Com O Globo e La Nácion/GDA
“Quero me curar. Paz. Saúde”, dizia um cartaz levado por Oliver a um protesto em Caracas, ao lado do desenho de uma seringa e de um pacote de remédio com linhas infantis. A imagem vem sendo compartilhada entre os venezuelanos como um novo símbolo do drama vivido pelo país.
No entanto, ele não sobreviveu a uma meningite causada por uma bactéria hospitalar. Em entrevista ao “El Nacional”, sua mãe, Mitzaida Berroterán, relatou que a família teve que procurar uma vaga em uma unidade de terapia intensiva em diferentes hospitais. Oliver acabou internado em uma clínica privada, onde acabou em coma por dez dias antes de falecer.
Na clínica, a escassez de remédios também prejudicou o tratamento de Oliver, segundo o seu pai. A família teve que comprar remédios básicos para conter as convulsões e infecções, com a ajuda de doações nas redes sociais. A falta de remédios é um problema que chega a 85% dos suprimentos na região de Caracas.
— Foram dez dias muito difíceis, cheios de dor. É difícil ocultar o que está acontecendo na Venezula. Foi trágico conseguir um posto na UTI porque muitas crianças também estão sofrendo — disse Alexis Sánchez, pai de Oliver, ao “La Nación”. — Muita gente nos ajudou. Somos uma família muito humilde, não nos deixaram sozinhos.