quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Sob o 'cartel lula-stf-globolixo', dívida pública ultrapassa R$ 8,2 trilhões em outubro

O valor está dentro do intervalo previsto pelo governo, que estipula um teto entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões para o ano


O percentual de vencimentos da dívida nos próximos 12 meses ficou em 17,75%, ligeira queda ante os 18,63% verificados em setembro | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil 


O volume da Dívida Pública Federal passou de R$ 8,122 trilhões em setembro para R$ 8,253 trilhões, registrando avanço de 1,62%. Esses valores permanecem ajustados ao intervalo previsto pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), que estipula um teto entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões para o ano.

No detalhamento do Tesouro Nacional, a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna atingiu R$ 7,948 trilhões, alta de 1,64% no período. Já a Dívida Federal Externa alcançou R$ 305,06 bilhões, com crescimento mensal de 1,17%. 

Em outubro, as emissões somaram R$ 162,75 bilhões, enquanto os resgates ficaram em R$ 121,37 bilhões, resultando em emissão líquida de R$ 41,38 bilhões.

Dentro desse saldo, a emissão líquida da dívida interna correspondeu a R$ 42,73 bilhões, e o resgate líquido da dívida externa foi de R$ 1,36 bilhão. 

O porcentual de vencimentos nos próximos 12 meses ficou em 17,75%, ligeira queda ante os 18,63% verificados em setembro.


Composição e prazos da dívida 

O prazo médio ficou em 4,14 anos, levemente inferior aos 4,16 anos do mês anterior. Pela metodologia internacional “Average Term to Maturity”, o prazo de vencimento recuou de 5,96 para 5,95 anos em outubro.

Papéis pós-fixados representaram 48,19% da dívida, acima dos 47,47% de setembro, e devem se manter entre 48% e 52% em 2025, segundo o PAF. 

Títulos prefixados formaram 21,44% do total, enquanto os ligados a índices de preços foram 26,68% e os atrelados ao câmbio, 3,68%.

Para o próximo ano, a previsão oficial é que os prefixados representem de 19% a 23% da dívida; os indexados a preços, de 24% a 28%; e os vinculados ao câmbio, de 3% a 7%. 

O público estrangeiro aumentou sua participação na dívida interna, passando de 10,19% em setembro para 10,46% em outubro, o que equivale a R$ 831,37 bilhões.





Perfil dos investidores e custos da dívida 

Entre os investidores, fundos de investimento responderam por 21,21% da dívida interna em outubro, instituições de previdência  ficaram com 22,97% e as financeiras, com 32,21%. O setor público deteve 2,88% e as seguradoras, 3,60%. 

O custo médio da dívida pública no acumulado em 12 meses encerrou outubro em 11,90%, ante 12% no mês anterior.

Para a dívida interna, o custo médio foi de 12,45%. No caso das emissões públicas, o custo acumulado em 12 meses chegou a 13,82% ao ano, levemente superior ao de setembro.

Na análise dos títulos, as Letras do Tesouro Nacional tiveram custo médio de 14,09% em outubro. As Notas do Tesouro Nacional Série F atingiram 14,29%. 

As NTN-B ficaram em 11,56% e as LFTs atingiram 14,63%. 

Colchão de liquidez garante pagamentos futuros 

O colchão de liquidez da dívida pública, destinado a cobrir vencimentos futuros, fechou outubro em R$ 1,047 trilhão, acima do R$ 1,032 trilhão de setembro. 

Segundo o governo, esse montante é suficiente para garantir os pagamentos nos próximos 8,81 meses.


Diógenes Feitosa - Revista Oeste