quarta-feira, 4 de julho de 2018

TRF2 tira Bretas de processo da Lava Jato contra empresário

Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) decidiu retirar o juiz federal Marcelo Bretas de uma investigação contra o empresário Arthur Pinheiro Machado, parte da Operação Rizoma, derivada da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Os desembargadores do TRF2 entenderam que não há relação entre os fatos que pesam contra Machado e as ações iniciais da investigação da força-tarefa no estado, que partiram da Operação Saqueador e são dirigidas por Bretas.
Para o advogado Daniel Bialski, que defende Machado, “a corte felizmente reconheceu a ilegalidade da prevenção e do juízo de exceção”. Ele também disse ter a expectativa de que “o processo tenha seu andamento regular, um juiz imparcial, preservando-se o Direito de defesa e permitindo o exercício do contraditório”.
Alvo da Operação Rizoma, Arthur Machado, fundador do grupo America’s Trading Group (ATG), é suspeito de intermediar o pagamento de 20 milhões de reais em propinas envolvendo fundos de pensão dos Correios (Postalis) e do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpros). No momento da deflagração da prisão, o Ministério Público Federal (MPF) afirmou que Machado utilizou “série de sofisticados esquemas de lavagem de dinheiro” com o auxílio de doleiros ligados ao ex-governador Sérgio Cabral (MDB).
Em maio, Machado foi colocado em liberdade por uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Arthur Machado sempre pautou sua vida pessoal e profissional pela honestidade e correção, nega veementemente ter cometido qualquer ilícito e provará sua inocência no processo, já que tem inúmeros documentos à secundar a impropriedade das acusações”, diz a defesa, em nota.

Guilherme Venaglia, Veja