O Senado americano absolveu neste sábado, 13, o ex-presidente Donald Trump no processo de impeachment. A decisão evita que Trump seja impedido de concorrer novamente a eleições presidenciais, algo que poderia ser estabelecido no caso de condenação, e abre caminho para uma nova candidatura à Casa Branca, em 2024.
Os democratas tentaram melar o governo Trump desde o primeiro dia de gestão, em 2017. Essa foi a segunda tentativa de impeachment contra o presidente em quatro anos. Mesmo sabendo que seria praticamente impossível derrubá-lo, Barack Obama e seus aliados buscaram afastar o republicano da Casa Branca.
Por trás de tudo, a insistência em desgastar Trump. Até o surgimento do vírus chinês, ninguém apostava que ele perderia a reeleição. Ainda assim, as fraudes que contaminaram o resultado das eleições chamaram mais a atenção do que a vitória de Joe Biden.
Segundo a acusação dos democratas, que venceram as eleições de 2020 sob fortes suspeitas de fraude, Trump teria insulflado apoiadores a invadir o Capitólio.
Há fortes indícios de que, entre os invasores, estavam baderneiros ligados aos democratas, como 'Antifas' e 'Black Lives Matter', que, a pretexto de contestar o racismo, incendiaram e seguem incendiando cidades dos Estados Unidos, inclusive Washington. O mais grave é que a violência desses movimentos a soldo do Partido Democrata continuam, em face da impunidade e da conivência da velha imprensa.
Neste sábado, Trump foi inocentado por 57 votos a 43. Eram necessários 67 votos dos 100 senadores para condená-lo e, em seguida, decidir sobre a desqualificação do republicano para concorrer a cargos federais.
Como no ano passado, a absolvição deste sábado era esperada. A Câmara aprovou o impeachment em votação rápida, uma semana após a invasão do Capitólio, no dia 13 de janeiro. No ataque, cinco pessoas morreram.
Trump questiona o resultado da eleição presidencial da qual Biden saiu vitorioso, em novembro. No dia do ataque ao Capitólio, o então presidente fez um discurso em Washington, no qual pediu que eles lutassem para defender o "orgulho do país".
O julgamento de Trump no Senado durou quatro dias. Uma pesquisa feita pelo site Vox, em parceria com o centro Data for Progress, entre 8 e 11 de janeiro, apontou que 72% dos eleitores republicanos questionam os resultados da eleição presidencial e 74% dizem que as alegações de fraude contribuem para essa avaliação.
Deputados democratas fizeram apresentação com apelo emocional e exibiram vídeos que mesclaram trechos do discurso de Trump no dia da invasão, cenas do ataque ao Capitólio e imagens inéditas do circuito de segurança do Congresso para criar a linha do tempo dos acontecimentos.
Já a defesa de Trump argumentou que o impeachment de um presidente fora do cargo é inconstitucional, que o discurso do presidente no dia do ataque é parte de um discurso político tradicional, protegido pelo direito constitucional de liberdade de expressão. Os advogados argumentaram que Trump não pode ser responsabilizado pelo ataque e afirmaram que ele é vítima de uma "caça às bruxas".
Neste sábado, em um movimento inesperado, os democratas chegaram a pedir a convocação de testemunhas, o que atrasaria a conclusão do julgamento. Mas, no início da tarde, eles voltaram atrás.
Democratas também desistiram de insistir com a tentativa do impeachment, porque queriam liberar a agenda do Congresso para negociar o pacote de socorro econômico proposto por Biden para aliviar as consequências da pandemia do vírus chinês.
A base eleitoral do Partido Republicano cada vez mais tem dado respaldo ao discurso de Trump. O ex-presidente é, de longe, a maior liderança dos republicanos. E deve se candidatar à Casa Branca em 2024. Era isso que os democratas queriam evitar, com o impeachment.
Com informações de agências

