Júnia Gama e Simone Iglesias - O Globo
Uma das grandes dificuldades que o vice-presidente Michel Temer enfrentará se governar o país será acomodar os peemedebistas na Esplanada, uma vez que o número de ministérios deve ser reduzido. Com o enxugamento das 31 pastas para cerca de 20, há mais candidatos do que vagas.
— Houve uma superposição de promessas. Um mesmo ministério foi prometido para duas ou mais pessoas. Só quero ver como isso vai ser resolvido — disse um peemedebista que participou das negociações.
O problema é que além dos correligionários de Temer, há dezenas de partidos aguardando por indicações, e é certo que os partidos que desembarcaram do governo Dilma para apoiar seu impeachment terão espaço.
Já se admite, na cúpula do PMDB, que não será possível compor os ministérios apenas com nomes de “notáveis”:
— A ideia é ter cinco nomes que serão a vitrine do governo Temer — afirmou um peemedebista próximo ao vice-presidente.