Coube ao senador Flávio Bolsonaro, também filiado ao Partido Liberal (PL) nesta terça-feira, 30, fazer o discurso mais duro e direcionado a dois dos adversários do presidente Jair Bolsonaro na disputa eleitoral de 2022 — Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Sergio Moro (Podemos).
Sem citar o nome do ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio falou diversas vezes que “a política pode até perdoar a traição, mas não perdoa o traidor”.
“Traidor é aquele que humilha uma mulher, que expõe publicamente uma pessoa pensando no poder porque o convidou para ser seu padrinho de casamento. E a decepção vem na proporção inversa à admiração que as pessoas tinham por essa pessoa”, disse o senador, referindo-se ao episódio envolvendo a desavença pública entre Moro e a deputada Carla Zambelli (PSL-SL) — de quem o ex-juiz foi padrinho de casamento.
“Traidor é aquele que, por ação ou omissão, interfere na Polícia Federal. Em um governo conservador, havia uma orientação superior para que se dificultasse a aquisição de armas de fogo para as pessoas exercerem o direito à legítima defesa”, continuou Flávio. “Traidor é aquele que tenta colocar no governo pessoas que defendem o aborto.”
Arrancando aplausos da plateia que lotava o auditório, Flávio Bolsonaro arrematou: “Traidor é aquele que não tomou as devidas providências para descobrir quem mandou matar Bolsonaro”.
Lula
Sobre Lula, também sem citar o nome do petista, o senador recém-filiado ao PL colocou em dúvida as pesquisas de intenção de voto que apontam o ex-presidente na liderança.
“As pesquisas ainda querem nos fazer crer que um ex-presidiário, preso por roubar o povo brasileiro, está na frente de Bolsonaro mesmo com o trabalho excepcional que o governo vem fazendo nos últimos anos”, ironizou.
Fábio Matos e Afonso Marangoni, Revista Oeste