as relações externas dos EUA no lema “fale com suavidade, mas tenha na mão um grande porrete”.


Trump está seguindo essa linha diplomática. Paz através da força. Exatamente o oposto de seu predecessor. A fraqueza de Biden, evidente na catastrófica retirada do Afeganistão em 2021, incentivou os russos a invadirem a Ucrânia em 2022, o Hamas a atacar Israel em 2023, e quase levou a Venezuela a arrancar um pedaço da Guiana em 2024. 

Durante seu primeiro mandato, o republicano não teve nenhum receio em bombardear a Síria para demonstrar ao então ditador Bashar alAssad que não estava de brincadeira quando dizia que não poderia usar armas químicas. Ao mesmo tempo, mediou os Acordos de Abraão, que normalizaram as relações entre Israel e vários países árabes. Outro feito histórico, que estava prestes a se completar com o ingresso da Arábia Saudita, o país guardião dos lugares sagrados para o Islã. Algo que poderia ter estabilizado o Oriente Médio para sempre. Desfecho interrompido pelo ataque do Hamas, incentivado pelo Irã, arqui-inimigo dos sauditas.


Trump demonstrou força ao bombardear a Síria e consolidou avanços diplomáticos históricos com os Acordos de Abraão | Foto: Shutterstock 


Agora, com os acordos de Sharm El Sheikh, os sauditas se comprometeram a financiar a reconstrução de Gaza. Trump conseguiu levar de volta Riad na Terra Santa. Terão que cooperar com os israelenses. Vão se entender. 

Estilo durão, entregas sólidas 

Ao pensar em pacificadores, o nome de Trump pode não vir à mente imediatamente. Conhecido como um negociador agressivo, sem freios para enfrentar qualquer questão, há poucas semanas ninguém apostaria que ele poderia mudar o rumo de um Oriente Médio mergulhado no caos. 

Quando Trump enviou na região seu genro, Jared Kushner, empresário judeu que gere um fundo de investimento bilionário com capital árabe, e Steve Witkoff, amigo de longa data, empresário da construção civil de Nova York. A velha mídia os denegriu como “incompetentes”. Eles conseguiram onde outros falharam. 

Trump não apenas demonstrou disposição para descartar as estratégias do passado, mas também usou sua considerável influência como líder da superpotência mundial para pressionar um aliado e amigo como Israel a aceitar a paz. 

Próxima parada, Kiev 

Agora que o Oriente Médio está mais estável, o próximo objetivo de Trump é acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia. Já se encontrou várias vezes com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Recebeu Vladimir Putin no Alasca. Mas não hesitou em fornecer mísseis de longo alcance para a Ucrânia, nem em pressionar Kiev a fazer concessões aos russos. 

Os líderes das grandes potências só entendem uma língua, a da força. E só respeitam seus pares que demonstram vontade e capacidade de usá-la. Nas relações internacionais, fracos não negociam, apenas sucumbem. Trump sabe bem disso. E está deixando bem claro para o mundo que “America is Back”. A América voltou. Para botar ordem.


Trump busca encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia mostrando força e reafirmando ao mundo que “a América voltou” | Foto: 

Carlo Cauti - Revista Oeste

O triunfo de Trump na diplomacia do Oriente Médio

A paz não nasce da passividade, mas da ousadia de enfrentar o caos. Donald Trump sabe que diplomacia sem firmeza é apenas retórica







N o epicentro das discussões globais desta semana, líderes contemporâneos ecoam os estadistas que conquistaram a paz por meio da resolução inabalável. Donald Trump rompeu com a diplomacia convencional, redefinindo a política internacional através da iniciativa, não da inércia. Sob sua condução, o que parecia um conflito intratável no Oriente Médio começa a se transformar em um caminho viável para a conciliação. 

A primeira etapa do plano de paz para Gaza, anunciada em 8 de outubro, transcende um simples armistício; é um divisor de águas que restaura a influência americana como pilar essencial na região, com Catar, Egito e Turquia emergindo como peças-chave em um delicado equilíbrio. O Ocidente, antes fragmentado por hesitações, agora percebe o valor do retorno de Trump ao cenário geopolítico – uma volta redefinida por resultados tangíveis, não por concessões. 

A diplomacia tradicional, com suas reuniões intermináveis em escritórios em Genebra e Nova York, naufragava repetidamente. Acordos de cessar-fogo ruíram sob acusações mútuas e inflexibilidade. Contudo, Trump, com sua abordagem direta, converteu o deadlock em avanço. Seu plano de 20 pontos, apresentado em 29 de setembro ao lado de Benjamin Netanyahu, não foi uma quimera idealista, mas um roteiro prático, fundamentado na ideia de que a paz só prospera quando a guerra se torna insustentável para todos. 


O presidente Donald Trump, durante encontro no parlamento israelense | Foto: Reprodução/Casa Branca


O que destaca esse êxito inicial é o papel decisivo de Catar, Egito e Turquia – nações antes criticadas por suas relações ambíguas com o Hamas. E Trump não os tratou como coadjuvantes. O presidente americano os posicionou como protagonistas, obrigando-os a assumir responsabilidades. 

O Catar, que por anos financiou o grupo, enfrentou pressão direta após um ataque israelense frustrado contra líderes do Hamas em Doha. Trump exigiu que o emir Tamim bin Hamad Al Thani rompesse laços com o Hamas caso não cooperasse, transformando um aliado dúbio em um parceiro indispensável. 

O Egito, liderado por Abdel Fattah el-Sisi, assumiu a logística: sua inteligência coordenou as negociações em Sharm el-Sheikh, garantindo que Rafah se tornasse um canal de suprimentos e um símbolo de compromisso regional. 

A Turquia, sob Recep Tayyip Erdogan, frequentemente acusada de posturas anti-Israel, contribuiu com sua inteligência, pressionando o Hamas a redefinir sua “resistência” como colaboração temporária.

Essa coalizão de mediadores reforça uma verdade universal: Catar, Egito e Turquia, com habilidade diplomática, provam que a paz exige que os conflitos não superem a determinação de resolvê-los. Não foi a neutralidade que os alinhou a Trump; foi a constatação de que o vácuo deixado pela indecisão ocidental – marcada por divisões europeias e hesitações de Joe Biden – poderia ser preenchido por uma América assertiva. 

A semana de Trump foi o desfecho de uma vitória diplomática que evoca os Acordos de Abraão de 2020 em seu primeiro mandato, que normalizaram laços entre Israel e nações árabes.


O presidente dos EUA, Donald Trump, posa ao lado da placa sobre o fim da guerra entre Israel e o Hamas, em Sharm el-Sheikh, Egito, em 13 de outubro de 2025 | Foto: Reuters/Suzanne Plunkett/Poo

Líderes globais reagiram em peso: o chanceler alemão Friedrich Merz chamou os avanços de “promissores”, oferecendo “esperança renovada para reféns, o povo de Gaza e a região”. Keir Starmer, do Reino Unido, comprometeu-se com o “apoio total à implementação”. Até António Guterres, da inútil ONU, saudou o “progresso urgentemente necessário”, reconhecendo os esforços dos EUA, do Catar, do Egito e da Turquia. Nações muçulmanas, como Indonésia,

Paquistão e Jordânia, apoiaram o plano, com o premiê paquistanês Shehbaz Sharif declarando: “A paz foi alcançada graças à determinação incansável de Trump, um verdadeiro arquiteto da conciliação”. 

Por trás do sucesso, há lições de pragmatismo que Trump domina. A Midnight Hammer Operation (“Operação Martelo da Meia-noite”), que em junho desmantelou o programa nuclear iraniano – principal financiador do Hamas – e enfraqueceu o eixo Teerã-Bagdá, foi uma delas. Mas o êxito do plano de paz de Donald Trump no Oriente Médio não é apenas um marco regional, mas um divisor de águas na política global. 

Ao alinhar nações árabes com os Estados Unidos, Trump consolidou uma coalizão robusta contra o terrorismo, ampliando exponencialmente sua influência internacional. Esse acordo, que une Israel, Hamas e mediadores como Catar, Egito e Turquia, reposiciona os EUA como o eixo central de uma ordem mundial renovada. 


Mas o êxito do plano de paz de Donald Trump no Oriente Médio não é apenas um marco regional, mas um divisor de águas na política global. Ao alinhar nações árabes com os Estados Unidos, Trump consolidou uma coalizão robusta contra o terrorismo, ampliando exponencialmente sua influência internacional. Esse acordo, que une Israel, Hamas e mediadores como Catar, Egito e Turquia, reposiciona os EUA como o eixo central de uma ordem mundial renovada. 


E a relevância desse sucesso vai além de Gaza. A China, dependente do petróleo do Oriente Médio apesar de sua parceria temporária com a Rússia, e o Irã, que não pode se dar ao luxo de antagonizar nações árabes, enfrentam agora um Ocidente unificado. Trump capitaliza essa vantagem para pressionar Pequim, sinalizando que Otan, União Europeia e agora o Oriente Médio convergem sob a liderança americana. A mensagem é clara: a China deve abandonar posturas conflituosas e se alinhar a uma agenda de paz e prosperidade global. 

Esse movimento foi preparado com antecedência, com gestos diplomáticos ainda em maio, incluindo negociações em Pequim. Com a economia chinesa em declínio, Xi Jinping enfrenta incentivos para cooperar. Um ponto crucial seria a ruptura do apoio chinês a Vladimir Putin, permitindo que a Opep substitua o petróleo russo e facilite o fim da guerra na Ucrânia. 


Os presidentes Donald Trump (EUA) e Xi Jinping (China) | Foto: Reprodução/White House 

Geopoliticamente, o plano de paz de Trump cria um efeito dominó que fortalece a hegemonia americana enquanto enfraquece eixos rivais. No Oriente Médio, o acordo não só neutraliza o Hamas e isola o Irã – principal financiador de grupos terroristas – mas também integra nações árabes a uma coalizão pró-EUA, garantindo fluxo de petróleo via Opep e rotas comerciais seguras, como o Canal de Suez. 

Essa estabilidade regional é crucial para a China, que importa 70% de seu petróleo do Golfo e depende da Iniciativa Belt and Road para expandir influência – projetos agora vulneráveis a pressões americanas, pois nações como Egito e Turquia priorizam alianças com Washington. 

Mais amplamente, essa diplomacia trumpiana revitaliza o Ocidente: a União Europeia, dividida por hesitações energéticas, ganha confiança com um Oriente Médio estável, reduzindo a dependência do gás russo; a Otan se fortalece com foco renovado na Ásia-Pacífico. 

Para a Rússia, o acordo expõe vulnerabilidades, forçando Putin a negociar ou enfrentar isolamento total. No final, o plano de Trump não é mero cessar-fogo; é uma jogada mestra que redefine o mundo multipolar, priorizando a liderança americana sobre o multilateralismo hesitante. Se bem-sucedido, poderia encerrar a era de ascensão chinesa desimpedida, pavimentando uma “pax americana” renovada. 

A interconexão entre o acordo no Oriente Médio, as negociações com a China e a resolução de conflitos globais evidencia a estratégia de Trump: um plano que não apenas silencia bombardeios em Gaza, mas redesenha o tabuleiro geopolítico, com os Estados Unidos no comando. 


O presidente Donald Trump se encontra com famílias de reféns e ouve suas histórias em Jerusalém; Brasil ausente, segundo senadora | Foto: Reprodução/Twitter/X


Haverá dificuldades na fase 2 da desmilitarização do Hamas, que inclui destruir túneis e oferecer anistia a membros exilados. A paz, no entanto, não nasce da passividade, mas da ousadia de enfrentar o caos. Trump sabe que diplomacia sem firmeza é apenas retórica. Seu plano reconhece as realidades: o Hamas deve ceder o controle a uma Autoridade Palestina reformada, com supervisão global para evitar retrocessos. 

A reconstrução de Gaza, custando bilhões, será financiada via bancos americanos e padrões SWIFT, neutralizando influências chinesas. O Canal de Suez e o Estreito de Bósforo, sob Egito e Turquia, permanecem alinhados ao dólar, reforçando a liderança econômica dos EUA. Esse acordo não é o desfecho, mas o prefácio de uma era em que a América lidera sem hesitação. Trump, o negociador que ergueu impérios antes de governar, prova que a Art of the Deal (“A arte da negociação”) também molda nações. 

Ana Paula Henkel - Revista Oeste

Correios lideram as perdas; Executivo diz que déficit primário não reflete situação real das empresas


Gestão Lula tenta tapar rombo nos Correios com um empréstimo de R$ 20 bilhões | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil 


Doze das 44 estatais controladas diretamente pelo governo Lula fecharam 2024 no vermelho, de acordo com dados do Ministério da Gestão e Inovação (MGI). Os Correios aparecem no topo da lista, com prejuízo de R$ 2,6 bilhões, em meio a uma crise financeira que levou a estatal a propor um plano de reestruturação e a solicitar um empréstimo de R$ 20 bilhões.

Logo atrás está a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que opera sistemas ferroviários e registrou resultado negativo de R$ 1,1 bilhão. Em seguida vêm os rombos na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) (-R$ 375 milhões), na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) (-R$ 229 milhões) e na Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (-R$ 132 milhões). 

Um gráfico divulgado pela CNN Brasil, feito com base nos dados do Banco Central, mostra que logo depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumir o governo, as estatais voltaram a apresentar prejuízo. No último ano de Michel Temer (2018) e nos quatro anos de Jair Bolsonaro (2019 a 2022), as empresas públicas eram lucrativas 


Gráfico produzido pela CNN com base em dados do Banco Central relativo a 12 meses, de setembro a agosto | Foto: Reprodução/CNN Brasil 


Como os Correios chegaram ao topo da lista 

O presidente da empresados Correios, Emmanoel Rondon, admitiu que a estatal perdeu espaço no mercado. Ele atribuiu o cenário ao avanço da concorrência e à demora da companhia em se adaptar. Segundo ele, apenas companhias que modernizarem seus processos e ganharem eficiência terão condições de voltar ao lucro.

A secretária de Coordenação e Governança das Estatais do MGI, Elisa Leonel, afirmou que a situação da empresa exige acompanhamento próximo do governo. Ao site g1, ela destacou que os Correios deixaram de investir e perderam contratos durante o período em que integraram o Plano Nacional de Desestatização, o que afetou diretamente a receita da companhia.

Em 2023, Lula cancelou a privatização dos Correios. 

A medida havia sido proposta pelo governo Bolsonaro, que defendia que a estatal não tinha “condições financeiras de melhorar a qualidade dos serviços”. De acordo com Elisa, o foco agora é diversificar as atividades. “A gente tem que criar receitas alternativas, negócios que tragam receitas”, afirmou. “E esse é o projeto que a gente está discutindo.” 

As cinco estatais com maiores prejuízos em 2024 

1. Correios — prejuízo de R$ 2,6 bilhões; 

2. CBTU — prejuízo de R$ 1,1 bilhão; 

3. Embrapa — prejuízo de R$ 375 milhões; 

4. Infraero — prejuízo de R$ 229 milhões; e 

5. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares — prejuízo de R$ 132 milhões.  


Revista Oeste

Prejuízo nas estatais é tradição petista, diz Tarcísio de Freitas

 Governador comentou déficit de R$ 9 bilhões nas empresas públicas sob a gestão Lula


O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes - Foto: Divulgação/Agênci


O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticou, nesta quinta-feira, 16, o desempenho das estatais federais sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em publicação no X, Tarcísio afirmou que “as estatais sempre dão prejuízo nos governos do PT”. Acrescentou que o atual governo federal demonstra “desconhecimento detalhado do assunto no que diz respeito à gestão pública”.


Tarcísio Gomes de Freitas - Precisa comentar alguma coisa? O gráfico fala por si. As estatais sempre dão prejuízo nos governos do PT. Eles têm o que eu chamo de desconhecimento detalhado do assunto no que diz respeito à gestão pública. E sabe quem paga a conta? Você, eu e todos os brasileiros. Aqui em São Mostrar mais


“Precisa comentar alguma coisa? O gráfico fala por si. As estatais sempre dão prejuízo nos governos do PT. […] Sabe quem paga a conta?”, indagou o governador paulista. “Você, eu e todos os brasileiros. Aqui em São Paulo a gente privatizou estatais, ajustou as contas e tem responsabilidade com o dinheiro dos paulistas. São Paulo está na direção certa!”


Tarcísio mostra gráfico que aponta crescente endividamento O comentário de Tarcísio foi uma reação a alguns dados que a emissora CNN Brasil apresentou no programa Prime Time desta quarta-feira, 15. O conteúdo baseia-se em números do Banco Central. Eles mostram que as empresas públicas, sob o controle do atual governo federal, acumulam um déficit de quase R$ 9 bilhões nos 12 meses encerrados em agosto deste ano. 

Durante o programa, a analista Thaís Herédia destacou que o prejuízo mais do que dobrou em relação ao mesmo período de 2024, marcando uma reversão de tendência. As estatais passaram do superávit, no período dos governos Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), para o vermelho logo no primeiro ano do governo Lula. Com o resultado negativo, disse a comentarista, o governo precisa destinar mais recursos para manter o funcionamento dessas empresas. 

A análise reforçou o contraste entre fases de superávit e déficit das estatais ao longo dos diferentes governos, cenário que motivou a reação do governador paulista nas redes sociais e, em duas horas, mobilizou quase 300 comentários de apoio a sua fala e críticas ao governo petista.

Fábio Bouéri - Revista Oeste

Uma semana depois, Lula ainda passa vergonha ignorando Nobel da Paz de Maria Corina

 


 Foto: Valter Campanato / Agência Brasil



Seis dias depois de anunciado o Nobel da Paz, Lula (PT) passa vergonha internacional ignorando a ganhadora Maria Corina Machado, reconhecida por sua luta corajosa pela democracia e contra o tirano que se mantém no poder na Venezuela à base de corrupção, fraudes e alegada ligação ao narcotráfico. Governos saúdam do Nobel da Paz para estarem ao lado dos bons, mas Lula prefere desrespeitar Corina, a quem já sugeriu “parar de chorar”, e bajular o amigo ditador Nicolás Maduro.

Passador de pano

Lula tem passado pano para regimes autoritários, como a Rússia de Putin e ditaduras como a do Irã dos aiatolás, Cuba e Coreia do Norte.

Misoginia ideológica

Lula tampouco felicitou Narges Mohammadi, Nobel da Paz de 2023, uma defensora de direitos humanos e de mulheres vítimas de violência do Irã.

Brasil envergonhado

O regime iraniano tem tanto medo de Narges Mohammadi que a prendeu no dia do anúncio do seu Nobel. O mundo inteiro protestou, exceto Lula.

Silêncio dos covardes

Lula também deve silenciar, caso o amigo Maduro prenda, torture, talvez mate Maria Corina, que vive escondida para se proteger de sua caçada.

Diário do Poder