quinta-feira, 25 de junho de 2020

Com medo da Polícia Federal, governadores agora pedem coordenação federal para compra de remédios contra o vírus chinês. E o STF, mãe do Covidão, o que diz?

Governadores reclamam da dificuldade de conseguir o “kit covid” e também profissionais intensivistas para trabalharem nas UTIs
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O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, reclamou da dificuldade de comprar o “kit covid” | Foto: Senado Federal/Wikimedia Commons
O Fórum Nacional de Governadores deve pedir ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello que o governo federal coordene ação para a compra de remédios de covid-19.
A ideia é que o ministério faça a intermediação da compra de medicamentos e insumos conforme necessidade das unidades de terapia intensiva (UTIs).
A informação foi dada pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, durante reunião da Comissão Mista do Congresso que acompanha as ações federais no enfrentamento à covid-19.
Segundo Casagrande, a demanda pelos medicamentos é muito grande no mundo todo, e os Estados estão com dificuldade para adquiri-los.
“A coordenação do governo federal na compra desses medicamentos é fundamental, e o Congresso pode nos ajudar nesse trabalho”, acredita o governador. “O governo federal liberou um bom orçamento para o Ministério da Saúde executar agora, e perto de 40% desses recursos já foram usados. Então, que a gente possa ter a colaboração do governo federal nos leitos que nós estamos abrindo, também é fundamental”, ressaltou Casagrande.

Preços nas alturas

O encontro teve a participação de mais dois governadores representantes de consórcios regionais, faltando apenas Rui Costa, que representa o Nordeste.
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, que representou o consórcio Brasil Central, também destacou a dificuldade na compra de medicamentos.
Mendes disse que está sendo “uma verdadeira loucura” encontrar o chamado “kit covid”, que contém medicamentos como azitromicina, ivermectina, paracetamol, dipirona e cloroquina.
“Os preços dispararam, e os gestores estão com medo de comparar e dali a pouco ver a Polícia Federal batendo na porta. Aí, não compram”, alertou o mato-grossense.
Segundo o governador de Mato Grosso, faltam remédios ainda porque o Ministério Público tem aberto muitas investigações por suspeita de superfaturamento, sempre que, pela emergência, uma compra é feita com preços 20% a 30% mais caros.
“É uma realidade dura. Faltam medicamentos, preços explodiram, e os gestores estão com medo de comprar e depois ter que responder eternamente por ações improbidade”, afirmou.
O governador disse ainda que essas investigações alimentam a desconfiança de boa parte população e criam “um ambiente muito hostil”.

Falta de mão de obra

A falta de mão de obra foi o segundo grande problema apontado na região por Mauro Mendes.
“Não temos médicos para todas as UTIs que estamos tentando abrir e que conseguimos abrir; não temos os profissionais qualificados – e alguns profissionais abandonam os postos de trabalho – isso tem sido relatado frequentemente pela imprensa em alguns lugares. Os profissionais se contaminam, têm que se afastar dos postos de trabalho como qualquer outro profissional. Então, é uma realidade muito difícil.”
Como representante do consórcio que reúne estados amazônicos, Mendes também manifestou preocupação com a população indígena
“Os governadores, com certeza, nas nossas regiões, vão colaborar, mas temos que ter uma atenção especial para evitar que isso se transforme em outra crise de imagem internacional do nosso país, além de tantas que já tivemos e podemos ter, principalmente nessa área ambiental”, alertou.
Waldez Góes, governador do Amapá, assim como os demais governadores, elogiou as medidas econômicas e sociais aprovadas pelo Congresso para mitigar os efeitos da pandemia da covid-19.
Porém, pediu que deputados e senadores permaneçam atentos para a necessidade de prorrogação de algumas das iniciativas.
Ainda segundo o governador do Amapá, o Congresso precisa, junto com o governo federal, garantir recursos para reduzir os impactos no setor produtivo e na vida dos brasileiros.
“As medidas que o Congresso Nacional adotou foram providenciais nas contas públicas, no enfrentamento à covid-19. Fiquem atentos para essa necessidade de prorrogação: nenhum outro ente pode emitir e colocar dinheiro novo no Brasil que não seja o governo federal, através, logicamente, do apoio do Congresso Nacional”, pediu.

, Revista Oeste

Em tempo: A roubalheira ostensiva cometida por governadores e prefeitos deve ser debitada na conta das excelências do STF. Elas repassaram a estados e municípios o poder para ir às compras. Sem licitação. Quer dizer, entregaram a senha das falcatruas.

Lembrar que João Doria chegou ao acinte de conclamar outros colegas corruptos a não seguirem orientações do governo federal.

Se a imprensa fosse séria, estaria cobrando de Toffoli e sua turma... Mas, Veja, Folha, Globo. Estadão... estão se lixando para a corrupção. Querem participar do jogo... Com o retorno da 'bolsa imprensa'.