O pedido do governo para que a Petrobras forneça gás natural para termelétricas que estão desligadas – a fim de aumentar a geração de energia térmica para poupar os reservatórios das hidrelétricas – é apenas uma das alternativas do governo para aumentar a segurança energética do País, informou o secretário executivo de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix.
Em meio a uma das maiores secas da história do Brasil, Félix diz que existem outras alternativas para abastecer o mercado de energia elétrica e se a estatal não conseguir atender ao pleito “não é o fim do mundo, existem coisas paralelas”, afirmou.
“A Petrobras tem que ver as questões comerciais dela, está avaliando”, limitou-se a dizer o secretário sobre o fornecimento de gás pela estatal.
Na quinta-feira, 5, a estatal informou que poderá fornecer o gás se não houver prejuízo para a companhia, concessão de subsídios ou impedimento jurídico.
Félix lembrou que o Brasil já está importando energia de países vizinhos, como Argentina e Uruguai. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prepara também uma campanha para economia de energia pelo consumidor.
Os reservatórios das hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste estão operando com apenas 23,1% do seu nível, enquanto os do Nordeste já estão reduzidos a 8,8%. A situação das hidrelétricas do Sul é a mais confortável, com 35,4%, enquanto o Norte opera com 29,9%. As usinas hidrelétricas na quinta-feira foram responsáveis por 63% da energia elétricas gerada no País (há um ano totalizava 72%), seguida das usinas térmicas, com 34,49%. As usinas eólicas geraram 11,74% do total e a geração solar ainda engatinha com 0,28%.