quarta-feira, 18 de maio de 2016

À CVM americana, Petrobras admite chance de novas falhas em controles internos

Vera Magalhães - Radar - Veja
Com Natalia Viri



Petrobras: Estamos trabalhando para melhor atendê-los
Petrobras: Estamos trabalhando para melhor atendê-los
Dois anos após o estouro da operação Lava-Jato, a Petrobras ainda vê deficiências nos seus controles internos – mecanismos que, na prática, garantem que o balanço reflete de fato o que acontece dentro da empresa.
“Dadas as fraquezas materiais encontradas, nossa diretoria concluir que os controles internos sobre as demonstrações financeiras não eram efetivos em 31 de dezembro de 2015”, disse a empresa no formulário 20-F, que é arquivado na SEC, a Comissão de Valores Mobiliários americana.
Além dos erros já encontrados em 2014 – quando a companhia contabilizou uma perda de 3% em todos os contratos firmados entre 2002 e 2012, num total de 50 bilhões de reais, por conta de corrupção –, a Petrobras admite que, no ano passado, identificou que despesas que pode ter que incorrer com processos legais ou passivos atuariais estavam subavaliadas.

A empresa diz que está reforçando os controles, mas admite que, por enquanto, não pode garantir que não haja novas surpresas no futuro.