sexta-feira, 27 de maio de 2016

Escassez de produtos básicos supera 82% na Venezuela de Maduro, comparsa da dupla corrupta Lula-Dilma


Funcionários de setor de distribuição entregam garrafas de Coca-Cola Light: bebidas açucaradas estão em falta no país por escassez de matéria-prima - RONALDO SCHEMIDT / AFP


Com O Globo e agências internacionais


De acordo com a Datanálisis, a inflação deve fechar em 450% para o ano de 2016


CARACAS - A escassez de produtos básicos na Venezuela já supera 82%, revelou nesta sexta-feira um levantamento do instituto independente de pesquisas Datanálisis. De acordo com seu presidente, Luis Vicente León, a coleta de dados em abril revelou que Caracas é a cidade em situação “menos pior”, mas ainda dramática.

— Há um nível médio de escassez em Caracas em 2016 que margeia os 82,8%. E ela é a cidade mais abastecida do país — disse León, que relatou uma disparada na estatística. — O processo de deterioração foi exponencial nos últimos dois meses. Estamos vendo a piora dos índices de uma maneira realmente impressionante.
De acordo com a Datanálisis, a inflação deve fechar em 450% o ano e a queda real do poder aquisitivo dos consumidores será de ao menos 40 pontos percentuais em relação a 2015. Os últimos levantamentos indicaram que, em dezembro de 2015, a alta nos preços chegou a 181%.
Para os entrevistados no levantamento, que tem 3,46% de margem de erro, 86% acreditam que a culpa é do presidente Nicolás Maduro e de seu governo. Dos consultados, 71,8% acreditam ser falso a declaração de “guerra econômica” utilizada por Maduro para justificar supostos esforços de produtores e empresários contra a economia do país.
Atualmente, cerca de 70% das pessoas que formam as enormes filas nos mercados venezuelanos diariamente são "fileiros profissionais", segundo uma pesquisa da Datanálisis — no último ano, um quarto da população incorporou esta prática. O governo chavista considera que isto é uma das razões da escassez de produtos básicos e o pilar da suposta “guerra econômica”.
O salário mínimo de um venezuelano é de 15.051 bolívares, mais um bônus de alimentação de 18.585. No país, há duas taxas de câmbio oficiais e o mercado negro, considerado a cotação real da moeda, no qual US$ 1 equivale a 1.050 bolívares. Com constantes aumentos nos preços de produtos básicos, o acesso tem sido cada vez mais limitado.


A fila nossa de cada dia. Pessoas se amontoam na entrada de uma farmácia para tentar comprar dois produtos regulados: papel higiênico e fraldas. Muitos delas vão revendê-los - CARLOS GARCIA RAWLINS / REUTERS